Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York.
Relatório da agência examina dois fluxos: da América Latina para a do Norte, e da África para a Europa; 90% dos que seguem para os Estados Unidos recebem assistência de traficantes, um mercado que gera US$ 6,6 bilhões por ano para os criminosos.
Cerca de 3 milhões de latino-americanos são traficados pela fronteira sul dos Estados Unidos todos os anos, região que também registra o maior número de migrantes detidos no mundo.
A informação está em relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, divulgado na quarta-feira.
Fluxos
O documento “A Globalização do Crime: Avaliação da Ameaça do Crime Organizado Transnacional” examina dois fluxos: da América Latina para a do Norte, e da África para a Europa.
Segundo o relatório do Unodc, existem 50 milhões de migrantes ilegais no mundo hoje. 90% dos que seguem para os Estados Unidos recebem assistência de traficantes, um mercado que gera US$ 6,6 bilhões por ano, o equivalente a mais de R$ 11 bilhões, para os criminosos.
Os migrantes viajam em comboios, a pé e através de túneis, mas a maioria ainda é traficada em caminhões. Eles são colocados em casas antes e após a travessia para cumprirem o pagamento pelo serviço irregular.
Reféns
De acordo com o documento, muitos migrantes também viram reféns dos criminosos, que querem garantias para o recebimento do dinheiro.
A dinâmica da migração para a Europa é parecida. Cerca de 55 mil africanos foram traficados para o continente europeu em 2008.
A maioria das rotas de contrabando de migrantes inclui trechos de terra e por mar em direção a ilhas europeias. As viagens são perigosas e os migrantes estão sujeitos a exploração.
A Europa tem a maior população de africanos do mundo e as remessas desses migrantes tem peso significativo no produto interno bruto de muitos países da África.
Fonte: Rádio da ONU, 15/07/2010.
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