quinta-feira, 16 de junho de 2011

ONG lança concurso jornalístico sobre tráfico de pessoas

Camila Queiroz *

Adital -
A ONG internacional Save the Children lançou o concurso jornalístico regional "Evite ser a próxima vítima do tráfico de pessoas", voltado para Guatemala, El Salvador, Honduras e Nicarágua. Os trabalhos serão recebidos até o dia 15 de julho, nos escritórios de cada país, e devem ter sido publicados a partir de 1º de janeiro deste ano. Os jornalistas podem inscrever até três trabalhos, em espanhol, nas categorias Impresso, Televisão e Rádio.
Tendo por tema principal a prevenção ao tráfico de pessoas, o objetivo do concurso é dar visibilidade ao assunto, informando as diferentes modalidades de tráfico, os fatores de vulnerabilidade e maneiras de ajudar as vítimas. Tudo isso com uma abordagem ética e calcada nos direitos da infância, visando elevar a qualidade da informação nos veículos regionais.


Haverá duas etapas. Na primeira, nacional, cada país selecionará um vencedor em cada categoria. O resultado será conhecido em agosto e a premiação é de 500 euros para os primeiros lugares.

Na etapa regional, os vencedores dos países participantes competirão entre si e o resultado será divulgado em outubro. O autor do melhor trabalho regional de cada categoria ganhará 800 euros, além de uma viagem com todas as despesas pagas ao país onde ocorrerá a cerimônia de premiação.

Entre os critérios de avaliação dos trabalhos estão cumprimento das condições estabelecidas, enfoque dos direitos da infância, tratamento ético do tema e qualidade de investigação (entrevistas e fontes consultadas).

A Save the Children assinala que o tráfico de pessoas é um delito do crime organizado internacional e uma violação aos direitos humanos de milhares de crianças, adolescentes e mulheres na América Central e no mundo. "(...) se converte a pessoa em um objeto com o qual se negocia, violando sua liberdade individual, sua dignidade e seus direitos humanos", afirma a organização.

O delito é considerado um dos que mais violenta os direitos humanos. A organização expõe os modos de captura de vítimas mais recorrentes e dá uma ideia da situação enfrentada pelas pessoas aliciadas e sequestradas.

"(...) costumam ser capturadas ou recrutadas mediante enganos (falsas ou enganosas ofertas de trabalho) e trasladadas até o lugar onde serão exploradas, sem que tenham a possibilidade de escapar da situação de escravidão ou servidão a que são submetidas. Em muitos casos, as vítimas são diretamente sequestradas. Nos lugares de exploração, as vítimas são retidas pelos traficantes mediante ameaças, enganos, coações e obrigadas ou forçadas a prostituir-se, a trabalhar em condições subumanas ou a submeter-se à extração de órgãos e/ou tecidos humanos", explica.


O edital do concurso está disponível em http://www.enlaceacademico.org/uploads/media/Concurso_TRATA_DE_PERSONAS.pdf


* Jornalista da ADITAL

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