A ONU aponta que o governo brasileiro precisa encontrar uma harmonia entre a economia e os interesses dos índios. São poucos os avanços na política para os indígenas, conforme o relatório, e falta a garantia da participação deles nas tomadas de decisões, sobretudo nos casos que afetam diretamente os índios, como projetos de estradas, mineração e barragens.
O secretário do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Saulo Feitosa, acredita que o Brasil precisaria integrar a política de todos os seus órgãos com as necessidades dos povos indígenas. “Entre o direito conquistado no papel e a prática há um distanciamento muito grande. O que podemos entender é que o relatório faz uma crítica à política nacional, que não incorpora a política indigenista. Esta política tem que ser entendida dentro do conjunto das ações do governo.”
Dentro do relato da ONU, dados mostram que os índios têm vivido em condições precárias. A falta de controle da terra pelos povos é visto como um agravante para o aumento da pobreza e a diminuição da saúde. Enquanto o país apresenta uma taxa de 15% de pobreza, entre os índios o índice ultrapassa os 35%.
De São Paulo, da Radioagência NP, Ana Maria Amorim.
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