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No México, se carece de um sistema eficaz de proteção e assistência a crianças vítimas de exploração sexual, pois este problema e o tráfico de menores de idade pode se converter em uma pandemia sem controle, advertiu a Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH).
No documento ‘Diagnóstico das Condições de Vulnerabilidade que Propiciam o Tráfico de Pessoas no México’, elaborado pela CNDH e o Centro de Estudos e Investigação em Desenvolvimento e Assistência Social, se assegura que a exploração sexual de crianças e adolescentes é uma modalidade de crime organizado. O estudo mostra que, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI), entre 16 mil e 20 mil meninos e meninas são explorados sexualmente a cada ano.
Citou que em 2007 o Escritório do Relator Especial da Organização das Nações Unidas (Onu) sobre a Venda de Crianças, Prostituição Infantil e Pornografia Infantil, informou que no Distrito Federal se estima que haja mais de 20 mil crianças e adolescentes em situação de rua que enfrentam alta vulnerabilidade. Essa situação, indica o documento, refere-se ao risco de converter-se em vítimas de tráfico de pessoas, exploração sexual comercial, pornografia e prostituição infantil.
Mostra que o Escritório do Relator da Organização das Nações Unidas constatou que no bairro de La Merced, no Distrito Federal, acontece a venda de material que contém imagens de abuso sexual a menores e identificou zonas de alta concentração de meninos e meninas vítimas de exploração sexual. Estas zonas estão fundamentalmente no bairro de La Merced e nos terminais de ônibus, onde se concentram meninos e especialmente meninas que viajam sozinhas, provenientes do sul do país.
No caso de Guadalajara, Jalisco, foi observada a existência de aproximadamente dois mil menores de idade em situação de rua, muitos dos quais exercem a prostituição para conseguir sua sobrevivência.
Também em Tijuana, Baixa Califórnia, o Escritório do Relator Especial verificou a existência de um mercado sexual de grande magnitude com conexões internacionais, além do que, esse ponto seria também lugar de tráfico de migrantes e tráfico de pessoas para diversos fins.
Da mesma forma, em Ciudad Juárez, Chihuahua, foi identificada uma vulnerabilidade própria das zonas de empresas de montagem, que preferem empregar mulheres jovens e menores de idade a fim de explorar seu trabalho com facilidade, o que se traduz em violência contra as mulheres e vinculação com a pobreza.
Fonte: Notimex
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