Dom Veglió recordou que o espetáculo itinerante “desde sempre esteve presente na vida das pessoas e as acompanha, irrompendo sua vida quotidiana, às vezes cinzenta e banal, com um conjunto de atuações bonitas, entre luzes brilhantes, vivas decorações e músicas emocionantes”.
Por isso, acrescentou o prelado, pode-se dizer que a vocação dos que se dedicam a esta atividade “sempre foi a de levar serenidade e paz, esperança e confiança, de que a pessoa, sobretudo hoje, tem mais necessidade quanto mais se distancia de Deus e das fontes da graça, fechando-se num materialismo cego e egocêntrico”.
“Na medida em que a pessoa se afasta do amor de Jesus Cristo, distancia-se também do seu próximo e deixa de entender o que ela é, qual é sua verdadeira dignidade, sua vocação e seu destino final”, apontou.Para o Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes é fundamental a evangelização dos que trabalham no espectáculo itinerante, “entendida no seu sentido mais amplo como anúncio da palavra de Deus, comunicação da vida divina através dos sacramentos e do testemunho do serviço aos irmãos”.
“Acolhimento, hospitalidade, escuta, solidariedade, alegria e paz fazem dos circos e das feiras lugares extraordinários de reunião e de comunhão, nos quais diversas gerações e famílias encontram diversão e lazer e podem instaurar relações que enriquecem e constroem”, explicou.
O arcebispo considera que, apesar dos “convites, petições e artigos que criticam esta forma de entretenimento, considerando-a como superada e pouco divertida” e lançam “propostas para um novo ‘circo sem animais’, o circo e a feira continuam a ser lugares importantes da cidade, por seu caráter social, cultural e pedagógico”. (SP)
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