"Ecologia, uma questão de fé"
Em 1972 a ONU organizou um encontro mundial em Estocolmo, na Suécia, que pela primeira vez tratou oficialmente sobre o meio ambiente. Nesta ocasião foi instituído o dia 5 de junho como o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Dia da Ecologia. Vamos celebrar esta data e assumir, em nome da nossa fé, o compromisso de defender sempre a vida, a criação de Deus.
"As mudanças climáticas em curso no Planeta, provocadas pelo aquecimento global, afetam todas as forma de vida, dentre as quais a vida das populações mais pobres, obrigando-nos a repensar sobre o modelo de sociedade, as matrizes energéticas, os modos de produção e de consumo. Sendo assim, podemos afirmar que humanidade está colhendo os frutos do desenvolvimento centrado na economia de mercado capitalista, e da ideologia que o acompanha. A primazia do capital, absurdamente concentrado e monopolista, promove um consumismo que leva as pessoas a pensar que só valem pelo que têm. Por esse caminho, os recursos naturais estão quase esgotados, e a poluição da atmosfera faz com que a Terra já não consiga manter em equilíbrio o ambiente da vida. Como resultado, parte significativa da humanidade não tem acesso aos bens necessários à vida, enquanto poucos concentram quase toda a riqueza.
A crise financeira capitalista atual não se reduz aos desajustes financeiros mundiais que, sob o pretexto de evitar a quebra da economia mundial, exige dos governos socorro aos banqueiros, enquanto que aos pobres recaem os sacrifícios. Esta crise tem tudo a ver com a crise ecológica e ética que se aprofunda em todos os âmbitos da vida. A humanidade está experimentando uma “mudança de época”. A civilização do ter, do negociar, do concorrer, do lucro a qualquer custo, do progresso ilimitado, não responde aos anseios da humanidade e não é sustentável.
Por outro lado, vários setores da sociedade se articulam para construir outro mundo, outra civilização, fundada em valores e formas de convivência, que defendem e promovem todas as formas de vida, e que cuidam amorosamente da Terra, mãe da vida, casa comum dos seres humanos. Essa nova atitude, proclamando a esperança dos pobres e ecoando o grito da terra, neste ano, se concretiza, entre outros, no Fórum Social Mundial, em Belém do Pará, na Manifestação Mundial em defesa da Soberania Alimentar e no 12º Intereclesial das Comunidades de Base, em Porto velho, Rondônia – CEB’s Ecologia e Missão. A Campanha da Fraternidade – a paz é fruto da justiça (Is 32,17) – anuncia a mística de um mundo mais humano, fraterno, solidário e ecológico."
A crise financeira capitalista atual não se reduz aos desajustes financeiros mundiais que, sob o pretexto de evitar a quebra da economia mundial, exige dos governos socorro aos banqueiros, enquanto que aos pobres recaem os sacrifícios. Esta crise tem tudo a ver com a crise ecológica e ética que se aprofunda em todos os âmbitos da vida. A humanidade está experimentando uma “mudança de época”. A civilização do ter, do negociar, do concorrer, do lucro a qualquer custo, do progresso ilimitado, não responde aos anseios da humanidade e não é sustentável.
Por outro lado, vários setores da sociedade se articulam para construir outro mundo, outra civilização, fundada em valores e formas de convivência, que defendem e promovem todas as formas de vida, e que cuidam amorosamente da Terra, mãe da vida, casa comum dos seres humanos. Essa nova atitude, proclamando a esperança dos pobres e ecoando o grito da terra, neste ano, se concretiza, entre outros, no Fórum Social Mundial, em Belém do Pará, na Manifestação Mundial em defesa da Soberania Alimentar e no 12º Intereclesial das Comunidades de Base, em Porto velho, Rondônia – CEB’s Ecologia e Missão. A Campanha da Fraternidade – a paz é fruto da justiça (Is 32,17) – anuncia a mística de um mundo mais humano, fraterno, solidário e ecológico."
(Texto extraído do livro
“Mudanças Climáticas Provocadas pelo Aquecimento Global:
Profecia da Terra”. CNBB, 2009).
A Igreja não pode mais se omitir diante das questões ambientais. Enquanto a Igreja não integrar a ecologia em sua ação evangelizadora, todo o seu discurso em favor da vida perde o sentido de ser e também fragiliza a sua opção pelos pobres. Na mensagem do Dia Mundial da Paz em 2007, Bento XVI afirmou que “a experiência demonstra que toda a atitude de desprezo pelo ambiente provoca danos à convivência humana, e vice-versa”.
Propomos um desafio, um compromisso que temos condições de colocar em prática: Criar a Pastoral da Ecologia em nossas comunidades e paróquias. Procure a CNBB Sul 3 e veja como iniciar um grupo da Pastoral da Ecologia.
Propomos um desafio, um compromisso que temos condições de colocar em prática: Criar a Pastoral da Ecologia em nossas comunidades e paróquias. Procure a CNBB Sul 3 e veja como iniciar um grupo da Pastoral da Ecologia.
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