"O apelo pelos direitos inalienáveis dos imigrantes é de extrema importância em um período em que as políticas de combate à imigração ilegal não levam em consideração os direitos humanos do indivíduo e, principalmente, dos refugiados, pessoas que fogem da guerra e da perseguição", afirmou a entidade em um comunicado.
"Como recordou o Papa, é necessário lidar com o fenômeno migratório fazendo uso de políticas que respeitem em qualquer situação os direitos da pessoa", diz o texto.
No documento, Bento XVI afirma que "todo imigrante é uma pessoa humana, e, enquanto tal, possui direitos fundamentais inalienáveis que devem ser respeitados por todos em qualquer situação".
Para o Papa, o problema da imigração precisa ser resolvido "a partir de uma estreita colaboração entre os países de onde partem os emigrantes e os países de chegada". Também é necessário, na visão do Pontífice, promover um acompanhamento adequado internacional capaz de "harmonizar os diversos sistemas legislativos, na perspectiva de salvaguardar as exigências e os direitos das pessoas e das famílias emigradas e, ao mesmo tempo, os das sociedades que as recebem".
A "Caritas in Veritate", terceira encíclica do pontificado de Bento XVI, aborda problemas sociais causados pela crise econômica, como a fome, a miséria e as desigualdades.
A carta é dividida em quatro capítulos, além de uma introdução e uma conclusão, e faz uma releitura da encíclica "Populorum Progressio", de Paulo VI, publicada em 1967. Antes da "Caritas in Veritate", Bento XVI publicou "Deus caritas est" (Deus é amor, em 2006) e "Spe salvi" (Salvos graças à esperança, em 2007).
Ansa - jbonline.com.br
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