segunda-feira, 23 de abril de 2012

Migrações: Igreja alerta para «falsas ilusões»

D.R.Lisboa, 19 abr 2012 (Ecclesia) – O coordenador nacional da Pastoral das Migrações na Suíça, padre Aloísio Araújo, referiu hoje que “as pessoas foram iludidas” na “nova vaga de emigração” para aquele país.

Em declarações à Agência ECCLESIA, este responsável sublinhou que algumas famílias “foram enganadas por redes de angariação de trabalho”.

O sacerdote participa no encontro a decorrer em Alfragide (Lisboa), com responsáveis de Cáritas e capelanias católicas de alguns países europeus.

Alguns emigrantes portugueses na Suíça “começaram a dormir na rua e nos espaços públicos dos comboios” devido à escassez de trabalho.

Atualmente, confessou o padre Aloísio Araújo, “andam centenas de portugueses na rua à procura de trabalho” e as missões católicas tentam ajudar “naquilo que podem, através do auxílio nas necessidades básicas”.

O responsável aconselha os portugueses “a não irem caso não tenham um contacto seguro e um trabalho garantido”.

Também no Luxemburgo, onde a taxa de desemprego se situa nos 6%, a “precariedade se torna evidente” e o número de emigrantes portugueses" continua a aumentar”, disse à Agência ECCLESIA Amílcar Monteiro, técnico de ação social da Cáritas nesse país.

O Luxemburgo “não estava preparado” para receber tantos emigrantes e, segundo este responsável, “chegam portugueses com bom nível escolar e formação universitária (enfermeiros, juristas, psicólogos), mas não preenchem os requisitos necessários, que são os idiomas: luxemburguês, francês e alemão”.

Dado que “numa atitude de desespero tudo é permitido”, Amílcar Monteiro revelou que algumas pessoas “chegam no seu próprio veículo”, mas “ficaram desencantados” porque “não conseguiram encontrar o emprego e alojamento”.

O capelão da Missão Católica na Inglaterra, padre Pedro Rodrigues, referiu que também naquele país “alguns emigrantes foram enganados com falsas promessas”.

Se o mercado de trabalho está saturado noutros país, a Alemanha “está bem economicamente e tem muita oferta de trabalho”, disse o padre Manuel Janeiro, delegado local das Missões Católicas Portuguesas.

As empresas alemãs estão “a precisar de trabalhadores, mas, essencialmente, pessoas diplomadas, o problema é saber a língua alemã”, salienta, antes de deixar um alerta: “Nunca ir à toa, as pessoas devem informar-se antes de partirem”.

Esta iniciativa, promovida pela Obra Católica Portuguesa das Migrações, Cáritas Portuguesa e Agência ECCLESIA, conta com a participação de agentes pastorais do Luxemburgo, Suíça, França, Reino Unido, Alemanha e Holanda, e pretende articular estes organismos na colaboração em ordem a “uma melhor integração dos portugueses nesses países”.

LFS/OC
www.agencia.ecclesia.pt

terça-feira, 17 de abril de 2012

Governo cria comitê paranaense para refugiados e migrantes

Fonte: http://www.cidadao.pr.gov.br/

O governador Beto Richa criou, nesta semana, o Comitê Estadual para os Refugiados e Migrantes do Estado do Paraná (CERM), que passará a funcionar no âmbito da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju). Com isso, o Paraná passa a ser o terceiro estado brasileiro a ter um comitê especial, encarregado de atender as pessoas que sofrem problemas em função da grande mobilidade social contemporânea. Até o momento, apenas São Paulo e Rio de Janeiro tinham esse comitê devidamente organizado.

Proposto pela secretária Maria Tereza Uille Gomes, o Comitê tem o objetivo de orientar os agentes públicos sobre os direitos e deveres dos solicitantes de refúgio e refugiados, bem como promover ações e coordenar iniciativas de atenção, promoção e defesa dos refugiados no Paraná, junto aos demais órgãos do Estado que possam provê-los e assisti-los através de políticas públicas – conforme prevê o decreto de criação. O novo comitê será integrado pela Secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e por um representante de cada um dos seguintes órgãos de governo: Casa Civil e secretarias de Estado da Segurança Pública, da Família e Desenvolvimento Social, da Saúde, do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, do Turismo e de Relações com a Comunidade. Também será integrado por dois representantes de organizações não-governamentais voltadas a atividades de assistência e proteção a refugiados e migrantes no Estado ou no País, indicados pela Seju.

A instalação oficial do comitê será feita nos próximos meses, quando se realizará a primeira reunião de trabalho do grupo, a fim de analisar demandas já existentes e organizar o trabalho futuro. Para isso, cada uma dessas instituições deverá indicar o seu representante e respectivo suplente.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Começa hoje, no Equador, seminário internacional sobre lutas sociais, direitos humanos e educação

Começa hoje (10) e segue até sexta-feira (13) em Quito, Equador, o seminário internacional Lutas sociais, direitos humanos e educação, promovido pela Campanha Latino-americana pelo Direito à Educação (Clade) com o apoio da Associação Latino-americana de Educação Radiofônica (Aler) e do Contrato Social pela Educação no Equador. O evento acontecerá na Faculdade de Ciências da Educação da Pontifícia Universidade do Equador (Puce) e abordará temas como direito à educação, liberdade de expressão e participação cidadã.

O seminário internacional se insere no marco da VII Assembleia da Clade e tem como fim "aprofundar a análise do direito à educação e do direito à comunicação na luta por democracias fortalecidas e cidadanias ativas”.

O evento é aberto e as inscrições são gratuitas. Já está confirmada a participação de representantes e delegados de organizações sociais de mais de 15 países da América Latina. A expectativa é que o evento tenha representantes de 21 países.

Também são esperados especialistas, convidados internacionais e integrantes do movimento estudantil do Chile para discutir a influência dos meios de comunicação na luta pelo direito humano à educação (DHE), novas tecnologias, estratégias de comunicação na luta pelo direito à educação, o uso dos meios alternativos na educação e o tratamento jornalístico dado à questão educativa.

O seminário internacional tem em sua programação do primeiro dia três painéis sobre: Democracias na América Latina e Caribe; Sujeitos sociais e participação democrática; e Direito à Comunicação, liberdade de expressão e participação cidadã. Durante toda a quarta-feira a programação está reservada para o painel ‘Características da conjuntura no cenário da luta pelo direito humano à educação’.

Um dos temas principais a serem tratados durante o seminário será a crescente criminalização dos movimentos sociais na América Latina. O assunto terá destaque já nos debates do primeiro dia de evento com a participação de Pablo Gentili, coordenador da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso) - Brasil, e de Francisco Rhon Dávila, presidente do Conselho Superior da Flacso.

Na manhã de quinta-feira acontece o debate de abertura das oficinas de interaprendizagem sobre ‘Educação e Comunicação: Campos Convergentes, enfoques e desafios’. Esta programação continua durante toda a sexta-feira com oficinas simultâneas sobre: Incidência nos meios de comunicação na luta pelo DHE; Uso das novas tecnologias e estratégias de comunicação na luta pelo direito à educação; Leitura crítica dos meios na educação; Uso da comunicação e meios alternativos na educação; e Tratamento jornalístico da questão educativa.

As oficinas de interaprendizagem vão apresentar casos concretos, experiências e ferramentas para quem deseja dar visibilidade pública às lutas e temáticas sociais, além de debater o potencial de organização e mobilização através de meios de comunicação comunitários e alternativos.

Quem não puder participar do evento em Quito terá a oportunidade de acompanhá-lo pelo link: http://www.aler.org/educacionycomunicacion/. A Aler transmitirá ao vivo o seminário e as oficinas de interaprendizagens.

Para informações e inscrições, escreva: inscripcion@campanaderechoeducacion.orgou acesse: http://campanaderechoeducacion.org/clade2012/.

Natasha Pitts
Jornalista da Adital
Adital

Concurso premiará melhores iniciativas de combate e prevenção ao tráfico de mulheres e meninas

09.04.12 - AMÉRICA LATINA

Natasha Pitts *
Adital -

Desde o dia 8 de março já é possível se inscrever para participar do 5º Prêmio Latino-americano pela Vida e a Segurança das Mulheres e Meninas na América Latina e Caribe. A iniciativa é da Coalizão Regional contra o Tráfico de Mulheres e Meninas na América Latina e Caribe (CATWLAC) e busca reconhecer as melhores práticas em matéria de atenção, proteção, prevenção, pesquisa acadêmica, meios de comunicação e expressões culturais artísticas contra o tráfico de mulheres e meninas na América Latina.
O concurso se insere nas comemorações do 23 de setembro - Dia Internacional contra o Tráfico de Pessoas, a Prostituição e todas as formas de exploração sexual - e deseja envolver toda a sociedade. Organizações, governos locais e federais, funcionários dos poderes executivo, legislativo e judiciário, e pessoas dedicadas ao trabalho contra o tráfico e em favor da atenção às vitimas podem se inscrever.

Os/as candidatos/as precisam ter contribuído de forma relevante e exemplar com o ensino e divulgação dos direitos humanos das mulheres, a promoção da igualdade e equidade de gêneros e mais especificamente serem reconhecidos/as pelo trabalho contra o tráfico de mulheres e meninas com fins de exploração sexual e comercial.

Os/as interessados/as devem escrever uma carta de apresentação e enviá-la por e-mail (premiolac@catwlac.org) até o dia 31 de julho para o jurado do prêmio junto com seu currículo e documentos que avaliem sua trajetória nos últimos cinco anos. Todo material deve estar escrito em espanhol.

Junto a estes documentos, é preciso enviar proposta de ações que contribuíram para diminuir, proteger, prevenir ou atender mulheres e meninas vítimas de tráfico; ações voltadas para a perseguição e sanção dos exploradores e traficantes e iniciativas para acabar com a demanda e o consumo de prostituição na região.

As propostas devem contemplar dimensões como: atividades de organizações sociais na prevenção do tráfico de mulheres e meninas; programas e políticas públicas voltada à atenção e prevenção com perspectiva de gênero; difusão e divulgação nos meios de comunicação massivos sobre o fenômeno em um país da AL e Caribe que respeite os direitos das vítimas; pesquisa acadêmica sobre tráfico de mulheres e meninas na região; expressões artísticas, literárias e culturais que deem visibilidade ao fenômeno, com destaque para a demanda.

A proposta enviada precisa seguir uma estrutura básica e definir a problemática do tráfico de mulheres e meninas, definir quais foram os objetivos e estratégias, relatar ações implementadas e a metodologia empregada, mostrar os resultados obtidos, as conclusões, lições aprendidas e possibilidades de aplicação em outros contextos. Também pode ser acrescentado material informativo.

A decisão do júri sairá até 31 de agosto e o resultado será divulgado no dia 23 de setembro na cerimônia de premiação que acontecerá neste mesmo dia. A proposta que tirar o 1º lugar em cada categoria será publicada e divulgada pela CATWLAC.

Tráfico de mulheres e meninas

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), todos os anos cerca de quatro milhões de mulheres são vítimas de tráfico para exploração sexual e dois milhões de meninas com idade entre cinco e 15 anos são levadas para a indústria do sexo. Mulheres e meninas representam 86% das vítimas de tráfico de seres humanos. Hoje a internet é uma grande facilitadora deste crime.

Mais informações sobre o premio em: http://www.catwlac.org/

* Jornalista da Adital

terça-feira, 3 de abril de 2012

Renovado crecimiento de remesas hacia Latinoamérica

Por Cira Rodríguez César*

La Habana (PL) Después de soportar los fuertes zarpazos de la crisis económica global, América Latina registró en 2011 un significativo aumento en la llegada de remesas, similar a los niveles alcanzados en 2007 antes del inicio de la recesión.

Datos del Fondo Multilateral de Inversiones (Fomin) del Banco Interamericano de Desarrollo indicaron que el pasado año los países latinoamericanos recibieron 61 mil millones de dólares, un seis por ciento más en relación con 2010. Las estadísticas de esa entidad señalan que, en su mayoría, aquellos países en los cuales las economías están más vinculadas a la de Estados Unidos tuvieron los mayores incrementos, a diferencia de aquellos en los que la población también tiene flujos migratorios a Europa.

Estados Unidos es la fuente de casi tres cuartas partes de las remesas recibidas en esta región, mientras que España se sitúa en segundo lugar, con el 12 por ciento.

Del conjunto de América Latina, sólo Brasil vio reducir el arribo de dinero, que bajó de un 4,9 por ciento hasta los mil 974 millones de dólares, como consecuencia del boom económico del país, que ha motivado que muchos brasileños opten por regresar.

También se debió al fuerte crecimiento de las transferencias de emigrantes de Brasil, o sea los envíos que suelen realizar los trabajadores extranjeros cuando deciden retornar a sus países de origen, que en 2011 se ampliaron 51 por ciento, casi dos mil 100 millones de dólares.

En general, Suramérica recibió un cuatro por ciento más que en 2010, hasta los 16 mil 707 millones, con alzas de 9,1 por ciento en Paraguay, 7,8 en Bolivia, 7,5 en Chile, 7 en Venezuela, 6,5 en Argentina y 6,4 en Perú.

No obstante, las oscilaciones cambiarias, la inflación y la incertidumbre económica de Europa afectaron el valor del dinero enviado por los emigrados, aunque en menor medida que en otros años.

La difícil situación económica española hizo que en particular bajaran las remesas hacia Ecuador, Colombia y Bolivia.

De todas formas en los últimos años en la misma medida que muchas economías de la región ganaron en fortaleza y recuperación, la llegada de dinero desde el exterior representa hoy una parte menos significativa del producto interno bruto (PIB).

Algo que todavía no ocurre en algunos países de Centroamérica y del Caribe, como por ejemplo Haití, donde aún es más del 10 por ciento del PIB.

Datos del Banco Mundial ratifican el peso que tuvieron las remesas en 2011, las cuales en los países en desarrollo llegaron a 351 mil millones de dólares, lo que significó un incremento del ocho por ciento en relación con el calendario precedente.

Es significativo que su comportamiento en México le permitió mantenerse como el tercer principal receptor de esas partidas en el mundo, luego de India y China.

MUJERES CON MAYOR PESO EN LAS REMESAS

El sector con mayor impacto en el envío de dinero entre los emigrantes latinoamericanos durante 2011 fueron las mujeres, ya que la movilidad laboral está a su favor, o sea hubo una mayor demanda de fuerza laboral femenina.

Para el director del Programa de Remesas y Desarrollo del Diálogo Interamericano, Manuel Orozco, el porcentaje de migración femenina con educación superior es mayor que el de hombres.

Según apreciación de este especialista, cada vez más las féminas están emigrando hacia países con salarios altos e insertándose en el mercado laboral de diversas industrias y en campos como el empleo doméstico, en textiles y prendas, entretenimiento, agricultura y administración

En ese sentido, explicó, que las mujeres actualmente representan el 50 por ciento del total de la población emigrante, por lo que ha cambiado la dinámica de género en el envío de remesas y lazos trasnacionales.

Comentó que por lo general entre inmigrantes, las mujeres tienden a enviar menos dinero que los hombres, sin embargo, cuando ellas tienen educación superior remiten lo mismo o más que sus pares.

Adicionalmente el sector femenino emigrante tiende a asumir más obligaciones que sus homólogos masculinos, en parte debido a los cuidados a sus padres y hermanos o hijos. Pero los hombres también tienen hijos que son atendidos por una mujer de su familia.

TENDENCIAS EN EL ENVIO DE REMESAS

De acuerdo con Fomin, la tendencia del crecimiento en los recursos asociados a las remesas no solamente fue observada en los montos totales agregados, sino también en términos de su periodicidad y del monto promedio enviado.

Tales movimientos contrastaron en 2011 con los registrados en 2009 y 2010, durante los cuales los países de destino sufrieron las consecuencias de un menor número de envíos (de 15,3 anuales pasaron a 12 envíos), así como en el monto menor que se redujo a un nueve por ciento.

El incremento de las remisiones a América del Sur no fue tan sostenido como el experimentado en otras regiones e, incluso, para el tercer trimestre de 2011 se redujeron asociado a que muchas provienen de la Unión Europea, importante destino de los emigrantes.

En términos anuales, en 2011 el crecimiento de las remesas que recibió la subregión suramericana fue de cuatro por ciento, la tasa más baja observada en América Latina y el Caribe.

Las proyecciones macroeconómicas relativamente positivas para EE.UU. podrían indicar una posible tendencia al crecimiento de las remesas para 2012, en correspondencia con un avance de la producción y el empleo.

Al anticiparse incrementos económicos en Suramérica, el envío de dinero intra-regional asociado a la migración laboral podrían compensar en parte las caídas en los volúmenes de remesas provenientes de los países europeos, sin llegar a contrarrestarlas.

De ahí que la mencionada dependencia del BID prevé para 2012 un alza similar de las remesas al año anterior, entre seis y siete por ciento de incremento.

* Periodista de la Redacción América del Sur de Prensa Latina.

em/crc