quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Grupo haitiano oferece abrigo seguro para sobreviventes de violência sexual‏

PORTO PRÍNCIPE, Haiti, 13 de outubro de 2011 - Shirley* parece ser uma jovem mulher comum - enérgica, animada e esperançosa. Seu sorriso é contagiante e sua voz, clara e forte. No entanto, quando ela começa a compartilhar os horrores que sofreu, sua voz cai e ela abaixa seu olhar.

A jovem de 20 anos de idade perdeu a mãe e a tia no terremoto devastador que atingiu o Haiti em 2010. Sem ter para onde ir, ela se mudou para um dos acampamentos espalhados na capital, Porto Príncipe.

Uma noite ela voltou para sua tenda para escapar da chuva. Um homem se aproximou e pediu para entrar. Ela diz que ele bateu nela e a empurrou para dentro da tenda. “Ele me jogou no chão e me estuprou. Depois disso eu sofri com hemorragias por um mês.”

Explicando mais, ela disse: “As barracas não são seguras. Qualquer um com uma navalha ou uma faca pode cortar a tenda e entrar. Não há paredes e nenhuma proteção, e antes que você perceba alguém está dentro da sua barraca.”

Seu sofrimento não é único. 20 meses após o catastrófico terremoto, as condições no Haiti continuam a se deteriorar. Hoje, existem cerca de mil acampamentos improvisados em todo o Haiti, e cerca de 600 mil pessoas deslocadas internas.

A Organização Internacional para Migrações administra a maioria dos campos, mas a queda do interesse internacional afeta a capacidade da comunidade humanitária de prestar assistência. Mulheres são particulamente vulneráveis nos acampamentos, onde há pouca ou nenhuma privacidade, segurança ou iluminação. Relatórios da ONU indicam que violência sexual contra mulheres acontece em taxas alarmantes.

“65% das vítimas são menores de idade”, disse Jocie Philistin, diretora de uma organização não-governamental local conhecida como KOFAVIV (Comissão de Mulheres Vítimas para Vítimas). “Desde o terremoto, temos visto mais crianças, menores e bebês com idade entre um e 17 meses que foram violentadas.” As constatações da ONG refletem um estudo recente da Anistia Internacional, o qual mostrou que 50% das vítimas de estupro eram jovens.

Leia a íntegra desta notícia em:
http://www.acnur.org/t3/portugues/noticias/noticia/grupo-haitiano-oferece-abrigo-seguro-para-sobreviventes-de-violencia-sexual/

ACNUR promove repatriação de primeiro grupo de refugiados do Sri Lanka na Índia‏

COLOMBO, Sri Lanka, 12 de outubro (ACNUR) - O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) começou nesta quarta-feira a repatriar refugiados do Sri Lanka vindos do Sul da Índia em barcos,adicionando uma nova dimensão ao programa de retorno voluntário para civis que fugiram da ilha antes que o longo conflito terminasse em 2009.

Um primeiro grupo de 37 refugiados (15 famílias) chegou a Colombo em um barco comercial na manhã de quarta-feira, após uma viagem noturna saindo de Tuticorin, no estado de Tamil Nadu. Eles foram acompanhados por três funcionários do ACNUR.

“A repatriação pelo mar é importante, já que muitos refugiados na Índia disseram que preferem voltar em balsas, para trazer objetos domésticos com eles,” disse o representante do ACNUR no Sri Lanka, Michael Zwack.

Até o final de setembro, o ACNUR ajudou no retorno de 1.493 refugiados do Sri Lanka (466 famílias) para as regiões norte e leste. Todos voltaram por via aérea. A maioria dos retornados veio da Índia (1.448), enquanto um número menor veio da Malásia, Geórgia e da ilha caribenha Santa Lúcia. Em 2010, cerca de 2.054 refugiados do Sri Lanka voltaram para casa, enquanto no ano anterior o número foi de apenas 800.

Todos os repatriados até o momento viveram em um dos 112 campos de refugiados em Tamil Nadu, na Índia. Dentre as primeiras chegadas de barco, havia refugiados que viveram na Índia por mais duas décadas.

O representante Michael Zwack esteve presente no porto de Colombo para receber os recém-chegados, juntamente com o ministro do Desenvolvimento Econômico, Basil Rajapaksa, e com o vice-ministro do Reassentamento, Vinayagamoorthy Muralitharan.

A maioria dos refugiados retornou para o distrito de Trincomalee, seguido de Mannar, Vavuniya e Jaffna, no norte do Sri Lanka. Alguns também retornaram para as áreas de Kilinochchi, Colombo, Batticaloa, Kandy, Ampara, Matale e Puttalam.

“Os refugiados, assim como as dezenas de milhares de deslocados internos que voltaram para casa recentemente, enfrentam desafios para se reestabelecer. Ganhar a vida e conseguir lugares decentes para morar estão entre as principais preocupações dos refugiados”, afirmou Zwack.

Refugiados do Sri Lanka que retornam ao país por meio do programa de repatriação voluntária do ACNUR recebem um subsídio padrão de reintegração, como um primeiro passo para ajudá-los a reiniciar suas vidas. Uma vez instalados em seus destinos no Sri Lanka, eles podem se dirigir a um dos cinco escritórios do ACNUR para obter kits de utensílios domésticos básicos.

O ACNUR realiza monitoramento regular e procura assegurar que os retornados recebam aulas sobre minas terrestres, sejam incluídos em programas alimentares e passem a ser considerados como beneficiários do governo, da ONU ou de outros projetos que possam auxiliá-los na reconstrução de suas vidas no norte e leste do Sri Lanka.

Além disso, o ACNUR encaminha pessoas com necessidades especiais para instituições especializadas, e aqueles que precisam de assessoria jurídica são direcionados a autoridades governamentais ou outras organizações que possam prestar uma assitência específica.

Refugiados do Sri Lanka no exterior que desejem voltar para casa podem procurar o escritório mais próximo do ACNUR, para receber assistência e orientação em seu país de refúgio.

Estatísticas recentes do ACNUR, obtidas de fontes governamentais, mostram que no final de 2010 havia cerca de 140 mil refugiados do Sri Lanka em 65 países, a maioria - quase 70 mil - nos campos, e outros 32 mil fora dos campos, em Tamil Nadu. Outros países com grande quantidade de refugiados do Sri Lanka são França, Canadá, Alemanha, Reino Unido, Suíça, Austrália, Malásia, Estados Unidos e Itália.

Comissão para a Justiça, Paz e Integridade da Criação

Secretariado de USG/UISG
Via Aurelia 476,
CP 9099 Aurelio, 00165 Roma, Italy.
Tel/Fax: (39).06.6622929 (direct)
Tel: (39) 06.665231 (reception)
Email: jpicusguisg@lasalle.org

Dia Internacional para a
Erradicação da Pobreza, 17 de Outubro.

O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu. Mandou-me a anunciar aos pobres a Boa Nova, proclamar a libertação dos cativos e a vista aos cegos, para dar a liberdade aos oprimidos.
(Lc 4,18-1)
Em 1992, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 17 de outubro como Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. A Comissão de JPIC da USG/UISG tem como objetivo promover a consciência da necessidade de erradicar a indigência e a pobreza em todos os Países, particularmente nos que se acham em vias de desenvolvimento. Esta proposta de oração foi preparada pela Comissão da ONG ‘Justiça Social da Irlanda ’.

Oração Inicial.

Estamos reunidos em tua presença, Senhor. Pedimos que esta oração nos leve a uma profunda relação contigo , com nós mesmos e com todos os demais, com as instituições e com a terra. Senhor, colocamos diante de ti nossas esperanças, nossos sonhos, nossos trabalhos e esforços em prol da justiça e, especialmente, a erradicação da pobreza. Oramos para que sejamos capazes de escutar profunda e atentamente, para ser mais conscientes das necessidades dos mais vulneráveis em nossa sociedade. Que tendo identificadas essas necessidades, tenhamos coragem para trabalhar com valentia pelo Reino de Deus e a transformação do nosso mundo. Amém.


Canto Inicial. Vozes que desafiam.
(música e texto de David Haas)

Chamam-nos a escutar as vozes que desafiam
no profundo dos corações de todas as pessoas!
Servindo a teu mundo como amantes e sonhadores,
Seremos vozes que desafiam!
Porque seremos a voz de Deus!

Vozes que desafiam:
De crianças que não são ouvidas nem
respeitados!
De humilde e esfarrapado pela opressão!
Do ancião e do temeroso que espera um novo dia!

Vozes que desafiam:
as vidas e os gritos dos pobres e calados!
Dos jovens que sonham um mundo livre de ódio !
De enfermos e moribundos que pedem gritando Compaixão!
Vozes que desafiam:
Dos que buscam a paz com seu testemunho e valentia!
Das mulheres que sofrem a pena da injustiça!
Das pessoas com AIDS e dos envolvidos com o vício!
De profetas e herois que nos questionam!
Os curadores que nos ensinam o perdão e a misericórdia!
As vítimas da violência e agressão!
O Cristo que deu sua vida para que possamos viver!


Trecho para Reflexão.

“Se um irmão ou uma irmã não tiver o que vestir e lhe faltar o necessário para a subsistência de cada dia, e alguém dentre vós lhe disser:”Ide em paz, aquecei-vos e saciai-vos”, e não lhe der o necessário para a sua manutenção, que proveitos haverá nisso?” (Tg 2,15-16).
Hoje em dia, ninguém pode mais ignorá-lo, em continentes inteiros são incontáveis os homens e mulheres torturados pela fome, são inumeráveis as crianças desnutridas a ponto de um bom número delas morre em tenra idade, o crescimento físico e o desenvolvimento mental de muitas outras fica comprometido, e assim, inteiras regiões se veem condenadas ao mais triste desalento... Cabe a cada um examinar sua consciência, que tem uma nova voz para nossa época. Está disposto/a a apoiar com seu dinheiro as obras e as empresas organizadas em favor dos mais pobres? Está pronto/a para pagar mais impostos para que os poderes públicos intensifiquem seu esforço em prol do desenvolvimento?

Populorum Progressio 45-47









O convidado do Senhor (Salmo 14/15).

Senhor, quem morará em vossa casa?,
E em vosso monte santo habitará?

É aquele que caminha sem pecado,
e pratica a justiça fielmente;
que pensa a verdade no seu íntimo,
e não solta em calúnias sua língua;.

que em nada prejudica o seu irmão,
nem cobre de insultos seu vizinho;
que não dá valor algum ao homem ímpio,
mas honra os que respeitam o Senhor;

que sustenta o que jurou, mesmo com dano;
não empresta seu dinheiro com usura,
nem se deixa subornar contra o inocente.
Jamais vacilará quem vive assim.



Intercessões. Litania a partir das Fronteiras da Caridade.


Resposta/ Que através de nós o amor encontre um caminho.

1. Num mundo fragmentado e dividido, que o amor encontre um caminho para trazer harmonia e unidade. R/

2. Num mundo de extremos econômicos, que o amor encontre um caminho para erradicar as injustiças. R/

3. Num mundo onde alguns consomem mais do que nós todos precisamos, que o amor encontre um caminho para despertar a consciência. R/

4. Num mundo de pobreza espiritual e excesso material, que o amor encontre um caminho para abrir nossos corações para o “suficiente” de Deus. R/

5. Num mundo de pensamentos mesquinhos e egoísmo, que o amor encontre um caminho para viver com intenções globais. R/

6. Num mundo de humanidade sofrida e diminuição dos sistemas naturais, que o amor encontre um caminho que traga plenitude de vida para todos. R/

7. Num mundo de crescente vigilância através das fronteiras, que o amor encontre um caminho para conectar energias e esforços. R/

8. Num mundo de webs geopolíticas e socioeconômicas, em constante crescimento, que o amor encontre um caminho para recriar soluções simples e justas. R/

9. Num mundo onde os dilemas mundiais agem como tratores, que o amor encontre uma forma de fazer cada coisa no momento certo. R/


Pausa para Pensar.

(Justiça Econômica para todos #94). Conferencia Episcopal Estados Unidos, 1986

As necessidades dos pobres têm prioridade sobre os desejos dos ricos; os direitos dos trabalhadores sobre o desejo de conseguir um máximo de lucros; a preservação do meio ambiente acima da expansão industrial incontrolada, a produção para atender as necessidades sociais sobre as propostas para produção militar. João Paulo II, Address on Christian Unity in a Technological Age, 1984.


Oremos: Criador Todo-poderoso, tu fizeste todas as pessoas à tua imagem e semelhança. Ajuda-nos a compreender que todos os homens e mulheres são pessoas de grande valor e dignidade. Dá-nos a força e a coragem para lutar pela justiça e pela paz, para que todas as pessoas tenham a possibilidade de viver de acordo com a dignidade que Tu lhes deste. Tudo isto te pedimos por Nosso Senhor Jesus Cristo, teu Filho, que contigo vive e reina, em unidade com o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém.

Canto/Hino.

Bem-aventuranças para a Ação Social.
(Louise Helene Renou).

Bem-aventurado és tu,
quando permaneces disponível, partilhando com simplicidade o que possuis.
Bem-aventurado és tu,
quando choras pela falta de felicidade ao teu redor e no mundo
Bem-aventurado és tu,
quando optas pela doçura e pelo diálogo, ainda que isso pareça longo e difícil..
Bem-aventurado és tu,
quando criativamente inventas ideias novas, formas de doar teu tempo, tua ternura e joias preciosas de esperança. . .
Bem-aventurado és tu,
quando escutas com o coração para descobrir o que diz o coração dos outros.
Bem-aventurado és tu,
quando experimentas dar o primeiro passo necessário para obter a paz com os irmãos e irmãs do mundo


Bem-aventurado és tu,
quando conservas em teu coração a maravilhosa abertura ao livre questionamento da vida.
Bem-aventurado és tu,
quando tomas a sério a tua fé em Cristo Ressuscitado
.

Canto/Hino.
Leitura do Evangelho segundo Mateus 25, 31-45

Quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono de sua glória. E serão reunidas em sua presença todas as nações e ele separará os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e porá as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.

Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: “Vinde, benditos de meu Pai, recebei por herança o Reino preparado para vós desde a fundação do mundo. Pois tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber. Era forasteiro e me recolhestes. Estive nu e me vestistes, doente e me visitastes, preso e viestes ver-me.”

Então os justos lhe responderão: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te alimentamos, com sede e te demos de beber?” Quando foi que te vimos forasteiro e te recolhemos, ou nu e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te ver?

E o Rei lhes dirá: “Em verdade vos digo: cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes.”

Em seguida, dirá aos que estiverem à sua esquerda: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno preparado para o diabo e para seus anjos. Porque tive fome, e não me destes de comer. Tive sede, e não me destes de beber. Fui forasteiro, e não me recolhestes. Estive nu, e não me vestistes, doente e preso e não me visitastes.”

Então, também eles responderão: “Senhor, quando é que te vimos com fome ou com sede, forasteiro ou nu, doente ou preso, e não te servimos?”

E ele responderá com estas palavras: “Em verdade vos digo: todas as vezes que o deixastes de fazer a um desses pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer”. E irão estes para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna.”










Intercessões.

Resposta/ Que Deus tenha misericórdia e nos bendiga

Pedimos que todas as nações trabalhem juntas para construir um mundo de justiça, amor e paz. R/

Pedimos que todas as pessoas tenham o necessário para viver uma vida digna e plenamente humana. R/

Pedimos que todas as pessoas tenham os meios suficientes para viver a vida com dignidade. R/

Pedimos que todas as pessoas tenham um trabalho reconhecido. R/

Pedimos que todas as pessoas tenham acesso a uma habitação adequada R/

Pedimos que todas as pessoas tenham acesso aos recursos sanitários. R/

Pedimos que todas as pessoas tenham acesso à educação em sua vida. R/

Pedimos que todas as pessoas possam ter oportunidades de desenvolvimento pessoal e, assim, possam participar mais plenamente de sua comunidade e da sociedade, em geral. R/

Pedimos que as pessoas possam contribuir para o desenvolvimento dos valores compartilhados na sociedade. R/

Pedimos que as pessoas tenham voz na formulação de decisões que os afetam e que todas possam contribuir para o crescimento da sociedade. R/

Pedimos que todo o desenvolvimento seja sustentável do ponto de vista social, econômico e ambiental para esta geração e para as gerações futuras. R/



Tempo para pensar.


(Sollicitudo Rei Sociallis #39).

A interdependência deve se converter em solidariedade, fundada no princípio de que os bens da criação são destinados a todos… A solidariedade nos ajuda a ver o «outro» — pessoa, povo ou Nação — não como um mero instrumento para explorar a baixo custo sua capacidade de trabalho e resistência física, abandonando-o quando não serve mais, mas como um nosso «semelhante», uma «ajuda».

Oremos: Deus nosso Pai, nós te pedimos que nos ajudes a imitar teu Filho que se preocupou com os pobres e necessitados. Ensina-nos a estar do lado dos pobres e a estar com eles na defesa de seus direitos. Isso te pedimos por nosso Senhor Jesus Cristo teu Filho, que contigo vive e reina para sempre, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Ter esperança.

Ter esperança
é crer que a história continua aberta
ao sonho de Deus e à criatividade humana.

Ter esperança é continuar afirmando
que é possível sonhar um mundo diferente,
sem fome, sem injustiças,
sem discriminação.

Ter esperança
é ser um mensageiro de Deus
e mensageiro de homens e mulheres de boa vontade,
derrubando paredes, destruindo fronteiras,
construindo pontes

Ter esperança
é crer no potencial revolucionário da fé,
deixar abertas as portas para que
o Espírito possa entrar e fazer novas todas as coisas.

Ter esperança
é começar de Novo tantas vezes quantas forem necessárias.

Ter esperança
é crer que a esperança não é
a última coisa que morre.

Ter esperança
é crer que a esperança não pode morrer
que a esperança jamais morrerá.

Ter esperança
é viver.
(Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu - (Escalabrinianas) Honduras.

Oração final. Pai Nosso

Pai nosso, que estais no céu,
Santificado seja o vosso Nome;.
Venha a nós o vosso reino;
Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje.
Perdoai as nossas ofensas,
Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido..
E não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do mal.

Amém.
Oremos. Deus nosso Pai, nós te pedimos que nos ajudes a adorar-te de maneira
conveniente. Ajuda-nos a ser sempre conscientes de que a verdadeira adoração que nos pedes, é viver uma vida justa e trabalhar por Justiça e a Paz no mundo. Nós te pedimos por Nosso Senhor Jesus Cristo, teu Filho, que contigo vive e reina para sempre, na unidade do Espírito Santo.

Amém.

Canto Final. Cântico de Maria.

Refrão - Eu louvo e bendigo o meu Deus e nele exulta o meu ser,
porque desde sempre me amou e fez maravilhas em mim!

Com grande bondade me olhou, do nada ao céu me elevou,
e todos de mim saberão que sou plenamente feliz!

Meu Deus é amor e poder, por mim grandes coisas já fez. Prefere os humildes e os pobres que têm coração de criança.
Derruba o poder opressor, abate o orgulho dos grandes, defende os que são oprimidos e sofrem sem nada dizer.
Aos ricos deixou mãos vazias e encheu de seus bens os famintos. Confio em meu Deus para sempre, e a Ele me entrego com fé.
Perguntas sugeridas para a reflexão e discussão.

1. O que é pobreza? Na Irlanda, o Governo define a pobreza como: “As pessoas vivem na pobreza, se seus ganhos e recursos (materiais, culturais e sociais), são tão inadequados que os impedem de ter um nível de vida considerado aceitável para a sociedade irlandesa em geral. Como resultado dos baixos salários e recursos, as pessoas podem ser marginalizadas e excluídas de participar de atividades que são consideradas comuns para o resto da sociedade. (NAPS 1997). Como defines a pobreza? Teu Governo tem uma definição de pobreza?

2. Se a obrigação é proporcionar justiça para todos, significa que os pobres têm a reivindicação econômica mais urgente sobre a consciência da Nação e do mundo inteiro. Então: Quais são as implicações para as decisões que tomamos em épocas de prosperidade econômica ou de recessão?

3. Como seguidores de Cristo, somos desafiados a fazer uma opção fundamental pelos pobres". Como avaliamos: estilos de vida, políticas e instituições em termos de impacto sobre as pessoas pobres?

4. Como podemos trabalhar por una sociedade mais justa, de modo particular, a erradicação da pobreza?



Por favor, contatar JPIC USG/UISG em jpicusguisg@lasalle.org para qualquer comentário e/ou algumas novas traduções. Para maiores informações sobre o trabalho da Comissão JPIC USG/UISG ir a http://jpicformation.wikispaces.com

Comisión Justicia, Paz e Integridad de la Creación

Secretariado de USG/UISG
Via Aurelia 476,
CP 9099 Aurelio, 00165 Roma, Italy.
Tel/Fax: (39).06.6622929 (direct)
Tel: (39) 06.665231 (reception)
Email: jpicusguisg@lasalle.org

Giornata Internazionale
“Sradicamento della Povertà”
17 Ottobre





Lo Spirito del Signore è sopra di me; per questo mi ha consacrato con l'unzione,
e mi ha mandato per annunziare ai poveri un lieto messaggio, per proclamare ai prigionieri la liberazione e ai ciechi la vista; per rimettere in libertà gli oppressi (Lc 4, 18).

Nel 1992, l’Assemblea Generale delle Nazioni Unite stabilì che venisse istituita, il 17 Ottobre di ogni anno, la “Giornata Internazionale per lo Sradicamento della Povertà”. In adesione a questa scelta, la Commissione JPIC dell’USG/UISG si propone l’obiettivo di promuovere la consapevolezza della necessità di questo sradicamento in tutti i Paesi del mondo, e in particolare in quelli che si trovano in via di sviluppo.
Offriamo qui, a questo riguardo, uno schema di preghiera preparato dalla Commissione della ONG ‘Giustizia Sociale’ dell’Irlanda’.

Preghiera iniziale

Siamo qui riuniti davanti a te, Signore. Fa’ che questa nostra preghiera renda più profondo il nostro rapporto con te, con noi stessi, con tutti i nostri fratelli e sorelle, con le istituzioni, con il pianeta Terra. Mettiamo davanti a te, Signore, le nostre speranze, i nostri sogni, le attività e gli sforzi che sosteniamo per stabilire la giustizia e per sradicare la povertà. Rendici capaci di un ascolto attento e profondo per accrescere la nostra consapevolezza delle necessità in cui versano le persone più deboli della nostra società. E fa’ che, dopo aver rilevato queste necessità, noi possiamo avere il coraggio di impegnarci a lavorare intensamente per il Regno di Dio e per la trasformazione del mondo. Amen.


Canto iniziale Le voci della sfida
(musica e testo di David Haas)

Siamo chiamati ad ascoltare le voci della sfida,
risonanti nel cuore profondo di tutte le persone!
Se serviremo il mondo con amore, come ardenti sognatori,
saremo noi le voci sfidanti
perché saremo la voce di Dio!

Voci sfidanti:
di bimbi inascoltati e degradati!
della gente umile e oppressa!
dell’anziano e dell’inquieto che aspetta il giorno nuovo!

Voci sfidanti:
La vita sgretolata e il grido inascoltato dei poveri!
Dei giovani che sognano la libertà di un mondo senza odio!
Degli infermi e dei morenti che invocano umana compassione!

Voci sfidanti:
di quelli che cercano la pace, testimoniandola con audacia e con il sacrificio personale!
Delle donne che soffrono ogni forma d’ingiustizia!
Degli ammalati AIDS e dei tossicodipendenti!
Dei profeti e degli eroi che costituiscono per noi un appello!
Di quelli che ci insegnano il perdono e la misericordia!
Di quanti sono vittime di violenza e di aggressione!
La voce di Cristo che ha dato la sua vita per la nostra!

Per riflettere

«Se un fratello o una sorella sono nudi, dice san Giacomo, se mancano del sostentamento quotidiano, e uno di voi dice loro: "Andate in pace, riscaldatevi, sfamatevi", senza dar loro quel che è necessario al loro corpo, a che servirebbe?» (Gc 2,15-16). Oggi, nessuno lo può ignorare: sopra interi continenti, innumerevoli sono gli uomini e le donne tormentati dalla fame, innumerevoli i bambini sottonutriti, al punto che molti di loro muoiono in tenera età, che la crescita fisica e lo sviluppo mentale di parecchi altri ne restano compromessi, che regioni intere sono per questo condannate al più cupo avvilimento. […] Ciascuno esamini la sua coscienza, che ha una voce nuova per la nostra epoca. È egli pronto a sostenere col suo denaro le opere e le missioni organizzate in favore dei più poveri? a sopportare maggiori imposizioni affinché i poteri pubblici siano messi in grado di intensificare il loro sforzo per lo sviluppo?».
Populorum Progressio 45; 47









Invitati daYahvé (Salmo 14/15).

Signore, chi abiterà nella tua tenda?
Chi dimorerà sul tuo santo monte?

[2] Colui che cammina senza colpa,
agisce con giustizia e parla lealmente,

[3] non dice calunnia con la lingua,
non fa danno al suo prossimo
e non lancia insulto al suo vicino.
[4] Ai suoi occhi è spregevole il malvagio,
ma onora chi teme il Signore.
Anche se giura a suo danno, non cambia;

[5] presta denaro senza fare usura,
e non accetta doni contro l'innocente.
Colui che agisce in questo modo
resterà saldo per sempre.

Intercessioni - Litania “Dalle Frontiere della Carità”

Risposta/ Gesù Signore, sei tu la nostra strada!
.
1. In un mondo frammentato e diviso, possa l’amore aprirsi la strada per creare armonia e unità. R/

2. In un mondo soffocato dalle esigenze economiche, possa l’amore aprirsi la strada per sradicare l’ingiustizia. R/

3. In un mondo in cui alcune minoranze privilegiate consumano moltissimo, privando gli altri del necessario, possa l’amore aprirsi la strada per risvegliare le coscienze. R/

4. In un mondo affetto da povertà spirituale e gonfio di eccessi materiali, possa l’amore aprirsi la strada nei nostri cuori perché tutti noi possiamo capire che Dio è l’unico necessario. R/

5. In un mondo tormentato da meschinità ed egoismi possa l’amore aprirsi la strada per portarci a vivere con intenzioni globali. R/

6. In un mondo traboccante di umanità dolente, anche a causa delle insidie che incombono sull’ecosistema, possa l’amore aprirsi la strada per portare a tutti una nuova pienezza di vita. R/

7. In un mondo di frontiere chiuse, possa l’amore aprirsi la strada per collegare tra loro forze ed energie. R/

8. In un mondo sempre più ricco di connessioni-web di carattere geopolitico e socioeconomico, possa l’amore aprirsi la strada per trovare ai diversi problemi soluzioni semplici e giuste. R/

9. In un mondo in cui la problematica mondiale sembra farsi sempre più travolgente, possa l’amore aprirsi la strada della fermezza, per affrontare ogni cosa a suo tempo. R/

Pausa di riflessione


(Giustizia Economica per tutti #94). Conferenza Episcopale Stati Uniti, 1986

Le necessità dei poveri sono prioritarie di fronte ai desideri dei ricchi: i diritti dei lavoratori precedono la ricerca del massimo profitto; la cura dell’ambiente non può cedere il posto all’espansione industriale incontrollata, né la produzione orientata a dare risposta ai bisogni sociali può essere considerata secondaria nei confronti di quella militare.
John Paul II, Address on Christian Unity in a Technological Age, 1984.

Preghiamo: Onnipotente Creatore, tu hai fatto tutte le persone umane a tua immagine e somiglianza. Aiutaci a comprendere che tutti gli uomini e le donne sono persone di grande valore e dignità. Donaci la forza e il coraggio di lavorare per la giustizia e la pace in modo che tutti abbiano la possibilità di vivere in armonia con la dignità che tu hai infuso in loro. Te lo chiediamo per Gesù Cristo nostro Signore Figlio tuo, che vive e regna in unità con te e con lo Spirito Santo per tutti i secoli dei secoli. Amen.


Canto/Inno.

Beatitudini per l’Azione Sociale
(Louise Helene Renou).

Beato sei tu
quando ti rendi disponibile, pronto a condividere con semplicità ciò che possiedi.
Beato sei tu
quando piangi per l’infelicità che vedi intorno a te e nell’intero mondo
.
Beato sei tu
quando scegli la mitezza e il dialogo anche se questa opzione richiede tempi lunghi e presenta difficoltà.

Beato sei tu
quando, impegnando la tua creatività, escogiti idee nuove e trovi modalità efficaci per poter donare il tuo tempo, per esprimere tenerezza e per effondere speranza.

Beato sei tu
quando ascolti con il cuore per poter scoprire anche il cuore degli altri.

Beato sei tu
quando decidi di essere tu a compiere quel primo passo che è necessario per stabilire la pace con i fratelli e le sorelle che vivono con te in questo nostro unico mondo.

Beato sei tu
quando conservi nel cuore una splendida apertura alle domande della vita.

Beato sei tu
quando prendi sul serio il Signore Gesù risuscitato.

Canto/Inno
Dal Vangelo secondo Matteo (25, 31-45)

Quando il Figlio dell'uomo verrà nella sua gloria con tutti i suoi angeli, si siederà sul trono della sua gloria.
E saranno riunite davanti a lui tutte le genti, ed egli separerà gli uni dagli altri, come il pastore separa le pecore dai capri, e porrà le pecore alla sua destra e i capri alla sinistra.
Allora il re dirà a quelli che stanno alla sua destra: Venite, benedetti del Padre mio, ricevete in eredità il regno preparato per voi fin dalla fondazione del mondo. Perché io ho avuto fame e mi avete dato da mangiare, ho avuto sete e mi avete dato da bere; ero forestiero e mi avete ospitato, nudo e mi avete vestito, malato e mi avete visitato, carcerato e siete venuti a trovarmi.
Allora i giusti gli risponderanno: Signore, quando mai ti abbiamo veduto affamato e ti abbiamo dato da mangiare, assetato e ti abbiamo dato da bere? Quando ti abbiamo visto forestiero e ti abbiamo ospitato, o nudo e ti abbiamo vestito? E quando ti abbiamo visto ammalato o in carcere e siamo venuti a visitarti?
Rispondendo, il re dirà loro: In verità vi dico: ogni volta che avete fatto queste cose a uno solo di questi miei fratelli più piccoli, l'avete fatto a me.
Poi dirà a quelli alla sua sinistra: Via, lontano da me, maledetti, nel fuoco eterno, preparato per il diavolo e per i suoi angeli. Perché ho avuto fame e non mi avete dato da mangiare; ho avuto sete e non mi avete dato da bere; ero forestiero e non mi avete ospitato, nudo e non mi avete vestito, malato e in carcere e non mi avete visitato.
Anch'essi allora risponderanno: Signore, quando mai ti abbiamo visto affamato o assetato o forestiero o nudo o malato o in carcere e non ti abbiamo assistito? Ma egli risponderà: In verità vi dico: ogni volta che non avete fatto queste cose a uno di questi miei fratelli più piccoli, non l'avete fatto a me.









Intercessioni

Rispondere: Dio sia misericordioso con noi e ci benedica.

- Preghiamo: affinché tutte le nazioni s’impegnino a lavorare insieme per costruire un mondo di giustizia e di pace. R/
- Preghiamo: affinché tutte le persone possano avere il necessario per vivere una vita degna e pienamente umana. R/
- Preghiamo: affinché tutte le persone possano avere i mezzi sufficienti per vivere con dignità. R/
- Preghiamo: affinché tutte le persone possano avere un lavoro socialmente riconosciuto. R/
- Preghiamo: affinché tutte le persone possano avere accesso ad un’abitazione adeguata. R/
- Preghiamo: affinché tutte le persone possano avere accesso alle strutture sanitarie. R/
- Preghiamo: affinché tutte le persone possano avere accesso alle strutture educative. R/
- Preghiamo: affinché tutte le persone possano avere opportunità di sviluppare la loro personalità, in modo da essere in grado di partecipare adeguatamente alle decisioni della loro comunità e della so-cietà in generale. R/
- Preghiamo: affinché le persone possano contribuire allo sviluppo dei valori socialmente condivisi . R/
- Preghiamo: affinché tutto ciò che riguarda lo sviluppo umano possa essere sostenibile sul piano sociale, economico e ambientale, non solo per la generazione attuale, ma anche per quelle che verranno. R/P. R/

Pausa di riflessione

(Sollicitudo Rei Socialis, 39).
L'interdipendenza deve trasformarsi in solidarietà, fondata sul principio che i beni della creazione sono destinati a tutti: ciò che l'industria umana produce con la lavorazione delle materie prime, col contributo del lavoro, deve servire egualmente al bene di tutti. …] La solidarietà ci aiuta a vedere l'«altro» -persona, popolo o Nazione- non come uno strumento qualsiasi, per sfruttarne a basso costo la capacità di lavoro e la resistenza fisica, abbandonandolo poi quando non serve più ma come un nostro «simile», un «aiuto».

Preghiamo: Dio Padre nostro, ti chiediamo di aiutarci ad imitare il Signore Gesù, che si occupò dei poveri e dei bisognosi. Insegnaci a stare accanto ai poveri, nella difesa dei loro diritti. Te lo chiediamo per Cristo nostro Signore Figlio tuo, che vive e regna in unità con te e con lo Spirito Santo per tutti i secoli dei secoli. Amen.


Mantenere viva la speranza

Mantener viva la speranza
significa credere che la storia va avanti,
aperta al sogno di Dio e alla creatività umana.

Mantener viva la speranza
significa andare avanti affermando
che è possibile sognare un mondo diverso,
libero dalla fame, dalle ingiustizie,
dalle discriminazioni.

Mantener viva la speranza
significa essere messaggeri di Dio
e messaggeri degli uomini e delle donne di buona volontà,
abbattendo muri, distruggendo frontiere,
costruendo ponti.
.
Mantener viva la speranza
significa credere nelle potenzialità rivoluzionarie della fede,
lasciare le porte aperte
perché lo Spirito possa entrare
e fare nuove tutte le cose.

Mantener viva la speranza
significa saper ricominciare sempre.

Mantener viva la speranza
significa credere che “la speranza”
è l’ultima a morire.

Mantener viva la speranza
significa credere che “la speranza” in realtà non può morire:
la speranza non muore mai.

Mantener viva la speranza
significa semplicemente vivere.

Suore Missionarie di San Carlo Borromeo
(Scalabriniane) Honduras





Preghiera conclusiva: Padre Nostro

Padre nostro, che sei nei cieli,
sia santificato il tuo nome,
venga il tuo regno,
sia fatta la tua volontà, come in cielo così in terra.
Dacci oggi il nostro pane quotidiano,
e rimetti a noi i nostri debiti
come noi li rimettiamo ai nostri debitori,
e non ci indurre in tentazione, ma liberaci dal male.
Amen.

Preghiamo:
Dio nostro Padre, ti preghiamo: aiutaci ad adorarti in modo accettabile e conveniente.
Aiutaci ad essere sempre consapevoli del fatto che l’adorazione da te voluta è questa: vivere una vita giusta e lavorare per far regnare la Giustizia e la Pace nel mondo. Te lo chiediamo per Cristo nostro Signore Figlio tuo, che vive e regna in unità con te con lo Spirito Santo per tutti i secoli dei secoli. Amen.

Canto finale Magnificat
L'anima mia magnifica il Signore
e il mio spirito esulta in Dio, mio salvatore,
perché ha guardato l'umiltà della sua serva.
D'ora in poi tutte le generazioni
mi chiameranno beata.
Grandi cose ha fatto in me l'Onnipotente
e santo é il suo nome:
di generazione in generazione la sua misericordia
si stende su quelli che lo temono.
Ha spiegato la potenza del suo braccio,
ha disperso i superbi nei pensieri del loro cuore;
ha rovesciato i potenti dai troni,
ha innalzato gli umili;
ha ricolmato di beni gli affamati,
ha rimandato i ricchi a mani vuote.
Ha soccorso Israele, suo servo,
ricordandosi della sua misericordia,
come aveva promesso ai nostri padri,
ad Abramo e alla sua discendenza, per sempre.

Gloria al Padre e al Figlio e allo Spirito Santo.
Come era nel principio, e ora e sempre
nei secoli dei secoli. Amen.

Domande proposte per la riflessione e la discussione

1. Che cos’è la povertà? in Irlanda, il Governo la definisce così: “Sono poveri coloro che, sul piano materiale, culturale e sociale, non dispongono di risorse adeguate a quel livello di vita che viene considerato confacente alla società irlandese in generale. Sono coloro che per i salari troppo bassi e per la mancanza di risorse sufficienti vengono ad essere emarginati ed esclusi dalle attività che il resto della società irlandese considera normali. (NAPS 1997). Come definisci tu la povertà? Il tuo Governo ha una sua propria definizione della povertà?

2. Se è nostro preciso dovere fare in modo che si stabilisca nella società una giusta distribuzione dei beni e delle opportunità, risulta che le rivendicazioni dei poveri premono con particolare urgenza sulla coscienza di ogni singola Nazione e del mondo intero nella sua globalità. Allora: In quali decisioni concrete si manifesta il nostro coinvolgimento nei tempi di prosperità economica e in quelli di recessione?

3. Come seguaci di Cristo, noi siamo sfidati nella nostra capacità di attuare una “opzione fondamentale per i poveri". Come valutiamo gli stili di vita, la politica, le istituzioni, relati-vamente all’impatto che possono avere sui poveri?

4. Come possiamo lavorare per una società più giusta e, in particolare, per lo sradicamento della povertà?



Per favore, contattare JPIC USG/UISG in jpicusguisg@lasalle.org per qualunque commento e/o per qualche diversa traduzione, o per miglioramenti.
Per ulteriori informazioni circa il lavoro della Commissione JPIC USG/UISG andare su http://jpicformation.wikispaces.com

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

UNODC lança primeiro banco de dados global de casos de tráfico de seres humanos‏

UNODC lança primeiro banco de dados global de casos de tráfico de seres humanos
11 de outubro de 2011 · Notícias


UNODC lança primeiro banco de dados global de casos de tráfico de seres humanosO tráfico de seres humanos é um fenômeno verdadeiramente global e um crime que afeta quase todas as partes do mundo, seja como país de origem, trânsito ou destino. De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), estima-se que mais de 2,4 milhões de pessoas de 127 países são exploradas por criminosos a todo momento.
Mais de uma década depois da aprovação do Protocolo contra o Tráfico de Pessoas, a maioria dos países criminaliza a maior parte das formas de tráfico de seres humanos na sua legislação. No entanto, o uso destas leis para julgar e condenar os traficantes ainda é limitada. No Relatório Global de 2009 sobre Tráfico de Pessoas, por exemplo, dois em cada cinco países presentes no relatório nunca havia registrado uma única condenação por crimes de tráfico de seres humanos.
Por trás da esfera legal do tráfico de seres humanos está a falta de conhecimento e entendimento sobre o cenário global. Nos casos em que os processos já foram instalados, muito pouco se sabe sobre eles em nível internacional. Isso muitas vezes deixa questões em aberto, como de que forma as legislações estão sendo utilizadas e, se houver, o que caracteriza os processos bem sucedidos.
Em uma tentativa de responder a estas perguntas, o UNODC desenvolveu um banco de dados de jurisprudência sobre o tráfico de seres humanos para fornecer acesso imediato às instâncias públicas oficialmente documentadas deste crime. O banco de dados contém detalhes sobre a nacionalidade das vítimas e perpetradores, as rotas de tráfico, as sentenças e outras informações relacionadas aos casos julgados em todo o mundo. Dessa forma, o banco de dados oferece não só meras estatísticas sobre o número de acusações e condenações, mas também as histórias da vida real de vítimas do tráfico, conforme documentado pelos tribunais.
O banco de dados tem como objetivo auxiliar os juízes, promotores, formuladores de políticas, pesquisadores de mídia e outras partes interessadas, tornando as informações disponíveis sobre casos reais com exemplos de como as respectivas legislações nacionais em vigor podem ser usadas para processar o tráfico de seres humanos.
No seu lançamento, mais de 150 casos selecionados entre mais de 30 países e dois tribunais regionais foram disponibilizados, com um adicional de 100 casos de mais de uma dúzia de estados a serem incluídos nos próximos meses.
O banco de dados de jurisprudência sobre Tráfico de Seres Humanos do UNODC está disponível em www.unodc.org/cld

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A solidão do refúgio urbano na República Democrática do Congo‏

KINSHASA, República Democrática do Congo, 22 de setembro (ACNUR) - Jack* está perdendo as esperanças. O refugiado sudanês, 32 anos, está preso em um país cuja língua ele não sabe falar e onde não consegue arrumar um emprego decente. E ele não está pronto para retornar ao Sudão do Sul, país onde seus pais foram mortos.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) se encontrou com Jack recentemente, na sede da Equipe de Gestão de Refugiados Urbanos em Kinshasa (ERUKIN), uma organização não-governamental parceira do ACNUR, que ajuda os refugiados urbanos mais vulneráveis na República Democrática do Congo (RDC). Ele estava lá para pedir ajuda, após ter deixado sua casa, localizada no extremo da capital, no dia anterior.

A dramática e difícil viagem que trouxe Jack a Kinshasa começou em 1989 em Juba, capital do Sudão do Sul, quando o país estava mergulhado na guerra civil entre norte e sul e as autoridades de Cartum recrutavam compulsoriamente pessoas do sul para servir as forças armadas.

“Nós deixamos nossas escolas [e fugimos]. A vida era ruim”, Jack lembra. “Eu parti para Juba e depois para Uganda”, diz, acrescentando que a situação apenas piorou. Ele viajava com um grupo e tiveram o azar de cruzar com uma das milícias mais temidas da África - o Exército de Resistência do Senhor.

“Eles atiraram em alguns dos nossos amigos”, disse, afirmando que nesse momento decidiu voltar para Juba. Jack conta que não demorou muito tempo para que ele fosse detido, acusado de ser um rebelde, e colocado na prisão por dois anos. “Saí e vim para o Congo em 2003... Levei seis meses no trajeto a pé, de carro e de barco [para chegar a Kinshasa]”.

Mas viver na capital congolesa não resolveu seus problemas, ainda que seu status de refugiado tenha sido reconhecido em 2005. “Ainda estou sofrendo”, diz. “Minha vida aqui é muito pobre. Estou sem emprego, sem dinheiro”.

Entretanto, assim como outros refugiados sudaneses, Jack não está pronto para voltar para casa, embora o Sudão do Sul tenha se tornado independente no mês passado. Ele também não quer ficar em Kinshasa. “Minha solução é deixar o Congo... Quando conseguir economizar um pouco de dinheiro, em algum tempo, sairei daqui”.

Ele fala em ir para um país africano de língua inglesa, mas tudo parece apenas um sonho. Ele mal tem sobrevivido com a venda de bebidas de ervas e de bálsamos que ele carrega em um saco plástico, reconhecedo que: “Para comer é um grande problema”. Jack lista suas habilidades, como jardinagem e condução, mas enfrenta uma dura competição para encontrar emprego.

A experiência de Jack não é a mais comum entre os mais de 15 mil refugiados de nove países que vivem em Kinshasa - dos quais cerca de 70% são angolanos - mas revela alguns dos problemas enfrentados por refugiados urbanos em todo o continente africano.

Leia a íntegra desta notícia em www.acnur.org.br

Outubro, mês de mobilizações

Minga
Mutirão Informativo dos Movimentos Sociais
Adital

Tradução: ADITAL

Boletim Informativo da Minga Informativa de Movimentos Sociais – 28/09/2011

Em outubro, estão programadas diversas mobilizações no continente e no mundo. Um dos eixos centrais será os temas ambientais e climáticos e direitos da natureza, com vistas às negociações internacionais em Durban (dezembro, sobre o clima) e Rio+20 (Rio de Janeiro, junho de 2012, sobre desenvolvimento sustentável).

Dessa forma, os povos indígenas de Abya Yala convocam para o 12 de outubro à IV Minga Global pela Mãe Terra. Na convocatória, destaca-se que o objetivo é que em cada canto do planeta levantem-se vozes e se unam as mãos em defesa da vida, pelos direitos da Mãe Terra, pelo pleno exercício dos direitos dos povos indígenas, contra a imposição das atividades extrativistas e pela construção coletiva do Bem Viver. A organização está a cargo da Coordenadora Andina de Organizações Indígenas (CAOI), da Coordenadora de Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA, em espanhol), pelo Conselho de Centro América (Cica), pelo Conselho Indígena de Mesoamérica (Cima) e por suas bases regionais. Essa luta de resistência à colonização se iniciou no dia 12 de outubro de 1492, com a invasão europeia de Abya Yala.

De 8 a 16 de outubro de 2011, acontecerá uma nova edição da Semana de Ação Global contra a Dívida e as Instituições Financeiras Internacionais. "Unamos nossas forças e digamos NÃO à dívida ilegítima: adquirida em nome dos povos; porém, destinada a beneficiar a uns poucos banqueiros e políticos corruptos, às grandes multinacionais, aos interesses especulativos, à criminalização e repressão contra a resistência popular”. Os povos do mundo demandam a prestação de contas e a transparência no manejo das finanças públicas. As instâncias organizadoras convocam a fazer confluir as ações em todo o planeta, convidando todos e todas a unir-se, a maximizar sua criatividade e a realizar todo tipo de ação apropriada para visibilizar as demandas comuns e apoiar as lutas concretas.

Da mesma forma, no Panamá, nos dias 1 e 2 de outubro, acontecerá o Fórum Alternativo sobre Mudança Climática, em resposta à reunião intersessional meso-americana de Mudança Climática, que se realizará nesse país. O objetivo é retroalimentar os processos de luta e denunciar a aplicação das falsas soluções à crise do clima em seu conjunto.

O chamado contra o monopólio de terras, lançado em fevereiro durante o Fórum Social Mundial, em Dakar, Senegal, recopilou a adesão de mais de 650 organizações. Se sua organização também deseja apoiar esse chamado pode fazê-lo até o dia 7 de outubro de 2011. Camponeses atingidos pelo monopólio de terras entregarão o chamado de Dakar aos governos com todos os nomes das organizações que o avalizaram, durante as negociações sobre as Diretrizes de Roma, que se realizará de 10 a 14 de outubro. Essa mobilização também contribuirá para pressionar aos governos para que rechacem definitivamente os Princípios para Investimentos Agrícolas Responsáveis (RAI, por suas siglas em inglês), do Banco Mundial.

Se aproxima também o Grito de los Excluidos/as Continental (12 de outubro), com a 13ª Jornada de Mobilização "Pelo Trabalho, Justiça e Vida!”, que vem sendo realizada desde 1999 em diversos países da América Latina e Caribe. Pelo menos em 10 países o Grito acontecerá de distintas formas, expressões e com diferentes agendas, com o comum denominador da defesa da Vida em toda sua plenitude: da natureza, das comunidades, dos direitos sociais das minorias e dos excluídos/as. Por exemplo, na República Dominicana já se iniciaram as Jornadas de Movilización 2011 pelo Direito à Habitação, à Terra e Zero Desalojos, que se estenderão até o dia 12 de outubro, relacionadas ao Dia Mundial do Habitat.

No Valle Del Cauca, Colômbia, se realizará el Congreso de Tierras, Territorios y Soberanías convocado por camponeses, indígenas, afrodescendentes e populações urbanas, para elaborar mandatos a respeito. Essa convocatória pretende reuniar entre 10 e 12 mil pessoas de todo o país.

Em Tocoa, Colón, Honduras, de 30 de setembro a 3 de outubro, se realizará o Encuentro contra la Militarización, Ocupación y Represión en Honduras ¡Solidaridad Militante con el Bajo Aguan! As organizações convocantes (camponesas, indígenas e de afros, entre outras) propõem "redefinir e construir novos acordos que nos façam avançar em estratégias de defesa dos direitos humanos individuais e coletivos das comunidades do Bajo Aguán e, em geral, do povo hondurenho, lutando contra a militarização e a repressão, o que contribuirá para romper com a dominação múltipla e com o avassalamento do povo hondurenho”.

Olhando em direção a Duban, a Via Campesina realizou um chamado aos movimentos sociais a todos os povos para uma mobilização mundial durante a XVII Conferência das Partes da Convenção sobre a Mudança Climática das Nações Unidas, que acontecerá em Durban, África do Sul, de 28 de novembro a 9 de dezembro de 2011. Nesse marco, acontecerá o Dia de Ação Global, em 3 de dezembro, junto com milhares de ativistas de outras organizações para exigir justiça climática.

Mais sobre as mobilizações em áudio (espanhol), na última edición de Voz de los Movimientos.

Calendário de mobilizações internacionais em outubro:

- 1 e 2 de outubro: Fórum Alternativo Mesoamericano sobre Mudança Climática (Panamá)
- 7 de outubro: Dia de Luta pelo Trabalho Decente
- 8 a 15 de outubro: Semana de Ação contra a Dívida e as Instituições Financeiras Internacionais (IFIs)
- 12 de outubro: Jornada de Luta contra o Capitalismo / Minga global pela Mãe Terra / Grito dos Excluídos/as (América Latina)
- 15 de outubro: Dia da Mulher Rural / Ações Internacionais pela Democracia Real Já!
- 16 de outubro: Dia de Luta pela Soberania Alimentar
- 17 de outubro: Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Pobreza.

Pesquisa destaca necessidade de políticas econômicas de gênero para diminuir a pobreza

Camila Queiroz
Jornalista da ADITAL
Adital

Realizada na Nicarágua, a pesquisa Dinâmicas territoriais na Nicarágua: Controle de recursos tangíveis e intangíveis por gênero evidencia a importância de levar em conta o fator de gênero nas políticas para redução da pobreza. Baseado em fontes oficiais, o estudo foi elaborado no marco do Programa Dinâmicas Territoriais Rurais, coordenado pelo Centro Latino-americano para o Desenvolvimento Rural – Rimisp.

"(…) se estabeleceu como a invisibilidade da mulher no campo laboral, assim como as diferenças no controle de recursos entre os gêneros, constituem fatores determinantes da pobreza. E se comprovou que uma mudança neste sentido poderia provocar efeitos positivos em nível de país”, sintetiza a pesquisa.

De acordo com o estudo, apesar de as nicaraguenses constituírem a metade da população e chefiarem 30% dos lares, 60% são consideradas economicamente inativas.

Apenas 17,1% das mulheres camponesas são consideradas economicamente ativas. Isso porque aquelas que realizam trabalho informal não têm suas atividades reconhecidas e esbarram em preconceitos de gênero.

"Os trabalhos que realizam no campo, como criação de animais para a venda e o autoconsumo, não são tomados como atividade econômica. Por isso, estes dados sugerem que têm dificuldades para acessar a assistência técnica e subsídios, já que os programas e políticas de desenvolvimento privilegiam aos lares chefiados por homens”, assinala.

Além dessas dificuldades, as mulheres não detêm os recursos produtivos. O estudo cita o Censo Nacional Agropecuário de 2001, segundo o qual somente 18% dos produtores donos de fazendas em todo país eram mulheres. Ainda assim, as propriedades das mulheres costumam ter a metade do tamanho das masculinas. Os nicaraguenses também possuem mais animais e 84,1% das fontes de água estão em suas propriedades.

Outro dado revela que 49,5% das mulheres maiores de 12 anos já são casadas ou vivem com parceiro; segundo o estudo, essa constitui uma estratégia familiar para diminuir gastos, principalmente nas zonas rurais. A consequência se mostra no baixo nível educativo, tanto de mulheres quanto de homens.

Como conclusão, a pesquisa reforça a necessidade de investir em políticas econômicas para as nicaraguenses, já que é um grupo social desprivilegiado.

"A contribuição das mulheres por ocupação é chave para o aumento do consumo e para a redução da pobreza. Então, uma estratégia promissora neste sentido seria aumentar as oportunidades de emprego permanente para as mulheres e melhorar as condições de trabalho atuais. O mesmo com a propriedade da terra e o controle dos recursos: gerar estratégias para facilitar o acesso delas a terras, animais e água poderia contribuir notoriamente à redução da pobreza e à criação de dinâmicas territoriais virtuosas”, sugere.

Violência vitimou duas mil pessoas nos oito primeiros meses de 2011

Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital

Permanece o clima de insegurança entre guatemaltecos e guatemaltecas por conta da violência. O mais recente Informe sobre a situação dos direitos humanos na Guatemala e feitos de violência durante oito meses de 2011, elaborado pelo Grupo de Apoio Mútuo (GAM), revela que, até o mês de agosto, 2.231 pessoas morreram de forma violenta no país. Dessas, 1.882 eram homens, 306 mulheres, 37 meninos e oito meninas.

"O aumento da violência não tem sido somente na sanha e crueldade, mas também no presente ano se agrega o número de vítimas, o aumento em relação ao ano anterior tem sido de 5%, especialmente refletido este aumento nos meses de fevereiro, maio e agosto”, destaca.

Na média mensal de mortes, de acordo com o informe, 2011 teve 280 por mês, cifra inferior apenas a dos anos de 2009 e 2007, quando a média mensal de mortes nos oito primeiros meses foi de 322 e 306, respectivamente.

Em agosto deste ano, 283 pessoas morreram de forma violenta na Guatemala. Dessas, 241 eram homens e 36 mulheres. Nem mesmo as crianças escaparam na violência. No mês passado, seis meninos morreram.

O número de feridos até o mês de agosto também foi alto. Segundo o relatório, 888 pessoas ficaram feridas nos oito primeiros meses deste ano em decorrência de ações violentas. Dessas, não se sabe quantas sobreviveram ao entrar no hospital e quantas receberam atendimento médico adequado.

Além do elevado número de mortos e feridos, o documento chama a atenção para a quantidade de massacres ocorridos neste ano. "Mostra da pouca atenção que se tem dado para a implementação de políticas de segurança tem sido os terríveis massacres provocados ao longo de 2011; mais de 460 vítimas reportadas, refletindo claramente desta forma que a crueldade, sanha e níveis tão altos de violência não se reduziram em absoluto”, considera.

Neste ano, 354 pessoas morreram por conta de massacres e 112 ficaram feridas. Somente no mês de agosto, o país foi palco de nove massacres que resultaram na morte de 31 pessoas, entre adultos e crianças.

Não bastasse a quantidade de mortos, a crueldade nos assassinatos também choca o país. "Existe crueldade e sanha em cada um dos crimes perpetrados nos últimos tempos”, afirma. Nos oito primeiros meses deste ano, 99 pessoas foram torturadas no país, sendo 74 homens, 24 mulheres e uma menina menor de 15 anos.

Até o mês de agosto, 67 vítimas foram encontradas desmembradas. E, de acordo com GAM, o quadro se repete "sem que as autoridades agilizem as investigações necessárias a respeito do ocorrido com aquela vítima”.

A falta de atitude das autoridades fica mais clara quando se observa as regiões com maiores índices de violência. "A violência tem se posicionado especificamente em determinados lugares, os quais têm sido localizados de acordo com o monitoramento do GAM; no entanto, apesar disso, não se tem conseguido observar por anos que haja a implementação de sistemas de segurança que mudem esta realidade; exemplo disso é a zona 18, que segue reportando-se como a mais vulnerável da cidade capital”, denuncia.

Peça teatral debate HIV e violência de gênero com refugiados que vivem no Rio‏

RIO DE JANEIRO, 27 de setembro de 2011 (ACNUR) - Uma plateia diversificada, formada por refugiados e refugiadas de diferentes países e idades, acompanhou com atenção a recente exibição da peça “O Auto da Maré Alta”, no centro de acolhida de refugiados e solicitantes de refúgio dirigido pela Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro.

Com muito bom humor e uma história de amor que se passa em uma comunidade carente do Rio, a peça exibida pela Companhia de Teatro Maré Alta, ligada à ONG Ação Comunitária do Brasil, fez com que a plateia refletisse sobre temas fundamentais para sua proteção e integração no país, como saúde sexual e reprodutiva, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), HIV e AIDS.

A exibição da peça é uma das atividades do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) no Brasil que visa conscientizar refugiados e solicitantes de refúgio sobre temas de saúde, como HIV e AIDS, e de violência de gênero. O país possui cerca de 4.500 refugiados, de mais de 70 nacionalidades diferentes. A grande maioria é de origem africana (64% do total, segundo dados oficiais).

Leia a íntegra desta notícia em http://www.acnur.org/t3/portugues/
Atenciosamente,
ACNUR Brasil
Assessoria de Comunicação
Fone: (61) 3044.5744
Fax: (61) 3044.5705
e-mail: informacao@unhcr.org
Visite: http://www.acnur.org/t3/portugues/
Acnur Brasil no Twitter: www.twitter.com/acnurbrasil

BOTSCHAFT VON PAPST BENEDIKT XVI ZUM WELTMISSIONSSONNTAG 2011

»Wie mich der Vater gesandt hat, so sende ich euch« (Joh 20,21)

Anläßlich des Heiligen Jahres 2000 hat der Ehrwürdige Diener Gottes Johannes Paul II. zu Beginn eines neuen Jahrtausends der christlichen Zeitrechnung noch einmal nachdrücklich die Notwendigkeit betont, die Bemühungen zu erneuern, allen das Evangelium zu verkünden, mit »derselben Begeisterung, welche die Christen der ersten Stunde auszeichnete« (Apostolisches Schreiben Novo millennio ineunte, 58). Das ist der wertvollste Dienst, den die Kirche der Menschheit und jeder einzelnen Person leisten kann auf der Suche nach dem tieferen Sinn, um das eigene Leben in Fülle zu leben. Diese Einladung ist daher jedes Jahr in der Feier des Weltmissionssonntags zu vernehmen. In der Tat belebt die unablässige Verkündigung des Evangeliums auch die Kirche, ihren Eifer, ihren apostolischen Geist; sie erneuert ihre pastoralen Methoden, damit sie den neuen Situationen – auch jenen, die eine Neuevangelisierung erfordern – immer besser angepaßt und von missionarischem Eifer beseelt sind: »Durch die Mission wird die Kirche tatsächlich erneuert, Glaube und christliche Identität werden bestärkt und erhalten neuen Schwung und neue Motivation. Der Glaube wird stark durch Weitergabe! Die neue Evangelisierung der christlichen Völker findet Anregung und Halt im Einsatz für die sich weltweit betätigende Mission« (Johannes Paul II., Enzyklika Redemptoris missio, 2).
Geht und verkündet
Dieses Ziel wird ständig neu belebt durch die Feier der Liturgie, besonders der Eucharistie, an deren Ende stets der Auftrag des auferstandenen Jesus an die Apostel zu hören ist: »Geht…« (Mt 28,19). Die Liturgie ist immer ein Ruf »aus der Welt« und eine neue Sendung »in die Welt«, um das zu bezeugen, was man erfahren hat: die heilende Kraft des Wortes Gottes, die heilende Kraft des Ostergeheimnisses Christi. Alle, die dem auferstandenen Herrn begegnet sind, haben das Bedürfnis verspürt, es den anderen zu verkünden, wie die beiden Emmausjünger es taten. Nachdem sie den Herrn im Brechen des Brotes erkannt hatten, »brachen sie auf und kehrten nach Jerusalem zurück, und sie fanden die Elf … versammelt« und erzählten, was sie unterwegs erlebt hatten (vgl. Lk 24,33–35). Papst Johannes Paul II. mahnte, der Herr »möge uns wachsam und bereit finden, sein Angesicht zu erkennen und zu den Brüdern zu laufen, um ihnen die große Nachricht zu bringen: ›Wir haben den Herrn gesehen!‹« (Apostolisches Schreiben Novo millennio ineunte, 59).
Allen
Empfänger der Verkündigung des Evangeliums sind alle Völker. Die Kirche »ist ihrem Wesen nach ›missionarisch‹ (d. h. als Gesandte unterwegs), da sie selbst ihren Ursprung aus der Sendung des Sohnes und der Sendung des Heiligen Geistes herleitet gemäß dem Plan Gottes des Vaters« (Zweites Vatikanisches Ökumenisches Konzil, Dekret Ad gentes, 2). D, 2). Das »ist in der Tat die Gnade und eigentliche Berufung der Kirche, ihre tiefste Identität. Sie ist da, um zu evangelisieren« (Paul VI., Apostolisches Schreiben Evangelii nuntiandi, 14). Infolgedessen kann sie sich nie in sich selbst verschließen. Sie faßt an bestimmten Orten Wurzeln, um über sie hinauszuwachsen. Ihr Wirken, in Treue zum Wort Christi und unter dem Einfluß seiner Gnade und seiner Liebe, wird allen Menschen und Völkern in voller Wirklichkeit gegenwärtig, um sie zum Glauben an Christus zu führen (vgl. Ad gentes, 5).
Diese Aufgabe hat ihre Dringlichkeit nicht verloren. Im Gegenteil, »die Sendung Christi, des Erlösers, die der Kirche anvertraut ist, ist noch weit davon entfernt, vollendet zu sein. Ein Blick auf die Menschheit insgesamt am Ende des zweiten Jahrtausends zeigt uns, daß diese Sendung noch in den Anfängen steckt und daß wir uns mit allen Kräften für den Dienst an dieser Sendung einsetzen müssen« (Johannes Paul II., Enzyklika Redemptoris missio, 1). Wir können nicht ruhig bleiben bei dem Gedanken, daß es nach 2000 Jahren immer noch Völker gibt, die Christus nicht kennen und seine Heilsbotschaft noch nicht gehört haben.
Und nicht nur das: Auch die Schar derer, denen zwar das Evangelium verkündet wurde, die es aber vergessen und sich von ihm entfernt haben, die sich in der Kirche nicht mehr wiedererkennen, vergrößert sich; und in vielen Bereichen, auch in traditionell christlichen Gesellschaften, ist man heute nicht gewillt, sich gegenüber dem Wort des Glaubens zu öffnen. Ein kultureller Wandel ist im Gange, der auch von der Globalisierung, von Denkströmungen und vom herrschenden Relativismus genährt wird – ein Wandel, der zu einer Mentalität und einem Lebensstil führt, die die Botschaft des Evangeliums nicht beachten, so als würde Gott nicht existieren, und die das Streben nach Wohlstand, nach leichtem Verdienst, nach Karriere und Erfolg als den Zweck des Lebens preisen, auch zum Schaden der sittlichen Werte.
Mitverantwortung aller
Die weltweite Sendung bezieht stets alle und alles ein. Das Evangelium ist kein Gut, das nur dem gehört, der es empfangen hat, sondern es ist ein Geschenk, das miteinander geteilt werden muß, eine gute Nachricht, die es mitzuteilen gilt. Und dieses Geschenk, diese Verpflichtung ist nicht nur einigen, sondern allen Getauften anvertraut: »ein auserwähltes Geschlecht, … ein heiliger Stamm, ein Volk, das sein besonderes Eigentum wurde« (1 Petr 2,9), damit es seine wunderbaren Werke verkünde. Das bezieht auch alle Tätigkeiten ein. Die Sorge für das Evangelisierungswerk der Kirche in der Welt und die Mitarbeit an ihm dürfen nicht auf einige besondere Augenblicke und Gelegenheiten beschränkt bleiben und dürfen auch nicht als eine der vielen pastoralen Tätigkeiten betrachtet werden.
Die missionarische Dimension der Kirche ist wesentlich; man muß sich ihrer daher stets bewußt sein. Es ist wichtig, daß sowohl die einzelnen Getauften als auch die kirchlichen Gemeinschaften nicht sporadisch und gelegentlich, sondern ständig an der Mission interessiert sind, als christliche Lebensform. Auch der Weltmissionssonntag ist kein isolierter Augenblick im Laufe des Jahres, sondern eine wertvolle Gelegenheit, um innezuhalten und darüber nachzudenken, ob und wie wir auf die missionarische Berufung antworten: Die Antwort ist wesentlich für das Leben der Kirche.
Weltweite Evangelisierung
Die Evangelisierung ist ein vielschichtiger Prozeß, der verschiedene Elemente umfaßt. Unter diesen hat die Missionstätigkeit der Solidarität stets besonderen Wert beigemessen. Das ist auch eines der Ziele des Weltmissionssonntags, der durch die Päpstlichen Missionswerke um Hilfe zur Durchführung der Aufgaben der Evangelisierung in den Missionsgebieten ersucht. Es geht darum, Einrichtungen zu unterstützen, die notwendig sind, um die Kirche zu festigen und zu konsolidieren – durch Katecheten, Seminare, Priester –, und auch darum, einen eigenen Beitrag zu leisten zur Verbesserung der Lebensbedingungen der Menschen in Ländern, die von Phänomenen wie Armut, Unterernährung – besonders von Kindern –, Krankheiten, sowie Mangel an Gesundheits- und Bildungseinrichtungen am schlimmsten betroffen sind. Auch das gehört zur Sendung der Kirche. Indem sie das Evangelium verkündet, nimmt sie sich das menschliche Leben in vollem Umfang zu Herzen. Wie der Diener Gottes Paul VI. betont hat, ist es nicht annehmbar, bei der Evangelisierung die Themen zu vernachlässigen, die die Förderung des Menschen, die Gerechtigkeit und die Befreiung von jeder Form der Unterdrückung betreffen, natürlich unter Achtung der Autonomie der politischen Sphäre. Kein Interesse an den zeitlichen Problemen der Menschheit zu haben würde bedeuten, »die Lehre des Evangeliums von der Liebe zum leidenden und bedürftigen Nächsten zu vergessen« (Apostolisches Schreiben Evangelii nuntiandi, 31.34); es würde nicht mit dem Verhalten Jesu übereinstimmen, denn »Jesus zog durch alle Städte und Dörfer, verkündete das Evangelium vom Reich und heilte alle Krankheiten und Leiden« (Mt 9,35).
So wird der Christ durch die mitverantwortliche Teilhabe an der Sendung der Kirche zum Baumeister der Gemeinschaft, des Friedens, der Solidarität, die Christus uns geschenkt hat, und wirkt an der Umsetzung des Heilsplans Gottes für die ganze Menschheit mit. Die Herausforderungen, denen diese gegenübersteht, rufen die Christen auf, gemeinsam mit den anderen unterwegs zu sein, und die Mission ist ein unverzichtbarer Bestandteil dieses gemeinsamen Weges mit allen. In ihr tragen wir, wenngleich in zerbrechlichen Gefäßen, unsere christliche Berufung, den unermeßlichen Schatz des Evangeliums, das lebendige Zeugnis des gestorbenen und auferstandenen Christus, dem man in der Kirche begegnet und an den man in der Kirche glaubt.
Der Weltmissionssonntag möge in jedem den Wunsch und die Freude beleben, der Menschheit »entgegenzugehen« und allen Christus zu bringen. In seinem Namen erteile ich euch von Herzen den Apostolischen Segen, insbesondere jenen, die für das Evangelium am meisten Mühe tragen und leiden.
Aus dem Vatikan, am 6. Januar 2011, Hochfest der Erscheinung des Herrn.


BENEDICTUS PP. XVI

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O DIA MISSIONÁRIO MUNDIAL 2011

«Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós» (Jo 20, 21)

Por ocasião do Jubileu do Ano 2000, o Venerável João Paulo II, no início de um novo milénio da era cristã, afirmou com força a necessidade de renovar o empenho de levar a todos o anúncio do Evangelho «com o mesmo entusiasmo dos cristãos da primeira hora» (Carta ap. Novo millennio ineunte, 58). É o serviço mais precioso que a Igreja pode prestar à humanidade e a cada pessoa que está em busca das razões profundas para viver em plenitude a própria existência. Por isso, o mesmo convite ressoa todos os anos na celebração do Dia Missionário Mundial. Com efeito, o anúncio incessante do Evangelho vivifica também a Igreja, o seu fervor, o seu espírito apostólico, renova os seus métodos pastorais a fim de que sejam cada vez mais apropriados às novas situações — inclusive as que exigem uma nova evangelização — e animados pelo impulso missionário: «A missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade cristãs, dá-lhe novo entusiasmo e novas motivações. É dando a fé que ela se fortalece! A nova evangelização dos povos cristãos também encontrará inspiração e apoio, no empenho pela missão universal» (João Paulo II, Enc. Redemptoris missio, 2).
Ide e anunciai
Este objectivo reaviva-se continuamente através da celebração da liturgia, em especial da Eucaristia, que se conclui sempre evocando o mandato de Jesus ressuscitado aos Apóstolos: «Ide...» (Mt 28, 19). A liturgia é sempre uma chamada «do mundo» e um novo início «no mundo» para testemunhar o que se experimentou: o poder salvífico da Palavra de Deus, o poder salvífico do Mistério pascal de Cristo. Todos aqueles que encontraram o Senhor ressuscitado sentiram a necessidade de O anunciar aos outros, como fizeram os dois discípulos de Emaús. Eles, depois de ter reconhecido o Senhor ao partir o pão, «partiram imediatamente, voltaram para Jerusalém e encontraram reunidos os onze» e contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho (Lc 24, 33-35). O Papa João Paulo II exortava a estarmos «vigilantes e prontos para reconhecer o seu rosto e correr a levar aos nossos irmãos o grande anúncio: “Vimos o Senhor”!» (Carta ap. Novo millennio ineunte, 59).
A todos
Todos os povos são destinatários do anúncio do Evangelho. A Igreja «por sua natureza é missionária, visto que, segundo o desígnio de Deus Pai, tem a sua origem na missão do Filho e na missão do Espírito Santo» (Conc. Ecum. Vat. II, Decr. Ad gentes, 2). Esta é «a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar» (Paulo vi, Exort. ap. Evangelii nutiandi, 14). Consequentemente, nunca pode fechar-se em si mesma. Enraíza-se em determinados lugares para ir além. A sua acção, em adesão à palavra de Cristo e sob a influência da sua graça e caridade, faz-se plena e actualmente presente a todos os homens e a todos os povos para os conduzir rumo à fé em Cristo (cf. Ad gentes, 5).
Esta tarefa não perdeu a sua urgência. Aliás, «a missão de Cristo Redentor, confiada à Igreja, ainda está bem longe do seu pleno cumprimento... uma visão de conjunto da humanidade mostra que tal missão ainda está no começo e que devemos empenhar-nos com todas as forças no seu serviço» (João Paulo II, Enc. Redemptoris missio, 1). Não podemos permanecer tranquilos com o pensamento de que, depois de dois mil anos, ainda existam povos que não conhecem Cristo e ainda não ouviram a sua Mensagem de salvação.
Não só mas aumenta o número daqueles que, embora tendo recebido o anúncio do Evangelho, o esqueceram e abandonaram, já não se reconhecem na Igreja; e muitos âmbitos, inclusive em sociedades tradicionalmente cristãs, hoje são refratários a abrirem-se à palavra da fé. Está em acto uma mudança cultural, alimentada também pela globalização, de movimentos de pensamento e de relativismo imperante, uma mudança que leva a uma mentalidade e a um estilo de vida que prescindem da Mensagem evangélica, como se Deus não existisse e exaltam a busca do bem-estar, do lucro fácil, da carreira e do sucesso como finalidade da vida, inclusive em detrimento dos valores morais.
Co-responsabilidade de todos
A missão universal envolve todos, tudo e sempre. O Evangelho não é um bem exclusivo de quem o recebeu, mas é um dom a partilhar, uma boa notícia a comunicar. E este dom-empenho está confiado não só a algumas pessoas, mas a todos os baptizados, os quais são «raça eleita... nação santa, povo adquirido» (1 Pd 2, 9), para que proclame as suas obras maravilhosas.
Estão envolvidas também todas as suas actividades. A atenção e a cooperação na obra evangelizadora da Igreja no mundo não podem ser limitadas a alguns momentos ou ocasiões particulares, e nem devem ser consideradas como uma das tantas actividades pastorais: a dimensão missionária da Igreja é essencial e, portanto, deve estar sempre presente. É importante que tanto cada baptizado como as comunidades eclesiais se interessem pela missão não de modo esporádico e irregular, mas de maneira constante, como forma de vida cristã. O próprio Dia Missionário não é um momento isolado no decorrer do ano, mas uma ocasião preciosa para nos determos e reflectirmos se e como correspondemos à vocação missionária; uma resposta essencial para a vida da Igreja.
Evangelização global
A evangelização é um processo complexo e inclui vários elementos. Entre estes, uma atenção peculiar da parte da animação missionária sempre foi dada à solidariedade. Este é também um dos objectivos do Dia Missionário Mundial que, através das Pontifícias Obras Missionárias, solicita a ajuda para a realização das tarefas de evangelização nos territórios de missão. Trata-se de apoiar instituições necessárias para estabelecer e consolidar a Igreja mediante os catequistas, os seminários, os sacerdotes; e também de oferecer a própria contribuição para o melhoramento das condições de vida das pessoas em países nos quais são mais graves os fenómenos de pobreza, subalimentação sobretudo infantil, doenças, carência de serviços médicos e para a instrução. Isto também faz parte da missão da Igreja. Anunciando o Evangelho, ela toma a peito a vida humana em sentido pleno. Não é aceitável, afirmava o Servo de Deus Paulo VI, que na evangelização se descuidem os temas relativos à promoção humana, à justiça e à libertação de todas as formas de opressão, obviamente no respeito pela autonomia da esfera política. Não se interessar pelos problemas temporais da humanidade significaria «esquecer a lição que vem do Evangelho sobre o amor ao próximo que sofre e está em necessidade» (cf. Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 31.34); não estaria em sintonia com o comportamento de Jesus, o qual «percorria as cidades e as aldeias, ensinando nas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todas as enfermidades e doenças» (Mt 9, 35).
Assim, através da participação co-responsável na missão da Igreja, o cristão torna-se construtor da comunhão, da paz, da solidariedade que Cristo nos concedeu, e colabora para a realização do plano salvífico de Deus para toda a humanidade. Os desafios que ela encontra chamam os cristãos a caminhar juntamente com os outros, e a missão faz parte integrante deste caminho com todos. Nela conservamos, embora em vasos de barro, a nossa vocação cristã, o tesouro inestimável do Evangelho, o testemunho vivo de Jesus morto e ressuscitado, encontrado e acreditado na Igreja.
O Dia Missionário reavive em cada um o desejo e a alegria de «ir» ao encontro da humanidade levando Cristo a todos. Em seu nome concedo-vos de coração a Bênção Apostólica, em particular àqueles que mais trabalham e sofrem pelo Evangelho.
Vaticano, 6 de Janeiro de 2011, Solenidade da Epifania do Senhor.

BENEDICTUS PP. XVI

MENSAJE DEL SANTO PADRE BENEDICTO XVI PARA LA JORNADA MUNDIAL DE LAS MISIONES 2011

«Como el Padre me ha enviado, así también os envío yo» (Jn 20,21)

Con ocasión del Jubileo del año 2000, el venerable Juan Pablo II, al comienzo de un nuevo milenio de la era cristiana, reafirmó con fuerza la necesidad de renovar el compromiso de llevar a todos el anuncio del Evangelio «con el mismo entusiasmo de los cristianos de los primeros tiempos» (Novo millennio ineunte, 58). Es el servicio más valioso que la Iglesia puede prestar a la humanidad y a toda persona que busca las razones profundas para vivir en plenitud su existencia. Por ello, esta misma invitación resuena cada año en la celebración de la Jornada mundial de las misiones. En efecto, el incesante anuncio del Evangelio vivifica también a la Iglesia, su fervor, su espíritu apostólico; renueva sus métodos pastorales para que sean cada vez más apropiados a las nuevas situaciones —también las que requieren una nueva evangelización— y animados por el impulso misionero: «La misión renueva la Iglesia, refuerza la fe y la identidad cristiana, da nuevo entusiasmo y nuevas motivaciones. ¡La fe se fortalece dándola! La nueva evangelización de los pueblos cristianos hallará inspiración y apoyo en el compromiso por la misión universal» (Juan Pablo II, Redemptoris missio, 2).
Id y anunciad
Este objetivo se reaviva continuamente por la celebración de la liturgia, especialmente de la Eucaristía, que se concluye siempre recordando el mandato de Jesús resucitado a los Apóstoles: «Id...» (Mt 28, 19). La liturgia es siempre una llamada «desde el mundo» y un nuevo envío «al mundo» para dar testimonio de lo que se ha experimentado: el poder salvífico de la Palabra de Dios, el poder salvífico del Misterio pascual de Cristo. Todos aquellos que se han encontrado con el Señor resucitado han sentido la necesidad de anunciarlo a otros, como hicieron los dos discípulos de Emaús. Después de reconocer al Señor al partir el pan, «y levantándose en aquel momento, se volvieron a Jerusalén, donde encontraron reunidos a los Once» y refirieron lo que había sucedido durante el camino (Lc 24, 33-35). El Papa Juan Pablo II exhortaba a estar «vigilantes y preparados para reconocer su rostro y correr hacia nuestros hermanos, para llevarles el gran anuncio: ¡Hemos visto al Señor!» (Novo millennio ineunte, 59).
A todos
Destinatarios del anuncio del Evangelio son todos los pueblos. La Iglesia «es, por su propia naturaleza, misionera, puesto que tiene su origen en la misión del Hijo y la misión del Espíritu Santo, según el plan de Dios Padre» (Ad gentes, 2). Esta es «la dicha y vocación propia de la Iglesia, su identidad más profunda. Existe para evangelizar» (Pablo VI, Evangelii nuntiandi, 14). En consecuencia, no puede nunca cerrarse en sí misma. Arraiga en determinados lugares para ir más allá. Su acción, en adhesión a la palabra de Cristo y bajo la influencia de su gracia y de su caridad, se hace plena y actualmente presente a todos los hombres y a todos los pueblos para conducirlos a la fe en Cristo (cf. Ad gentes, 5).
Esta tarea no ha perdido su urgencia. Al contrario, «la misión de Cristo Redentor, confiada a la Iglesia, está aún lejos de cumplirse... Una mirada global a la humanidad demuestra que esta misión se halla todavía en los comienzos y que debemos comprometernos con todas nuestras energías en su servicio» (Redemptoris missio, 1). No podemos quedarnos tranquilos al pensar que, después de dos mil años, aún hay pueblos que no conocen a Cristo y no han escuchado aún su Mensaje de salvación.
No sólo; es cada vez mayor la multitud de aquellos que, aun habiendo recibido el anuncio del Evangelio, lo han olvidado y abandonado, y no se reconocen ya en la Iglesia; y muchos ambientes, también en sociedades tradicionalmente cristianas, son hoy refractarios a abrirse a la palabra de la fe. Está en marcha un cambio cultural, alimentado también por la globalización, por movimientos de pensamiento y por el relativismo imperante, un cambio que lleva a una mentalidad y a un estilo de vida que prescinden del Mensaje evangélico, como si Dios no existiese, y que exaltan la búsqueda del bienestar, de la ganancia fácil, de la carrera y del éxito como objetivo de la vida, incluso a costa de los valores morales.
Corresponsabilidad de todos
La misión universal implica a todos, todo y siempre. El Evangelio no es un bien exclusivo de quien lo ha recibido; es un don que se debe compartir, una buena noticia que es preciso comunicar. Y este don-compromiso está confiado no sólo a algunos, sino a todos los bautizados, los cuales son «linaje elegido, nación santa, pueblo adquirido por Dios» (1 P 2, 9), para que proclame sus grandes maravillas.
En ello están implicadas también todas las actividades. La atención y la cooperación en la obra evangelizadora de la Iglesia en el mundo no pueden limitarse a algunos momentos y ocasiones particulares, y tampoco pueden considerarse como una de las numerosas actividades pastorales: la dimensión misionera de la Iglesia es esencial y, por tanto, debe tenerse siempre presente. Es importante que tanto los bautizados de forma individual como las comunidades eclesiales se interesen no sólo de modo esporádico y ocasional en la misión, sino de modo constante, como forma de la vida cristiana. La misma Jornada mundial de las misiones no es un momento aislado en el curso del año, sino que es una valiosa ocasión para detenerse a reflexionar si respondemos a la vocación misionera y cómo lo hacemos; una respuesta esencial para la vida de la Iglesia.
Evangelización global
La evangelización es un proceso complejo y comprende varios elementos. Entre estos, la animación misionera ha prestado siempre una atención peculiar a la solidaridad. Este es también uno de los objetivos de la Jornada mundial de las misiones, que a través de las Obras misionales pontificias, solicita ayuda para el desarrollo de las tareas de evangelización en los territorios de misión. Se trata de sostener instituciones necesarias para establecer y consolidar a la Iglesia mediante los catequistas, los seminarios, los sacerdotes; y también de dar la propia contribución a la mejora de las condiciones de vida de las personas en países en los que son más graves los fenómenos de pobreza, malnutrición sobre todo infantil, enfermedades, carencia de servicios sanitarios y para la educación. También esto forma parte de la misión de la Iglesia. Al anunciar el Evangelio, la Iglesia se toma en serio la vida humana en sentido pleno. No es aceptable, reafirmaba el siervo de Dios Pablo VI, que en la evangelización se descuiden los temas relacionados con la promoción humana, la justicia, la liberación de toda forma de opresión, obviamente respetando la autonomía de la esfera política. Desinteresarse de los problemas temporales de la humanidad significaría «ignorar la doctrina del Evangelio acerca del amor al prójimo que sufre o padece necesidad» (Evangelii nuntiandi, 31. cf. n. 34); no estaría en sintonía con el comportamiento de Jesús, el cual «recorría todas las ciudades y los pueblos, enseñando en las sinagogas, proclamando la buena nueva del Reino y curando todas las enfermedades y dolencias» (Mt 9, 35).
Así, a través de la participación corresponsable en la misión de la Iglesia, el cristiano se convierte en constructor de la comunión, de la paz, de la solidaridad que Cristo nos ha dado, y colabora en la realización del plan salvífico de Dios para toda la humanidad. Los retos que esta encuentra llaman a los cristianos a caminar junto a los demás, y la misión es parte integrante de este camino con todos. En ella llevamos, aunque en vasijas de barro, nuestra vocación cristiana, el tesoro inestimable del Evangelio, el testimonio vivo de Jesús muerto y resucitado, encontrado y creído en la Iglesia.
Que la Jornada mundial de las misiones reavive en cada uno el deseo y la alegría de «ir» al encuentro de la humanidad llevando a todos a Cristo. En su nombre os imparto de corazón la bendición apostólica, en particular a quienes más se esfuerzan y sufren por el Evangelio.
Vaticano, 6 de enero de 2011, solemnidad de la Epifanía del Señor

BENEDICTUS PP. XVI

MESSAGE DU PAPE BENOÎT XVI POUR LA JOURNÉE MONDIALE DES MISSIONS 2011

«Comme le Père m'a envoyé, moi aussi je vous envoie» (Jn 20,21)
A l’occasion du Jubilé de l’An 2000, le vénérable Jean-Paul II, au début d’un nouveau millénaire de l’année chrétienne, a répété avec force la nécessité de renouveler l’engagement d’apporter à tous l’annonce de l’Evangile avec le «même enthousiasme que celui qui a caractérisé les chrétiens de la première heure» (Lett. apost. Novo millennio ineunte, n. 58). C’est le service le plus précieux que l’Eglise puisse rendre à l’humanité et à chaque personne à la recherche des raisons profondes pour vivre en plénitude leur existence. C’est pourquoi cette même invitation retentit chaque année lors de la célébration de la Journée mondiale des missions. L’annonce permanente de l’Evangile, en effet, vivifie également l’Eglise, sa ferveur, son esprit apostolique, renouvelle ses méthodes pastorales afin qu’elles soient toujours plus appropriées aux nouvelles situations — même celles qui exigent une nouvelle évangélisation — et animées par l’élan missionnaire: «La mission renouvelle l'Eglise, renforce la foi et l'identité chrétienne, donne un regain d'enthousiasme et des motivations nouvelles. La foi s'affermit lorsqu'on la donne! La nouvelle évangélisation des peuples chrétiens trouvera inspiration et soutien dans l'engagement pour la mission universelle» (Jean-Paul II, Enc. Redemptoris missio, n. 2).
Allez et annoncez
Cet objectif est continuellement ravivé par la célébration de la liturgie, en particulier de l’Eucharistie, qui se conclut toujours en faisant écho au mandat de Jésus adressé aux Apôtres: «Allez...» (Mt 28, 19). La liturgie est toujours un appel «du monde» et un envoi «dans le monde» pour témoigner de ce dont on a fait l’expérience: la puissance salvifique de la Parole de Dieu, la puissance salvifique du mystère pascal du Christ. Tous ceux qui ont rencontré le Seigneur ressuscité ont ressenti le besoin de l’annoncer aux autres, comme le firent les deux disciples d’Emmaüs. Après avoir reconnu le Seigneur à la fraction du pain, «à cette heure même, ils partirent et s'en retournèrent à Jérusalem. Ils trouvèrent réunis les Onze» et leur racontèrent ce qui leur était arrivé le long du chemin (Lc 24, 33-34). Le Pape Jean-Paul II exhortait à être «vigilants et prêts à reconnaître son visage pour courir vers nos frères et leur communiquer la grande nouvelle: “Nous avons vu le Seigneur!”» (Lett. apost. Novo millennio ineunte, n. 59).
A tous
Tous les peuples sont destinataires de l'annonce de l'Evangile. L'Eglise, «par nature est missionnaire, puisqu'elle-même tire son origine de la mission du Fils et de la mission du Saint-Esprit, selon le dessein de Dieu le Père (Concile oecuménique Vatican II, Ad gentes, n. 2). Telle est «la grâce et la vocation de l'Eglise, son identité la plus profonde. Elle existe pour évangéliser» (Paul VI, Exhortation apostolique Evangelii nuntiandi, n. 14). De ce fait, elle ne peut jamais se replier sur elle-même. Elle s'enracine dans des lieux déterminés pour aller au-delà. Son action, conformément à la parole du Christ et sous l'influence de sa grâce et de sa charité, se fait pleinement et réellement présente à tous les hommes et à tous les peuples pour les mener à la foi en Christ (cf. Ad gentes, n. 5).
Ce devoir n'a rien perdu de son caractère urgent. Et même, «la mission du Christ Rédempteur, confiée à l'Eglise, est encore bien loin de son achèvement... Un regard d'ensemble porté sur l'humanité montre que cette mission en est encore à ses débuts et que nous devons nous engager de toutes nos forces à son service» (Jean-Paul II, Encyclique Redemptoris missio, n. 1). Nous ne pouvons être tranquilles à la seule pensée que, après deux mille ans, il y a encore des peuples qui ne connaissent pas le Christ et n'ont pas encore entendu son message de salut.
Mais pas seulement; le nombre de ceux qui, bien qu'ayant reçu le message de l'Evangile, l'ont oublié et abandonné et ne se reconnaissent plus dans l'Eglise ne cesse de croître et de nombreux milieux, même dans des sociétés traditionnellement chrétiennes, sont aujourd'hui réticents à s'ouvrir à la parole de la foi. Un changement culturel est en marche, renforcé aussi par la mondialisation, des mouvements de pensée et le relativisme dominant, un changement qui conduit à une mentalité et à un style de vie qui ignorent le message évangélique, comme si Dieu n'existait pas, et qui encouragent la recherche du bien-être, du gain facile, de la carrière et du succès comme but de la vie, même au détriment des valeurs morales.
La coresponsabilité de tous
La mission universelle implique toutes les personnes, tout et toujours. L'Evangile n'est pas un bien exclusif de celui qui l'a reçu, mais est un don à partager, une bonne nouvelle à communiquer. Et ce don-engagement est confié non seulement à quelques-uns, mais à tous les baptisés, qui sont «une race élue,... une nation sainte, un peuple acquis (par Dieu)» (1 P 2, 9), afin de proclamer ses œuvres merveilleuses.
Toutes les activités sont donc impliquées. L'attention et la collaboration à l'oeuvre évangélisatrice de l'Eglise dans le monde ne peuvent être limitées à certains moments ou à certaines occasions particulières, et ne peuvent pas être considérées non plus comme une des nombreuses activités pastorales: la dimension missionnaire de l'Eglise est essentielle et doit donc être toujours présente. Il est important qu’aussi bien les baptisés que les communautés ecclésiales participent non pas de manière sporadique et ponctuelle à la mission, mais de manière permanente, comme forme de vie chrétienne. La Journée des missions elle-même n'est pas un moment isolé au cours de l'année, mais elle représente une occasion précieuse pour s'arrêter et réfléchir afin de savoir de quelle manière nous pouvons répondre à la vocation missionnaire; une réponse essentielle pour la vie de l'Eglise.
Evangélisation globale
L'évangélisation est un processus complexe, qui comprend différents éléments. Parmi ceux-ci, l'animation missionnaire a toujours accordé une attention particulière à la solidarité. Cela constitue aussi un des objectifs de la Journée mondiale des missions qui, par l'intermédiaire des Œuvres pontificales missionnaires, sollicite l'aide pour l'accomplissement des tâches d'évangélisation dans les territoires de mission. Il s'agit de soutenir des institutions nécessaires pour établir et consolider l'Eglise à travers les catéchistes, les séminaires, les prêtres et d’apporter également sa contribution en vue de l'amélioration des conditions de vie des personnes dans les pays où les problèmes de pauvreté, de malnutrition surtout infantile, de maladies, de carence des services de santé et d'instruction sont les plus graves. Tout cela rentre également dans la mission de l'Eglise. En annonçant l'Evangile, elle a à coeur la vie humaine au sens le plus large. Le Serviteur de Dieu Paul VI affirmait que dans l'évangélisation, il n'était pas acceptable que l'on néglige les thèmes concernant la promotion humaine, la justice, la libération de toute forme d'oppression, tout en respectant, évidemment, l'autonomie du domaine politique. Se désintéresser des problèmes temporels de l'humanité reviendrait à «oublier la leçon qui vient de l'Evangile sur l'amour du prochain souffrant et nécessiteux » (Exhortation apostolique Evangelii nuntiandi, nn. 31.34), car cela ne serait pas conforme au comportement de Jésus, qui «parcourait toutes les villes et les villages, enseignant dans leurs synagogues, proclamant la bonne nouvelle du Royaume et guérissant toute maladie et toute langueur» (Mt 9, 35).
Ainsi, par la participation coresponsable à la mission de l'Eglise, le chrétien devient constructeur de la communion, de la paix, de la solidarité que le Christ nous a données et collabore à la réalisation du plan salvifique de Dieu pour toute l'humanité. Les défis à relever appellent les chrétiens à cheminer avec les autres et la mission est une partie intégrante de ce cheminement avec tous. Nous portons en nous, même si c'est dans des vases d'argile, notre vocation chrétienne, le trésor inestimable de l'Evangile, le témoignage vivant de Jésus mort et ressuscité, rencontré et professé dans l'Eglise.
Que la Journée des missions ranime en chacun le désir et la joie «d'aller» à la rencontre de l'humanité en apportant le Christ à tous. En son nom, je vous donne de tout cœur la Bénédiction apostolique, en particulier à ceux qui peinent et souffrent davantage pour l'Evangile.
Du Vatican, le 6 janvier 2011, solennité de l'Epiphanie du Seigneur.
BENEDICTUS PP. XVI

MESSAGGIO DEL SANTO PADRE BENEDETTO XVI PER LA GIORNATA MISSIONARIA MONDIALE 2011

«Come il Padre ha mandato me, anch’io mando voi» (Gv 20,21)

In occasione del Giubileo del 2000, il Venerabile Giovanni Paolo II, all’inizio di un nuovo millennio dell’era cristiana, ha ribadito con forza la necessità di rinnovare l’impegno di portare a tutti l’annuncio del Vangelo «con lo stesso slancio dei cristiani della prima ora» (Lett. ap. Novo millennio ineunte, 58). È il servizio più prezioso che la Chiesa può rendere all’umanità e ad ogni singola persona alla ricerca delle ragioni profonde per vivere in pienezza la propria esistenza. Perciò quello stesso invito risuona ogni anno nella celebrazione della Giornata Missionaria Mondiale. L’incessante annuncio del Vangelo, infatti, vivifica anche la Chiesa, il suo fervore, il suo spirito apostolico, rinnova i suoi metodi pastorali perché siano sempre più appropriati alle nuove situazioni - anche quelle che richiedono una nuova evangelizzazione - e animati dallo slancio missionario: «La missione rinnova la Chiesa, rinvigorisce la fede e l’identità cristiana, dà nuovo entusiasmo e nuove motivazioni. La fede si rafforza donandola! La nuova evangelizzazione dei popoli cristiani troverà ispirazione e sostegno nell’impegno per la missione universale» (Giovanni Paolo II, Enc. Redemptoris missio, 2).
Andate e annunciate
Questo obiettivo viene continuamente ravvivato dalla celebrazione della liturgia, specialmente dell’Eucaristia, che si conclude sempre riecheggiando il mandato di Gesù risorto agli Apostoli: “Andate…” (Mt 28,19). La liturgia è sempre una chiamata ‘dal mondo’ e un nuovo invio ‘nel mondo’ per testimoniare ciò che si è sperimentato: la potenza salvifica della Parola di Dio, la potenza salvifica del Mistero Pasquale di Cristo. Tutti coloro che hanno incontrato il Signore risorto hanno sentito il bisogno di darne l’annuncio ad altri, come fecero i due discepoli di Emmaus. Essi, dopo aver riconosciuto il Signore nello spezzare il pane, «partirono senza indugio e fecero ritorno a Gerusalemme dove trovarono riuniti gli Undici» e riferirono ciò che era accaduto loro lungo la strada (Lc 24,33-34). Il Papa Giovanni Paolo II esortava ad essere “vigili e pronti a riconoscere il suo volto e correre dai nostri fratelli a portare il grande annunzio: “Abbiamo visto il Signore!”» (Lett. ap. Novo millennio ineunte, 59).
A tutti
Destinatari dell’annuncio del Vangelo sono tutti i popoli. La Chiesa, «per sua natura è missionaria, in quanto essa trae origine dalla missione del Figlio e dalla missione dello Spirito Santo, secondo il disegno di Dio Padre» (Conc. Ecum. Vat. II, Decr. Ad gentes, 2). Questa è «la grazia e la vocazione propria della Chiesa, la sua identità più profonda. Essa esiste per evangelizzare» (Paolo VI, Esort. ap. Evangelii nuntiandi, 14). Di conseguenza, non può mai chiudersi in se stessa. Si radica in determinati luoghi per andare oltre. La sua azione, in adesione alla parola di Cristo e sotto l’influsso della sua grazia e della sua carità, si fa pienamente e attualmente presente a tutti gli uomini e a tutti i popoli per condurli alla fede in Cristo (cfr Ad gentes, 5).
Questo compito non ha perso la sua urgenza. Anzi, «la missione di Cristo redentore, affidata alla Chiesa, è ancora ben lontana dal suo compimento … Uno sguardo d’insieme all’umanità dimostra che tale missione è ancora agli inizi e che dobbiamo impegnarci con tutte le forze al suo servizio» (Giovanni Paolo II, Enc. Redemptoris missio, 1). Non possiamo rimanere tranquilli al pensiero che, dopo duemila anni, ci sono ancora popoli che non conoscono Cristo e non hanno ancora ascoltato il suo Messaggio di salvezza.
Non solo; ma si allarga la schiera di coloro che, pur avendo ricevuto l’annuncio del Vangelo, lo hanno dimenticato e abbandonato, non si riconoscono più nella Chiesa; e molti ambienti, anche in società tradizionalmente cristiane, sono oggi refrattari ad aprirsi alla parola della fede. È in atto un cambiamento culturale, alimentato anche dalla globalizzazione, da movimenti di pensiero e dall’imperante relativismo, un cambiamento che porta ad una mentalità e ad uno stile di vita che prescindono dal Messaggio evangelico, come se Dio non esistesse, e che esaltano la ricerca del benessere, del guadagno facile, della carriera e del successo come scopo della vita, anche a scapito dei valori morali.
Corresponsabilità di tutti
La missione universale coinvolge tutti, tutto e sempre. Il Vangelo non è un bene esclusivo di chi lo ha ricevuto, ma è un dono da condividere, una bella notizia da comunicare. E questo dono-impegno è affidato non soltanto ad alcuni, bensì a tutti i battezzati, i quali sono «stirpe eletta, … gente santa, popolo che Dio si è acquistato” (1Pt 2,9), perché proclami le sue opere meravigliose.
Ne sono coinvolte pure tutte le attività. L’attenzione e la cooperazione all’opera evangelizzatrice della Chiesa nel mondo non possono essere limitate ad alcuni momenti e occasioni particolari, e non possono neppure essere considerate come una delle tante attività pastorali: la dimensione missionaria della Chiesa è essenziale, e pertanto va tenuta sempre presente. E’ importante che sia i singoli battezzati e sia le comunità ecclesiali siano interessati non in modo sporadico e saltuario alla missione, ma in modo costante, come forma della vita cristiana. La stessa Giornata Missionaria non è un momento isolato nel corso dell’anno, ma è una preziosa occasione per fermarsi a riflettere se e come rispondiamo alla vocazione missionaria; una risposta essenziale per la vita della Chiesa.
Evangelizzazione globale
L’evangelizzazione è un processo complesso e comprende vari elementi. Tra questi, un’attenzione peculiare da parte dell’animazione missionaria è stata sempre data alla solidarietà. Questo è anche uno degli obiettivi della Giornata Missionaria Mondiale, che, attraverso le Pontificie Opere Missionarie, sollecita l’aiuto per lo svolgimento dei compiti di evangelizzazione nei territori di missione. Si tratta di sostenere istituzioni necessarie per stabilire e consolidare la Chiesa mediante i catechisti, i seminari, i sacerdoti; e anche di dare il proprio contributo al miglioramento delle condizioni di vita delle persone in Paesi nei quali più gravi sono i fenomeni di povertà, malnutrizione soprattutto infantile, malattie, carenza di servizi sanitari e per l'istruzione. Anche questo rientra nella missione della Chiesa. Annunciando il Vangelo, essa si prende a cuore la vita umana in senso pieno. Non è accettabile, ribadiva il Servo di Dio Paolo VI, che nell’evangelizzazione si trascurino i temi riguardanti la promozione umana, la giustizia, la liberazione da ogni forma di oppressione, ovviamente nel rispetto dell’autonomia della sfera politica. Disinteressarsi dei problemi temporali dell’umanità significherebbe «dimenticare la lezione che viene dal Vangelo sull’amore del prossimo sofferente e bisognoso» (Esort. ap. Evangelii nuntiandi, 31.34); non sarebbe in sintonia con il comportamento di Gesù, il quale “percorreva tutte le città e i villaggi, insegnando nelle loro sinagoghe, annunciando il vangelo del Regno e guarendo ogni malattia e infermità” (Mt 9,35).
Così, attraverso la partecipazione corresponsabile alla missione della Chiesa, il cristiano diventa costruttore della comunione, della pace, della solidarietà che Cristo ci ha donato, e collabora alla realizzazione del piano salvifico di Dio per tutta l’umanità. Le sfide che questa incontra, chiamano i cristiani a camminare insieme agli altri, e la missione è parte integrante di questo cammino con tutti. In essa noi portiamo, seppure in vasi di creta, la nostra vocazione cristiana, il tesoro inestimabile del Vangelo, la testimonianza viva di Gesù morto e risorto, incontrato e creduto nella Chiesa.
La Giornata Missionaria ravvivi in ciascuno il desiderio e la gioia di “andare” incontro all’umanità portando a tutti Cristo. Nel suo nome vi imparto di cuore la Benedizione Apostolica, in particolare a quanti maggiormente faticano e soffrono per il Vangelo.
Dal Vaticano, 6 gennaio 2011, Solennità dell’Epifania del Signore

BENEDICTUS PP. XVI