segunda-feira, 5 de julho de 2010

Erradicar a pobreza é possível, afirma CMI

Fonte: IECLB com OIKOUMENE



O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) convocou líderes de igrejas a priorizarem os mais pobres, em vez de submeter-se aos critérios dos grandes bancos e aos gastos militares.



Numa declaração emitida ao encontro promovido pelas Nações Unidas para debater e avaliar as Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDM), que acontece em setembro deste ano, o CMI reiterou sua convicção de que erradicar a pobreza é tanto "um imperativo moral e ético" quanto uma meta alcançável.



"Acreditamos que mobilizar os recursos financeiros necessários para a erradicação da pobreza e o cumprimento das MDM (...) é, sim, uma questão política e também de coragem moral", afirma a declaração do CMI apresentada por uma pequena delegação ecumênica numa das audiências sobre as MDM da assembléia geral da ONU, que aconteceu em Nova Iorque, entre 14 e 15 de Junho.



A declaração do CMI contrasta os recursos necessários para atingir as MDM com os "trilhões de dólares" que "no período de alguns meses" foram reunidos por governos de países ricos para "ressuscitar instituições financeiras à beira do colapso" e com o cada vez mais crescente gasto em "fins militares globais".



"Precisamos reexaminar e desmantelar um sistema tão perverso de prioridades que dá mais importância ao resgate de grandes bancos e à compra de máquinas que matam gente do que à salvação de pessoas famintas e sem teto."



As 8 Metas de Desenvolvimento do Milênio vão da erradicação da pobreza extrema ao controle da contaminação por HIV/AIDS e o oferecimento de educação básica - tudo isso até 2015. Tais metas foram adotadas num encontro de líderes mundiais em setembro do ano 2000. Com apenas 5 anos para o final do prazo, outro encontro, proposto para "acelerar o processo", acontecerá em Nova Iorque, em setembro de 2010.



As audiências de 14 e 15 de junho tiveram como objetivo reunir as contribuições da sociedade civil ao processo preparatório que conduz ao encontro de setembro. O CMI foi uma das organizações representativas da sociedade civil a testemunhar no evento. Athena Peralta, que trabalha como consultora especial do CMI para questões de justiça social e econômica, leu a declaração do CMI no dia 15.



Para o CMI, o que o mundo tem diante de si não é a "limitação de recursos financeiros para erradicar a pobreza", mas "uma limitação de valores morais e éticos que afirmem e priorizem a vida - uma limitação do senso de justiça, solidariedade e cuidado".



Leia a matéria na íntegra em www.conic.org.br.

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