Ir Maria de Ramos Guimarães
Falar de Madre Assunta nos remete a uma história de vida dinâmica, marcada por Deus e doada ao serviço dos migrantes. Veio ao Brasil para acompanhar e servir os conacionais que migravam. Serviu-os fielmente até a morte. Aproximava-se dos humildes, dos doentes e dos pobres com afabilidade e ternura. Assumia com humildade os trabalhos mais insignificantes. Dizia muitas vezes: “Sem a caridade não se faz nada de bom”. E viveu-a com radicalidade extrema.
Podemos afirmar que sua existência foi uma resposta amorosa e agradecida ao amor de Deus. Viveu a virtude da humildade e da simplicidade em todas as circunstâncias de sua peregrinação. Seu comportamento não manifestava nenhuma superiodade, seja como superiora geral ou na lida da cozinha. Verdadeiramente foi a serva dos órfãos, bem como de suas co-irmãs.
Sua vida e a das suas coirmãs não foi um mar de rosas. Nas graves crises pelas quais passou a Congregação, ela soube calar na hora certa, e fazer-se ouvir quando preciso. Possuía a convicção de que a obra em favor dos migrantes órfãos era “um querer de Deus”, portanto, não podia ser destruída, nem se quer abalada pelo querer humano.
Alimentava-se da Palavra de Deus, da Eucaristia, da devoção ao Sagrado Coração de Jesus e no exercício da caridade fraterna, Assunta soube viver com humildade e determinação, tendo certeza da ação do Espírito Santo. Desde o início da missão, seu perfil de líder transpareceu e foi se tornando serviço generoso, soube assim ajudar a manter vivo o germe nascente da Congregação, mantendo o grupo pioneiro unido em torno do carisma, dom da Trindade, recebido pela mediação humana de Scalabrini.
Para os órfãos do orfanato, ela era a mãe, a costureira, a enfermeira, a cozinheira. Para as Irmãs, das quais foi superiora e madre geral, Assunta era o exemplo, o sábio conselho, a mão forte que acolhia e amparava, a coirmã e companheira de missão. Sua vivência de fé e doação em meio as dificuldades da caminhada deram à Congregação um lugar seguro entre os carisma femininos na Igreja. A serva de Deus Madre Assunta, praticante heróica de todas as virtudes, tinha em sua vida uma frase que a incentivava em todas as circunstâncias e que nos deixou como legado: “Coloquemo-nos nas mãos de Deus e façamos a sua vontade”. Irmãs, formandas, LMS, coloquemo-nos nas mãos de Deus e façamos hoje a sua santa vontade.
E por fim, obrigada, Madre Assunta, por tua fidelidade a Deus, fato que permitiu ao Instituto se firmar na Igreja e no mundo como congregação feminina que presta serviço evangélico e missionário aos migrantes mais abandonados de todas as raças, etnias, credos. É por isto que eu, simples irmã, participante desta história de amor de Deus por mim e por seus filhos em mobilidade, canto meu Magnificat a Ele e a ti, mulher forte que, com tua humildade e simplicidade, colaboraste para que a Encarnação do Verbo fosse perene na história de salvação dos que migram.
Abençoada Festa de Madre Assunta para você minha irmã e para você, meu irmão.
* O CSEM agradece Ir. Maria de Ramos Guimarães, da PMMM por ter elaborado esta mensagem para as Irmãs, formandas e LMS..
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário