segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

JUBILEU - OS 50 AN0S DA POMPÉIA

A celebração dos 50 anos da Pompéia nos leva a refletir o por quê se dá tanta importância a um
Jubileu. Na Bíblia ele é um gesto de reconhecimento que tudo o que se tem é um presente de Deus. Por isso é preciso ter uma gratidão especial que deve levar não apenas a atos de culto, mas principalmente a práticas de justiça e de partilha, como era: a libertação dos cativos, a entrega da terra ao seu primeiro proprietário, o descanso da terra (rodízio das culturas) e o perdão das dívidas aos pobres. Assim no Jubileu vive-se a grande liturgia da vida.

Queremos que essa mesma dimensão esteja presente nos 50 anos da Pompéia. A celebração quer
ser uma homenagem a todos os migrantes. A riqueza do testemunho de inúmeros agentes
missionários (as), italianos, hispanoamericanos, orientais, africanos, estudantes internacionais, movimentos espirituais, amigos da Pompéia, mulheres (patronesses e madres) que construíram essa caminhada jubilar nos desafia a rever nosso empenho pessoal e comunitário e o serviço a favor da vida no mundo da mobilidade humana.

O jubileu também quer ser um momento de consciência na busca de estímulos às novas práticas propostas pelos documentos da Igreja que são cada vez mais enfáticos para essa problemática, como o de Aparecida, o Plano Trienal da CNBB, a Missão Continental e tantos outros que falam da Mobilidade Humana, mas que facilmente são esquecidos.

Essa necessidade de renovação é uma exigência frente à nova dimensão política que está criando grave tensão em nível internacional principalmente em razão do tratamento inadequado dado ao migrante que é visto mais como um problema policial do que propriamente um acontecimento epocal.

Como cristãos missionários devemos ser instrumento na busca de caminhos para um tratamento humano aos migrantes, pois o futuro da humanidade vai depender de como serão as nossas
relações humanas com as migrações. Fato este destacado pelo VI Congresso Mundial da Pastoral
dos Migrantes e Refugiados realizado em Roma no mês de novembro de 2009. Por fim, é importante recordarmos o ensinamento de Scalabrini: a migração não é um mal, mas torna-se tal se não tem leis que a regule.

Queremos dar graças ao SENHOR por tudo o que foi realizado e ao mesmo tempo pedir forças
para continuar a missão na caminhada com o Cristo eregrino, presente em todo migrante.

06 DE DEZEMBRO - FESTA DOS 50 ANOS DA POMPÉIA
Jurandir Zamberlam

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