quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Grupo haitiano oferece abrigo seguro para sobreviventes de violência sexual‏

PORTO PRÍNCIPE, Haiti, 13 de outubro de 2011 - Shirley* parece ser uma jovem mulher comum - enérgica, animada e esperançosa. Seu sorriso é contagiante e sua voz, clara e forte. No entanto, quando ela começa a compartilhar os horrores que sofreu, sua voz cai e ela abaixa seu olhar.

A jovem de 20 anos de idade perdeu a mãe e a tia no terremoto devastador que atingiu o Haiti em 2010. Sem ter para onde ir, ela se mudou para um dos acampamentos espalhados na capital, Porto Príncipe.

Uma noite ela voltou para sua tenda para escapar da chuva. Um homem se aproximou e pediu para entrar. Ela diz que ele bateu nela e a empurrou para dentro da tenda. “Ele me jogou no chão e me estuprou. Depois disso eu sofri com hemorragias por um mês.”

Explicando mais, ela disse: “As barracas não são seguras. Qualquer um com uma navalha ou uma faca pode cortar a tenda e entrar. Não há paredes e nenhuma proteção, e antes que você perceba alguém está dentro da sua barraca.”

Seu sofrimento não é único. 20 meses após o catastrófico terremoto, as condições no Haiti continuam a se deteriorar. Hoje, existem cerca de mil acampamentos improvisados em todo o Haiti, e cerca de 600 mil pessoas deslocadas internas.

A Organização Internacional para Migrações administra a maioria dos campos, mas a queda do interesse internacional afeta a capacidade da comunidade humanitária de prestar assistência. Mulheres são particulamente vulneráveis nos acampamentos, onde há pouca ou nenhuma privacidade, segurança ou iluminação. Relatórios da ONU indicam que violência sexual contra mulheres acontece em taxas alarmantes.

“65% das vítimas são menores de idade”, disse Jocie Philistin, diretora de uma organização não-governamental local conhecida como KOFAVIV (Comissão de Mulheres Vítimas para Vítimas). “Desde o terremoto, temos visto mais crianças, menores e bebês com idade entre um e 17 meses que foram violentadas.” As constatações da ONG refletem um estudo recente da Anistia Internacional, o qual mostrou que 50% das vítimas de estupro eram jovens.

Leia a íntegra desta notícia em:
http://www.acnur.org/t3/portugues/noticias/noticia/grupo-haitiano-oferece-abrigo-seguro-para-sobreviventes-de-violencia-sexual/

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