“Deus escolheu o que no mundo
não tem nome nem prestígio” (I Cor 1,28)
Cada ser humano é um sinal concreto do amor de Deus, primeiro para a própria família onde é gerado, para os mais próximos e, em seguida, para todas as pessoas a quem dedica atenção, carinho, amor, tornando a vida mais bela e cheia de significado.
Celebrando, neste 1º de julho o 62º aniversário do término da peregrinação terrena de Madre Assunta Marchetti, queremos festejar com ela a vida plena que hoje desfruta junto do Pai, da família e da Congregação que tanto amou e, graças à sua colaboração, tornou possível seu crescimento na Igreja.
Tinha Assunta 24 anos, quando motivada pelo irmão, o Pe. José, percebe no seu íntimo o toque da ternura de Deus, convocando-a para o “novo” e o “diferente”, até então impensado. Olhando amorosamente para Jesus, que na ternura de seu Coração lhe revelava um amor todo especial, percebeu que Ele a chamava para acompanhar os migrantes, como mãe terna e solícita. Sua presença no meio deles era a expressão do Amor de Deus, que, como nova luz, fazia brilhar esperança nos caminhos escuros de um novo “sai da tua terra...”.
Com eles cruzou o Oceano, vindo de Lucca – Itália para São Paulo – Brasil, deixando sonhos, projetos de uma vida religiosa estável e tudo o que amava, para ser “migrante com os migrantes”, em uma nova terra. Abrindo-se, então, para o novo horizonte que se descortinava, pela sua intensa vida de fé, vislumbrava sinais da sabedoria divina no mundo dos migrantes, com incomparável simplicidade que a todos edificava.
Tendo sido introduzida na Vida Religiosa Consagrada sem uma prévia formação específica aos Votos Religiosos pronunciados na capela episcopal diante do Bispo Scalabrini, dócil ao Espírito de Deus, foi se formando enquanto realizava, de forma plena e total, a missão que lhe fora confiada, tornando-se também “mestra” nos caminhos do Espírito.
Com alegria, obediência e intensa vida de trabalho procurava fazer a sua parte, confiando o demais nas mãos do Senhor, que sempre a conduzia. De seus poucos escritos pode-se perceber com clareza sua abertura à ação de Deus, sua confiança inabalável na graça que tudo pode. Sabia carregar com muita coragem a própria cruz, sem intimidar-se diante das dificuldades ou do peso da mesma.
Junto às coirmãs era presença que levava estímulo para que a Congregação religiosa se consolidasse no amor. Tudo o que realizava nascia da riqueza interior, do espírito genuíno de uma formação religiosa enriquecida, cada dia, no contato vivo e transformante com Jesus na Eucaristia.
Olhando atentamente para a vida de Madre Assunta descobrimos a mulher sempre vigilante, humilde, prudente, de ação incansável, acolhedora da dor e da alegria, toda de Deus e toda do Migrante.
Que ela nos ajude a adquirir o verdadeiro amor ao sacrifício, a despreocupação conosco mesmas e o desprendimento de nossa própria vontade para sermos mais disponíveis para a missão junto ao irmão migrante mais pobre e necessitado.
Querida Madre Assunta, envia-nos de junto do Pai bênçãos e graças para cada Irmã MSCS e para a Congregação Religiosa que a senhora tanto amou. Amém.
Texto elaborado por Ir. Sônia Delforno, mscs, por ocasião da festa de Madre Assunta Marchetti, Cofundadora da Congregação das Irmãs MSCS, como atividade do Plano de Ação da Equipe do Centro de Espiritualidade Scalabriniana, São Paulo, SP, 01/07/2010.
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