Voltando os nossos olhos para a vida do bispo João Batista Scalabrini, não podemos deixar de sentir uma grande admiração, quase um estupor que nos permite colher o verdadeiro significado de sua vida e que continua brilhando e dando frutos de amor, acolhida e solidariedade ao longo dos 105 anos de história que sucederam sua partida para junto do Pai. Ele soube caminhar na terra com os olhos fixos no céu, não como um homem alienado, mas como alguém que sabe que a verdadeira pátria não se encontra aqui, pois “somos peregrinos a procura de uma pátria que não é terrena”.
Scalabrini não é simplesmente uma personagem cristalizada num ângulo da história. Ele está vivo e atual através do tempo, presente em suas obras e pensamentos que se expressam naqueles que herdaram a riqueza de seu carisma e espiritualidade manifestados no seu amor apaixonado por Deus, pela Igreja e pelos migrantes.
O seu fazer-se “tudo para todos”, homem profundamente eucarístico e de comunhão, ensinava aos seus fiéis que “A eucaristia é para o mundo espiritual aquilo que é o sol para o mundo físico: se, no firmamento, tudo gira ao redor deste astro maravilhoso, cuja luz e calor difundem para toda a parte a fecundidade e a vida, da mesma forma, tudo se move em torno da Sagrada Eucaristia”. Seu amor não era uma ideologia feita de belas palavras, que se traduzia em um discurso desligado da vida, ao contrário, era um amor encarnado e comprometido com os pobres, com os migrantes e todos aqueles que estavam sob sua responsabilidade de pastor. Imbuído por este mesmo amor ele indagava: “que maior alegria pode haver do que ir ao encontro dos pobres, libertar os oprimidos, enxugar as lágrimas dos que choram, enfim, fazer um pouco de bem?”.
Neste momento de alegria e júbilo pelo feliz acontecimento da celebração dos 105 anos do nascimento de Scalabrini para o céu, recordando o dinamismo, o zelo apostólico, a fé e o espírito missionário que animaram sua vida, elevemos nossas preces de louvor e ação de graças a Deus pela comunhão no carisma scalabriniano. Ó beato Scalabrini, olhe com amor por nós que caminhamos nas estradas deste mundo. Ajude-nos a reconhecer Jesus naqueles que encontramos, especialmente nos excluídos, nas pessoas abandonadas, nos doentes, nos idosos, e, sobretudo nos migrantes.
Agradecidas a Deus pelo exemplo de santidade que nos foi legado na pessoa do bem-aventurado João Batista Scalabrini, pedimos sua intercessão pelos missionários e missionárias Scalabrinianas, para que possamos ser testemunhas vivas do amor trinitário no universo das migrações, e desejamos a todos(as) nossos votos de uma feliz e santa festa do Bem-aventurado João Batista Scalabrini, Apóstolo dos migrantes!
Ir. Neusa de Fátima Mariano, mscs
Superiora Provincial
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