quinta-feira, 14 de outubro de 2010

23ª Romaria dos(as) Trabalhadores(as)

Com o lema: “Com Maria na caminhada, o povo se organiza por uma economia partilhada”, o SPM participou da Romaria dos(as) trabalhaores(as), no dia 7 de setembro, em Aparecida-SP. A Romaria teve início no Porto Itaguaçu, com a presença de centenas de pessoas. Local simbólico, onde pescadores encontraram a imagem de Nossa Senhora, feita de barro, depois chamada Aparecida. O momento histórico foi relembrado com um barco construído por trabalhadores/as da Pastoral Operária de
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Uberlândia - Minas Gerais. A partilha de pãezinhos fez parte da mística, à luz do evangelho da multiplicação dos pães. O povo caminheiro seguiu a imagem de Maria, no barco, cercada de figuras simbólicas preparadas pelo grupo da Pastoral Operária de Santo André. Milhares de romeiros/as foram andando, cantando, rezando, denunciando o capitalismo e anunciando a nova sociedade. Parando no lugar onde esteva a Tenda dos Mártires durante a Conferência de Aparecida, foram lembrados os/as Mártires trabalhadores/as e distribuídas sementes a serem plantadas para perpetuar os frutos da luta. Chegando ao pátio do santuário, o grito dos trabalhadores(as) desempregados(as), foi apresentado por danças simbólicas, trazidas pelos jovens de Volta Redonda- RJ. No palanque, Dom Ladislau Biernaski, bispo de São José dos Pinhais, Paraná, representando a CNBB, saudou todos os presentes destacando a luta da Igreja em favor dos pobres e excluídos do Brasil. Lembrou a importância do Plebiscito pelo Limite da propriedade da terra e a mobilização do povo. A animação do palanque esteve a cargo de Marlene, Mineirinho e Pe. Valdiran Santos. A comunidade do Jardim Elba também ajudou na animação. Vários direitos foram destacados: moradia, saúde, educação, segurança, entre outros. Destaque para a presença de dezenas de jovens do Educafro e o pessoal de Mauá-SP que veio a pé para o Grito.
Dentro do Santuário, ocorreu a missa dos trabalhadores(as). Preparada Pela Pastoral dos Migrantes, contou com a participação da comunidade do Jardim Elba, responsável pelos cantos, e comunidade do bairro Terezinha, Brasilandia, que preparou a entrada da Bíblia e o ofertório. No final da Missa, foi lida uma mensagem da Pastoral Operária, pedindo proteção contra os corruptos e corruptores, contra a opressão política, econômica e policial que gera a criminalização dos movimentos sociais, contra a desigualdade social e os baixos salários que geram vários tipos de exclusão s. A mensagem invocava, também, luz para iluminar a caminhada de construção do projeto popular. Foi destacado o projeto de economia partilhada, lembrando que no inicio da igreja “a multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma”. Ninguém considerava propriedade particular as coisas que possuía, mas tudo era posto em comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunhos da ressurreição de Jesus. Entre eles, ninguém passava necessidade, pois aqueles que possuíam terras ou casas vendiam-nas, traziam o dinheiro e colocavam em comunidade para ser distribuído a cada um conforme a sua necessidade (At. 4, 32-35).
Roberval Freire
Secretaria Nacional do SPM

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