quinta-feira, 14 de outubro de 2010

GRITO DOS EXCLUIDOS – ARQUIDIOCESE DE VITÓRIA - ES

O Grito dos Excluídos é uma manifestação civilizada, pública e organizada, do povo excluído que vive nas favelas, viadutos, em áreas de risco, cortiços e que expressa sua indignação em face dos desmandos, descasos e ausência de políticas sociais que resolvam os problemas de tantos excluídos presentes em nossa sociedade. Na Arquidiocese de Vitória, o grito aconteceu no espaço fora de onde é realizado o desfile oficial cívico e militar, com a presença de pastorais e movimentos sociais organizados da Grande Vitória. Toda a manifestação foi dividida por Alas: Primeira ala: CAMPANHA CONTRA A VIOLÊNCIA E O EXTERMÍNIO DE JOVENS. Objetivo: avançar na conscientização e desencadear ações que possam mudar essa sociedade de morte. Basta, chega de violência e extermínio de jovens! Esse foi o grito da juventude. Denunciar todas as formas de injustiça social. Para marcar o momento, foram levadas simbolicamente
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várias miniaturas de caixões. Segunda ala: SISTEMA ECONOMICO QUE GERA MORTE: o sistema econômico produz uma grande contradição. De um lado, a abundância de produção e de tecnologias; de outro, a fome e a miséria. A atual crise econômico-financeira agravou os níveis de desemprego, pobreza e carência alimentar; contribuiu para desnudar outra crise mais profunda e estrutural: a da própria terra e da vida no planeta. Vamos à rua gritar que é possível outra economia. Terceira ala: QUAIS SÃO OS DIREITOS BÁSICOS? A VIDA EM PRIMEIRO LUGAR! Fomos às ruas, com mais de três mil pessoas, levar nossa indignação, nossa fé, coragem, compromisso, alegria, direito de ir e vir, igreja acolhedora, respeito, trabalho, justiça, paz, amor, terra, saúde, educação, escuta, moradia, dignidade, nossa vontade de ver nossos direitos sendo respeitados e garantidos. Um grupo de 62 migrantes levou símbolos: malas, trochas na cabeça, faixa denunciando a morte dos 72 migrantes na fronteira do México e Estados Unidos. A manifestação iniciou-se às 9 horas, no Sambão do Povo, local onde é apresentado o desfile das escolas de samba capixabas. Seguiu em direção ao Palácio Anchieta, sede do Governo. Cada grupo manifestou-se do seu jeito. Foi um momento realmente lindo, brilhante, com muitos cantos, danças, gritos de desabafo, denuncias, anúncios e protestos. Afinal de contas, um outro mundo é possível.
Pela Pastoral dos Migrantes – Ir. Deonilda Vígolo

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