sexta-feira, 8 de julho de 2011

Critérios evangélicos para una Pastoral Inclusiva em HIV

Várias organizações
Adital
Tradução: ADITAL

Encontro ecumênico sobre o HIV e grupos vulneráveis
(Mc. 10-46-52; Lc. 15.11-32; 9.1-41; Atos 8.26-40)

Convocados pela Ação Ecumênica e pela Mesa Nacional do Conselho Latino-americano de Igrejas (Clai), na Venezuela, com o apoio do pastor Lisandro Orlov, Onusida, Unfpa e com a participação de Pastoras/ES, Mulheres, Homens e Jovens procedentes das Igrejas: Presbiteriana, Anglicana, Metropolitana (ICM), Luterana, Livre, Católica e religiosas/os e organizações com trabalho em HIV, como a Pastoral Vida e Esperança, Fundação Projeto Vida, nos reunimos em Caracas, na sede da Ação Ecumênica, de 23 a 26 de junho, com o propósito de refletir bíblica, teológica e pastoralmente sobre Os Critérios Evangélicos para uma Pastoral Inclusiva em HIV. Durante esse encontro fomos desafiadas/os pelo texto bíblico e de maneira muito especial pelo ministério pastoral escandaloso de Jesus de Nazaré que adotamos como lugar teológico, a partir de onde nos situamos para desenvolver nosso caminhar e desafios pessoais, comunitários e sociais. Nesse sentido, nos comprometemos a:

NO PESSOAL:

Romper paradigmas com inclusão incondicional, a fim de desenvolver uma escuta ativa e constante dos grupos vulneráveis;

Reconhecer nossos preconceitos e vulnerabilidades para superar os medos e obstáculos que nos impedem de participar em processos de acompanhamento e formação, reconhecendo a dignidade das pessoas e que Deus nos ama como somos.

Admitir nossa necessidade de fazer uma releitura da palavra em Jesus e de nossa realidade, para o qual é necessário desaprender para aprender.

Mudar e cuidar nosso léxico ao referir-nos à realidade da AIDS e da Diversidade Sexual, para o qual é necessário tomar consciência da realidade do outro/a.

Acompanhar, respeitando as necessidades do outro/a, facilitando a toma de decisões e o ritmo dos processos, utilizando empaticamente a pedagogia de Jesus.

Promover a conversão de nossas igrejas e assumir os riscos de escandalizar.

Difundir informação sobre a problemática, colocando-se à disposição de fundações que trabalhem com grupos vulneráveis.

Iniciar uma primeira aproximação com pessoas vulneráveis, o que exige formar-nos para o trabalho, procurando o fortalecimento e a reconciliação pessoal, a conversão diária e o reconhecimento de minhas próprias limitações.

NO COMUNITÁRIO:

Romper o silêncio, criando espaços de diálogo, reflexão e ação, produto de processos de releitura da Escritura, confessional e da realidade.

Identificar e reconhecer a estigmatização e a discriminação dentro de nossas igrejas, para poder visibilizar e incluir os grupos vulneráveis (pessoas vivendo co HIV, trabalhadoras sexuais, usuários de drogas, LGBTI) de nossos próprios grupos eclesiais.

Fomentar o processo de conversão de nossas próprias igrejas, através de conversas, cines foros, cursos, usando metodologias, como a investigação-ação-participativa.

Transmitir a urgência de que nossas igrejas se envolvam no trabalho com os setores excluídos, encarnando-se na problemática do HIV e da AIDS.

Estabelecer agendas de oração com os nomes dos grupos vulneráveis e de pessoas para vinculá-las com os membros da comunidade e promover ações fora da Igreja.

Construir uma rede que permita o intercâmbio de experiências, materiais, entre outros, entre as diferentes comunidades eclesiais atualmente trabalhando na temática de HIV e AIDS.

Estabelecer grupos de apoio para o Trabalho Pastoral, participando em processos de capacitação para tomar consciência de nossa própria vulnerabilidade.

Participar em liturgias e atividades no 1º De dezembro, Dia Mundial do HIV e AIDS.

Revisar nossos credos, cantos, leituras (confessional), para que haja coerência entre discurso e ação, entre teologia e pastoral.

NO SOCIAL:

Articular com instituições já estabelecidas, coletivos e movimentos sociais que conheçam sobre o tema e participar nas incidências das políticas públicas.

Assumir compromissos desde e para nossos espaços e envolver nossos contextos imediatos (família, vizinhos, comunidade).

Identificar instituições e organizações dedicadas ao trabalho com grupos vulneráveis a fim de articular esforços baseados em princípios de corresponsabilidade, sinergia e complementaridade e realizar enlaces diretos com os conselhos comunitários.

Dar seguimento aos compromissos assumidos por líderes políticos e religiosos, sendo auditores/as.

Solicitar ao Clai informação sobre o cumprimento dos compromissos adquiridos e documentos assinados em torno à temática.

Realizar cursos de prevenção em escolas, liceus e universidades e usar as estruturas das igrejas como espaços para desenvolver jornadas de capacitação sobre o tema, discriminação e direitos humanos, entre outros.

A Declaração emitida em Caracas, em 26 de junho de 2011, foi assinada por:

Ana María Valera – Igreja Presbiteriana
Berla de Vargas – Igreja Presbiteriana
César Henríquez - Acción Ecuménica
César Sequera - Igreja Metropolitana
Coromoto de Salazar - Igreja Anglicana
Elisa Muñoz – Igreja Presbiteriana
José Francisco Salazar - Igreja Anglicana
Gerardo Hands- Igreja Luterana de Valencia
Ingrid Pacheco- Igreja Libre Cristo la Roca
José Infantes – Fundación Proyecto Vida
Josué Gómez – Pastoral Vida y Esperanza
León Ledezma – Pastoral Vida y Esperanza
Lisandro Orlov – Pastoral Ecuménica de Buenos Aires
Loida de Valera - Igreja Presbiteriana
Mauro Bellesi – Red Bíblica de Venezuela (REBIVE)
Morelis Beltrán – Igreja Presbiteriana
Natasha Tellería – Igreja Presbiteriana
Oved Delgado - Igreja Libre Cristo la Roca
Raimy Ramírez – Igreja Presbiteriana
Regina Cohene - Congregación Hermanas Maristas
Sigrid Álvarez - Pastoral Vida y Esperanza
Solange Rondón - Igreja Libre Cristo la Roca
Sonia Zerpa - Red Bíblica de Venezuela (REBIVE)
Wiston Fermín - Igreja Luterana de Valencia
Yoire Pacheco- Pastoral Ecuménica de Maracay

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