segunda-feira, 4 de julho de 2011

Organizações do campo realizam I Encontro Internacional Juvenil

Camila Maciel

Jornalista da Adital

Adital


Começa neste sábado (2) o I Encontro Internacional Juvenil, no departamento de Cauca, na Colômbia. O evento, que segue até o próximo dia 18, reunirá 11 países da América Latina e Caribe, representando 59 organizações sociais do continente. Além disso, cerca de 50 organizações internacionais e centenas de colombianos irão se deslocar à região para debater e trocar experiências sobre processos de resistência, conjuntura mundial, participação da juventude e políticas de exploração da Terra, dentre outros temas.

O encontro é organizado pela Confederação Caribenha e Latino-Americana de Estudantes de Agronomia (CONCLEA), em parceria com a Coordenadora Latino-Americana de Organizações do Campo (Via Campesina). A proposta é proporcionar um espaço de integração, formação e articulação da juventude organizada do continente, comprometida com os movimentos sociais da América Latina.

Gestado há vários anos, de acordo com texto da convocatória, "o encontro é parte um processo de relacionamento e articulação (...) entre essas duas organizações internacionalistas”. O texto aponta, ainda, que o momento histórico vivido "convida a avançar para novos processos e cenários (...) no marco da resistência e da mobilização social dos povos”.

Durante o Encontro, três eventos do movimento social latino-americano irão compor a programação. São eles: o XX Congresso Caribenho e Latino-Americano de Entidades Estudantis de Agronomia (CLACEEA), o primeiro Acampamento da Juventude da Via Campesina e a VII Jornada Nacional de Vivências Camponesas e Indígenas.

De acordo com a organização, as atividades programadas permitem a integração da diversidade de movimentos, presentes no I Encontro Internacional Juvenil, sejam eles estudantis, campesinos, indígenas ou urbanos. Os organizadores destacam que o intercâmbio e a articulação permitem o fortalecimento das organizações de juventude e constroem, na prática, a integração latino-americana dos movimentos sociais. Nesse sentido, a metodologia proposta divide o evento em três momentos.

O primeiro momento, de 2 a 7 de julho, será de integração e formação, com apresentações, oficinas e mesas de discussão sobre os temas eleitos. Participarão expositores nacionais e internacionais, como Nei Orsekovski, da Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), do Brasil; Marcel Lueiro, do Centro Memorial Martin Luther King, de Cuba; Magda Lanuza, de Iniciativas contra o Agronegócio, da Nicarágua; dentre outros.

O segundo momento, de 8 a 11, será para que cada evento tenha seu próprio espaço, com temática e metodologia própria, de acordo com seus objetivos. É neste momento que se encaixará o CLACEEA, que envolverá os temas da educação e da questão agrária, no sentido de formar profissionais comprometidos com a luta no campo.

O terceiro momento, portanto, será para que os participantes visitem por uma semana as comunidades rurais, onde se realizará a VII Jornada Nacional de Vivências Camponesas e Indígenas.

A Jornada é realizada desde 2005 na Colômbia e, segundo a organização, vem crescendo a cada ano. Dentre as conquistas alcançadas, destacam-se o intercâmbio entre vários setores, a participação de estudantes de diferentes cursos e a contribuição para a dinâmica de organização e unidades dos jovens.

Para mais informações: http://www.cloc-viacampesina.net

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