segunda-feira, 11 de abril de 2011

Com operações de emergência na África, ACNUR fica sobrecarregado

Com operações de emergência na África, ACNUR fica sobrecarregado

GENEBRA, 06 de abril de 2011 (ACNUR) - Com três importantes operações de emergência na África, o Alto Comissário para Refugiados, António Guterres, disse na terça-feira que a agência nunca esteve tão sobrecarregada desde que ele chegou à direção da organização em 2005.

Guterres, falando aos jornalistas em Genebra após retornar do Quênia, também homenageou os colegas das Nações Unidas que foram ‘vitimizados’ nos últimos dias, incluindo as sete pessoas mortas pela violência de quadrilhas no Afeganistão, as vítimas do acidente aéreo na República Democrática do Congo e os funcionários do ACNUR presos no escritório da agência em meio aos enfrentamentos em Abidjan, na Costa do Marfim.

Ele afirmou que o ACNUR possui equipes de emergência na Tunísia e no Egito e que outro time estava pronto para ir à Líbia assim que a autorização fosse dada pela sede da ONU em Nova York. A agência também tem equipes de emergência na Libéria e no Gana, além de funcionários de emergência prontos para se deslocar para a Costa do Marfim. Enquanto isso, as operações do ACNUR em Bukina Faso e Dadaab estão sendo
ampliadas.

“Tudo isso tem aumentado a pressão sobre todos nós e por isso contamos com a solidariedade da comunidade internacional”, disse Guterres, adicionando que isso significa não só apoio financeiro para o ACNUR e outras organizações humanitárias, mas também solidariedade com os deslocados e as pessoas dos países de acolhida. “Acho que nunca tivemos outro momento com tanta pressão”, reiterou.

Guterres disse que a Libéria abriga mais de 120 mil refugiados da Costa do Marfim - alguns dos quais ele conheceu durante a visita ao leste da Libéria no dia 22 de março - e que grupos menores encontraram abrigo em outros países. Cerca de um milhão de marfinenses foram deslocados dentro do país e precisam urgentemente de assistência.

Afirmou também u que o ACNUR tinha duas maiores preocupações em relação à Costa do Marfim. Primeiramente, estava preocupado com que os enfrentamentos entre as forças leais e rivais a Lauent Gbagbo criassem novas tensões étnicas que pudessem ampliar o conflito. Em segundo lugar, temia-se que os problemas na Costa do Marfim pudessem atingir a Libéria, país que está se reconstruindo após a guerra civil que durou de
1989-2003.

“Ajuda a Libéria é essencial para evitar qualquer tipo de desestabilização que a situação na Costa do Marfim possa provocar no processo de reconstrução da paz deste país”, enfatizou Guterres.

Na Líbia, ele disse que visitou a Tunísia e o Egito, os principais países de acolhida dos refugiados. Desde que a crise estourou em meados de fevereiro aproximadamente 440 mil pessoas deixaram a Líbia.

Deste número, 217 mil foram para território tunisino e mais de 170 mil para o Egito. Guterres está particularmente preocupado com os líbios que estão na Líbia e precisam urgentemente de ajuda humanitária, e com as três mil pessoas (principalmente somalis e eritreus) presas nas fronteiras da Líbia com Egito e Tunísia que não conseguiram retornar a seus países de origem.

Leia a íntegra desta notícia em: www.acnur.org.br

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