Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital
Lutar contra o narcotráfico na América Central. Foi com esse objetivo que Ricardo Martinelli, presidente do Panamá, inaugurou, ontem (18), o Centro Operacional de Segurança Regional do Sistema de Integração Centro-Americano. Apesar de estar localizado em uma antiga base militar estadunidense no Panamá, o Centro terá a participação de outros países da região, os quais compartilharão informações e atuarão de forma conjunta no combate ao narcotráfico.
Além de militares e policiais panamenhos, o Centro atuará com a participação de representantes de Belize, Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua e República Dominicana. Os delegados do Centro serão pessoas escolhidas pelos presidentes de seus respectivos países. Além disso, cada nação será responsável pelas operações em seu território.
"Nenhum país sozinho pode combater o narcotráfico, o crime organizado, o tráfico de pessoas e muitos outros males que nos afetam a todos; isto tem que ser um trabalho em conjunto de todos os países da região”, destacou o mandatário panamenho.
A ideia é reunir forças e trocar informações a respeito do tráfico de drogas e dos crimes organizados, principais responsáveis pela violência nos países. Para isso, contará com equipamentos de telecomunicações via satélite, criptografia digital da voz, radares para vigiar as costas dos países, entre outros.
"Esta luta não é feita somente pelos Estados Unidos, Colômbia ou Panamá. Fazemos todos e a única forma de fazê-la é podendo dividir essa tecnologia e essa informação que é vital para o combate do crime”, observou Martinelli.
Ademais do narcotráfico, o Centro ainda se responsabilizará por combater outros tipos de delitos realizados por grupos criminosos organizados, como contrabandos e tráfico de armas e de pessoas. De acordo com informações de agências, o Centro recebeu um investimento de 1,5 milhões de dólares e será financiado pelas nações centro-americanas e por "países amigos”.
O narcotráfico e o crime organizado ainda são os principais responsáveis pelo alto índice de violência nas nações centro-americanas. A região possui uma taxa de 32 homicídios para cada 100 mil habitantes, índice três vezes maior que o mundial.
Com informações de AFP e Notimex
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