domingo, 14 de junho de 2009

Banco de dados de São Paulo vai monitorar tráfico de pessoas

Está em fase de teste um banco de dados que vai servir de base para pesquisas sobre as principais modalidades de tráfico de seres humanos no Estado de São Paulo. Com lançamento previsto para o próximo semestre, o arquivo conterá informações psicossociais e jurídicas sobre vítimas e acusados de tráfico.

O banco de dados, estimado em R$ 150 mil, está sendo elaborado pelo Núcleo de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP), da Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo, em parceria com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo. O arquivo ajudará as instituições a formular medidas de enfrentamento a esse crime em todo o estado.

A ausência de um registro único para os casos já detectados de tráfico de pessoas dificulta o trabalho de enfrentamento ao crime. "Esse banco de dados vai ser fundamental pra gente, porque mostrará as primeiras estatísticas nacionais oficiais. A gente ainda é muito vulnerável às estatísticas internacionais", avalia Anália Ribeiro, coordenadora do NETP/SP.

O banco de dados vai seguir as orientações dadas pelo Plano Nacional de Enfretamento ao Tráfico de Pessoas e servirá de modelo para um banco de dados nacional, ainda inexistente.
"O Brasil não possui estatísticas oficiais, isso dificulta a implementação de ações mais qualificadas, sobretudo de defesa às vítimas", opina Anália.

As informações compiladas possibilitarão a produção de relatórios, gráficos e tabelas a partir dos resultados das buscas-ativas e das investigações realizadas pelo DHPP.

O arquivo omitirá informações pessoais sobre as vítimas, como nome e endereço, como forma de preservá-las. O bairro, no entanto, será identificado, para que o Estado e outras instituições possam implementar políticas públicas nas regiões mais afetadas.

Adital - 22/05/2009

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