quarta-feira, 17 de junho de 2009

CIMI declara perplexidade diante da repressão indígena no Peru

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) declarou estar horrorizado com o assassinato de mais de 50 pessoas no Peru. Durante um confronto, ocorrido na sexta-feira, dia 05, cerca de 30 índios que viviam na Amazônia peruana e mais de 20 policias morreram. O governo do presidente peruano, Alan Garcia, não consultou os indígenas antes de aprovar leis para o Tratado do Livre Comércio (TLC) do Peru com os Estados Unidos. De acordo com os índios, o tratado abriria as portas para a invasão de suas terras e a exploração dos recursos ambientais. Em protesto, eles fizeram um ato em uma estrada, onde foram reprimidos pela Policia peruana, resultando nas mortes.
Para o vice-presidente do Cimi, Roberto Liebgott, o fato é uma demonstração do processo de violência a que são submetidos grande parte dos povos indígenas nas Américas.“O Cimi avalia isso como algo atroz. Conclamamos os organismos internacionais para que se manifestem e que haja medidas para coibir a violência que existe lá no Peru. Também é preciso responsabilizar o governo peruano pelo o que ele tem feito contra os povos indígenas.”O líder dos manifestantes indígenas, Alberto Pizango, pediu asilo político à Embaixada da Nicarágua, em Lima, na segunda-feira, dia 08. Pizango está sendo procurado pela Polícia peruana sob a acusação de rebelião e desordem. Desde o início de abril, os indígenas fazem manifestações contra uma série de decretos legislativos que regulam os recursos hídricos e florestais no Peru.
De São Paulo, da Radioagência NP, Desirèe Luíse.

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