terça-feira, 30 de junho de 2009

Golpe em Honduras gera protestos e organizações internacionais rejeitam novo presidente

No último domingo (28), Honduras iria realizar uma consulta popular para uma possível mudança na Carta Magna do país - vigente desde 1982. Em vez de ter a participação do povo no destino de Honduras, houve um golpe militar. Após seqüestro do presidente Manuel Zelaya, Roberto Micheletti, presidente do Poder Legislativo nacional, foi nomeado novo presidente pela Força Armada. Com rejeição popular, os militares perseguem líderes populares e o povo promete greve geral.

O governo de Zelaya é visto como popular, com simpatia de sindicatos e indígenas. Ao melhorar as condições da população do país, conseguiu a simpatia de 70% da classe de baixa renda. As Forças Armadas e poderes políticos temiam uma onda de estatizações e que, com uma nova constituição, Zelaya pudesse tentar reeleição, mesmo o próprio tendo negado tal interesse.

União Européia, Organização dos Estados Americanos (OEA), Estados Unidos, Canadá e grande parte dos países da América Latina se posicionaram contra o golpe e não reconhecem o novo presidente de Honduras. O povo hondurenho está marcando presença em manifestações, as mesmas estão sendo reprimidas pelas Forças Armadas. Nesta segunda-feira (29), três sindicais convocaram uma greve geral.

O golpe militar instalou o toque de recolher no país. A imprensa local, alvo dos protestos populares, está conivente com o golpe. Ordens de captura estão sendo dadas a líderes de movimentos sociais hondurenhos e internacionais.

De São Paulo, da Radioagência NP, Ana Maria Amorim. 29/06/09

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