quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Debates em Portugal e Moçambique enfocam o combate ao tráfico de seres humanos

Adital - Até o próximo dia 20, encontros com a finalidade de definir estratégias de enfrentamento ao crime do tráfico de seres humanos, acontecem em Portugal (Europa) e Moçambique (África).

No país europeu, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) promove, a partir de amanhã (18) o Seminário SUL - Imigração e Tráfico de Seres Humanos, em Portimão. Os temas centrais são os direitos do homem e do cidadão. O tráfico de pessoas, problema principal abordado pelo evento, é um crime cada vez mais recorrente em todo o mundo.

O seminário faz parte das atividades desenvolvidas pelo Projeto SUL - Unidade de Apoio à Vítima Imigrante e tem por objetivo promover a troca de conhecimentos e de experiências sobre a prática da imigração e o combate ao fenômeno do tráfico de pessoas.

Este projeto atua na Região do Algarve levando apoio especializado e itinerante às vítimas do tráfico de pessoas, além de atender também imigrantes e pessoas que sofreram violência de gênero. O programa desenvolve ainda ações de sensibilização e promoção do trabalho em rede entre instituições.

Podem participar técnicos e outros profissionais que lidem de alguma forma com estes fenômenos. A inscrição é gratuita e pode ser feita através de solicitação pelo e-mail: sul@apav.pt.

Moçambique

Já em Moçambique, desde o último dia 9, a Organização Internacional para Migrações (OIM) realiza uma série de encontros que reúne especialistas na luta de combate ao tráfico de pessoas. O objetivo é sensibilizar as pessoas sobre a ocorrência deste crime em comunidades vulneráveis, sobretudo nas áreas afetadas pelas recentes cheias como Sofala, Tete e Zambézia.

Além dos especialistas, participam também líderes comunitários e moradores (as) das regiões atingidas pelas enchentes. Nely Chimedza, responsável pelo programa de combate ao tráfico da OIM em Moçambique, declarou à Rádio ONU, que a abordagem direta com os líderes comunitários é a melhor forma de combater o problema.

"Nós queremos sensibilizar as pessoas sobre o problema de tráfico, mas, ao mesmo tempo, apoiá-las em termos de estabilizar as comunidades para não se movimentarem de uma maneira desorganizada. Isto também lhes deixa vulneráveis ao tráfico de pessoas. A forma mais comum do flagelo nessas áreas é o tráfico para fins de exploração laboral" afirmou.

Uma avaliação realizada pela entidade em 2007 apontou que a destruição dos modos de subsistência, em regiões como essas afetadas em Moçambique, aumenta o risco de ação de traficantes e aliciadores para o tráfico humano.

Como estratégia de redução da situação de vulnerabilidade dessas regiões, a OIM vai distribuir sementes de milho, feijão, mandioca e batata doce, assim como fertilizantes e utensílios agrícolas. O objetivo é capacitar moradores das comunidades e combater a possibilidade de incidência do tráfico.

Os encontros no país acontecem nas províncias de Sofala, região central, Tete, região oeste e Zambézia, zona costeira, e encerram no dia 20 deste mês.

Com informações da agência Lusa e da Rádio ONU em Nova Iorque

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