quinta-feira, 19 de novembro de 2009

PACTO PELA ERRADICAÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO

Paulo Illes, do CAMI, e Luiz Bassegio, do Grito Continental, visitaram a sede da CUT, em São Paulo, onde se reuniram com o secretário de Relações Internacionais, João Antônio Felício, para debater o Pacto pela Erradicação do Trabalho Escravo e a participação no Fórum Global Migração e Desenvolvimento, a ser realizado no início de novembro em Atenas.

O fórum surgiu por recomendação da ONU e se tornou um dos principais espaços internacionais em que governos discutem políticas migratórias e suas relações com o desenvolvimento dos países e os direitos dos migrantes. Além disso, acordos bilaterais sobre migrações são frequentemente negociados nesses eventos.

Na oportunidade, as duas lideranças convidaram a CUT para participar da 4ª Marcha do Migrante, que será realizada no dia 13 de dezembro, com caminhada da Praça da República até a Praça da Sé. "Mais do que uma luta imediata, trata-se de uma busca de integração dos povos. Nesse sentido, há um reconhecimento das conquistas que vêm sendo obtidas, fruto de lutas sociais organizadas que se somam no Brasil para garantir uma nova política migratória, mais inclusiva, ratificadora de direitos dos trabalhadores migrantes e suas famílias", declarou Illes.

Uma das iniciativas debatidas com João Felício é a realização, nos próximos meses, de um seminário de monitoramento das condições de trabalho, a fim de coibir abusos de empresas que, segundo denúncias, exploram o trabalhador migrante e ainda fazem marketing de que contribuem para um mundo melhor.

"A CUT está solidária com a luta dos migrantes e defende que os mesmos critérios de justiça defendidos no Brasil sejam utilizados para os brasileiros que estão fora do país. Estive recentemente na Europa, onde conversamos com lideranças e autoridades de Portugal, Espanha e Alemanha para que o movimento sindical seja consultado e possa acompanhar de perto a execução de políticas públicas que sejam inclusivas, garantindo o respeito a um patamar mínimo de direitos", afirmou João Felício.

CAMI/SPM

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