quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Autoridades devem prevenir novos assassinatos de migrantes

O Grupo de Apoio a Repatriados e Refugiados (GAAR) reforça sua preocupação pelas repetidas ações de alguns grupos na República Dominicana (RD) que pensam ter o direito de atacar e matar haitianos/as, a sua maneira.

A entidade se refere ao assassinato, ocorrido na terça-feira (20), de ao menos três cidadãos haitianos, em Boca de Cachón, pelas mãos de grupos armados, que os atacaram, assassinaram, decapitaram, para logo queimá-los em fornos de carvão.

"O GARR solicita as autoridades haitianas e dominicanas mostrar firmeza para prevenir estes fatos, reprovando os discursos de ódio e incitamento à violência contra a presença destes migrantes. Neste sentido, o GARR condena as declarações publicadas nos meios de comunicação dominicanos, em que algumas pessoas se perguntam se é necessário voltar ao massacre de 1937, para controlar "a invasão pacífica dos Haitianos/as", afirmam em comunicado.

Ademais, o GARR exorta aos dois Estados, haitiano e dominicano, a tomar medidas para reativar a Comissão Mista Bilateral, espaço oficial de que dispõem ambos os países, para discutir e tomar decisões sobre um conjunto de temas. Um gesto assim, constituiria um sinal claro, demonstrando a vontade de ambos Estados de dialogar e de atuar frente a alguns assuntos difíceis, em lugar de deixar a iniciativa a grupos de indivíduos.

Pede também ao Estado haitiano, para trabalhar sobre a situação de extrema pobreza que afeta às populações de várias comunidades da fronteira, lhes oferecendo meios de sobrevivência suscetíveis de mantê-los em seu país.

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