quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Infância guatemalteca é consciente de que seus direitos são violados

Adital - Depois de 20 anos da aprovação da Convenção dos Direitos da Criança, menores de idade e adultos opinam que as garantias que nela se incluem não são respeitadas na Guatemala, revelou uma pesquisa elaborada pelo Fundo de Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

De acordo com o trabalho, publicado no jornal Prensa Libre, 59% dos meninos e meninas entrevistadas indicaram que seus direitos não são cumpridos. Segundo as crianças, os níveis de pobreza são altos, os maus-tratos para eles e elas continuam e muitas vezes são os mesmos pais e mães de família quem violam estas garantias.

Segundo a publicação, à data quase metade da população é menor de idade, o que representam aproximadamente cinco milhões de meninos, meninas e adolescentes, situação que contribui para que os direitos desta população sejam mais perceptíveis.

UNICEF sublinha que 3,7 milhões de crianças vivem em condições de pobreza e extrema pobreza, índices que se mantêm apesar de que a Guatemala foi uns dos primeiros países no mundo a ratificar a Convenção, em que se comprometeu como país a dirigir esforços para cumprir com os objetivos que esse regulamento estabelece.

Um dos aspectos mais preocupantes dos resultados da pesquisa é que ainda que exista um marco legal para a proteção da infância e adolescência, a maioria dos pesquisados não tem claro o que é um direito.

Adriano González-Regueral, representante da UNICEF na Guatemala, disse que o país teve vários avanços significativos durante os últimos 20 anos na proteção à criança, no entanto faz falta mais trabalho para chegar à prática dos direitos das e dos menores.

Finalmente, González-Regueral indicou que o desafio é respeitar o direito à sobrevivência, ao desenvolvimento, à proteção e à participação da população infantil.

A nota é do Cerigua

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