FÁBIO AMATO - DE BRASÍLIA
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O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, comentou hoje o ataque israelense contra um comboio organizado pela ONG Free Gaza, liderados por uma embarcação turca que transportava mais de 750 pessoas e 10 mil toneladas de ajuda humanitária para a faixa de Gaza, matando ao menos dez pessoas.
"Estou chocado", disse o assessor de Lula, ressaltando em seguida que não tinha detalhes sobre o caso. "Esses e outros episódios só fazem fortalecer a posição que o Brasil tem defendido que é de buscar soluções pacíficas", acrescentou.
Em visita ao Chile nesta segunda-feira, o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que Israel cometeu um ato de "terrorismo de Estado", demonstrando que "não quer a paz na região" e "violando a lei internacional".
O ministro de Defesa do Irã fez nesta segunda-feira um apelo à comunidade internacional para que cortem todas as relações com Israel após a morte de ativistas que levavam ajuda humanitária à faixa de Gaza a bordo de navios nesta segunda-feira.
"O mínimo que a comunidade internacional deveria fazer com relação ao horrível crime cometido pelo regime sionista é boicotá-lo e cortar todas as relações diplomáticas, econômicas e políticas", disse Ahmad Vahidi, segundo a agência semi-oficial de notícias Irna.
A Rússia também diz considerar que o ataque das tropas israelenses contra a frota pró-palestina que levava ajuda humanitária à faixa de Gaza constitui uma "grosseira violação do direito internacional", segundo comunicado oficial divulgado nesta segunda-feira.
Os Estados Unidos lamentaram a ação e indicaram que uma investigação deve apurar os detalhes da ação militar.
Irã
Garcia também disse nesta segunda-feira que os EUA procuraram diversos países para desaconselhar o apoio dessas nações ao acordo firmado por Brasil, Turquia e Irã.
"Houve essa tentativa sistemática [por parte dos EUA] de, de uma certa forma, desaconselhar uma iniciativa de paz que era aquela que nós estávamos patrocinando", disse.
Segundo Garcia, entre os países procurados por autoridades norte-americanas e que informaram o contato ao Brasil estão Rússia e Catar.
Garcia negou que os norte-americanos tenham avisado ao Brasil que continuariam a insistir por sanções contra Irã mesmo que o país persa se comprometesse com as exigências feitas pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pelos EUA.
Carta
Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente Barack Obama estabeleceu pontos que deveriam constar do acordo entre Brasil, Turquia e Irã para que a comunidade internacional aceitasse o desenvolvimento do programa nuclear iraniano. Todos eles constam do pacto firmado entre os três países há duas semanas.
Garcia admitiu, porém, que a informação de que os EUA tentavam convencer outros países a não apoiar o acordo foi um indício de que eles mudariam de posição e insistiriam nas sanções contra o Irã.
"Nós tivemos alguns indícios disso [mudança de posição dos EUA] porque, por onde o presidente Lula passava, havia informação oficial, por parte de governos locais, de que autoridades do mais alto nível do governo norte-americano tinham tentado desaconselhar qualquer solidariedade com a política que Brasil e Turquia vinham desenvolvendo, o que nos pareceu muito surpreendente."
O assessor insistiu que "na carta que o presidente Obama enviou está claramente definido que seria um passo importantíssimo aquele que os turcos e os brasileiros propusemos e que foi exitosa."
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O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, comentou hoje o ataque israelense contra um comboio organizado pela ONG Free Gaza, liderados por uma embarcação turca que transportava mais de 750 pessoas e 10 mil toneladas de ajuda humanitária para a faixa de Gaza, matando ao menos dez pessoas.
"Estou chocado", disse o assessor de Lula, ressaltando em seguida que não tinha detalhes sobre o caso. "Esses e outros episódios só fazem fortalecer a posição que o Brasil tem defendido que é de buscar soluções pacíficas", acrescentou.
Em visita ao Chile nesta segunda-feira, o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que Israel cometeu um ato de "terrorismo de Estado", demonstrando que "não quer a paz na região" e "violando a lei internacional".
O ministro de Defesa do Irã fez nesta segunda-feira um apelo à comunidade internacional para que cortem todas as relações com Israel após a morte de ativistas que levavam ajuda humanitária à faixa de Gaza a bordo de navios nesta segunda-feira.
"O mínimo que a comunidade internacional deveria fazer com relação ao horrível crime cometido pelo regime sionista é boicotá-lo e cortar todas as relações diplomáticas, econômicas e políticas", disse Ahmad Vahidi, segundo a agência semi-oficial de notícias Irna.
A Rússia também diz considerar que o ataque das tropas israelenses contra a frota pró-palestina que levava ajuda humanitária à faixa de Gaza constitui uma "grosseira violação do direito internacional", segundo comunicado oficial divulgado nesta segunda-feira.
Os Estados Unidos lamentaram a ação e indicaram que uma investigação deve apurar os detalhes da ação militar.
Irã
Garcia também disse nesta segunda-feira que os EUA procuraram diversos países para desaconselhar o apoio dessas nações ao acordo firmado por Brasil, Turquia e Irã.
"Houve essa tentativa sistemática [por parte dos EUA] de, de uma certa forma, desaconselhar uma iniciativa de paz que era aquela que nós estávamos patrocinando", disse.
Segundo Garcia, entre os países procurados por autoridades norte-americanas e que informaram o contato ao Brasil estão Rússia e Catar.
Garcia negou que os norte-americanos tenham avisado ao Brasil que continuariam a insistir por sanções contra Irã mesmo que o país persa se comprometesse com as exigências feitas pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pelos EUA.
Carta
Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente Barack Obama estabeleceu pontos que deveriam constar do acordo entre Brasil, Turquia e Irã para que a comunidade internacional aceitasse o desenvolvimento do programa nuclear iraniano. Todos eles constam do pacto firmado entre os três países há duas semanas.
Garcia admitiu, porém, que a informação de que os EUA tentavam convencer outros países a não apoiar o acordo foi um indício de que eles mudariam de posição e insistiriam nas sanções contra o Irã.
"Nós tivemos alguns indícios disso [mudança de posição dos EUA] porque, por onde o presidente Lula passava, havia informação oficial, por parte de governos locais, de que autoridades do mais alto nível do governo norte-americano tinham tentado desaconselhar qualquer solidariedade com a política que Brasil e Turquia vinham desenvolvendo, o que nos pareceu muito surpreendente."
O assessor insistiu que "na carta que o presidente Obama enviou está claramente definido que seria um passo importantíssimo aquele que os turcos e os brasileiros propusemos e que foi exitosa."
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