Fonte: BrazillianNews
Em meio ao debate sobre imigração nos Estados Unidos, acirrado depois da aprovação de uma polêmica lei no Arizona, o Estado de Nova York ganhou o centro das atenções nesta semana.
Em uma medida considerada "corajosa" e "surpreendente" pelo jornal The New York Times, o governador David Paterson anunciou que seu Estado vai criar uma comissão para analisar a concessão de perdão a imigrantes legais que correm risco de deportação por terem cometido pequenas infrações.
Com sua decisão, o governador desafia a rígida legislação federal, pela qual imigrantes legais podem ser deportados por crimes como furto ou porte de pequenas quantidades de drogas, mesmo que o delito tenha sido cometido anos atrás.
Ao anunciar a medida, Paterson disse que algumas leis de imigração americanas eram "embaraçosamente e injustamente inflexíveis".
O anúncio ganhou destaque ainda maior por ocorrer poucos dias depois de a governadora do Arizona, Jan Brewer, ter assinado uma lei que torna crime a presença de imigrantes ilegais no Estado e permite à polícia parar e revistar qualquer pessoa sobre a qual paire "suspeita razoável".
Uma semana depois, o Departamento de Educação do Arizona determinou que professores com sotaque não tenham permissão para ensinar alunos que estão aprendendo inglês.
As negativas do governo do Arizona de que a nova lei de imigração seja discriminatória não foram suficientes para impedir protestos em diversas cidades americanas, boicote a empresas e ao governo do Estado e ações na Justiça.
A lei provocou também reações de diversos países e organizações. O Itamaraty disse, em nota, que o Brasil "se une às manifestações contrárias à lei" e "espera que seja revista".
O México foi além e recomendou a seus cidadãos que evitem viagens ao Arizona, em uma medida que pode comprometer a indústria do turismo no Estado.
A polêmica, porém, está longe de ser encerrada. Pesquisas de opinião divulgadas nesta semana revelam que os americanos ainda permanecem divididos a respeito da questão da imigração e do que fazer com os cerca de 12 milhões de ilegais que atualmente vivem no país.
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