quinta-feira, 1 de outubro de 2009

OUTUBRO: MÊS MISSIONÁRIO

Estimado(a) leitor(a)!

A Igreja propõe que neste mês reforcemos o espírito missionário que está em nosso coração. É um tempo forte e importante para assumirmos um compromisso vivo e eficaz com o Evangelho. Todos nós temos uma missão a cumprir! Mas, o que é a missão?

É evidente que este termo não tem uma resposta exata como na matemática. Podemos dizer que missão é viver e anunciar a Boa Nova que provém do Pai, como nos ensina o seu Filho Amado, o mestre Jesus Cristo: O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra (Jo 4,34). Missão, assim, é colaborar na construção do Reino de Deus, para que cresça até a sua plenitude: colheita dos frutos abundantes esperados por Deus, isto é, a dignidade humana integral.

Missão é o anúncio de Jesus Cristo e do Evangelho, acompanhado do compromisso com a promoção e defesa da vida em todas as suas dimensões. O tema da V Conferência do Episcopado Latino-Americano e Caribe expressou muito bem isso: Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que nele nossos povos tenham vida. Jesus Cristo, caminho, verdade e vida.

Missão, também, é resgatar as sementes do Verbo em cada cultura, raça, etnia existentes em cada época da história, sempre na construção de um novo céu e uma nova terra (cf. Ap 21,1). É ter a disponibilidade ir ao encontro do outro, do diferente, daquele que é semelhante a mim, mas
que não tem minha fisionomia, não fala minha língua, não escreve igual a mim, não come a mesma comida, veste-se com cores diferentes, canta e dança em outro ritmo, gosta de outros esportes e até mesmo vive outro credo religioso.

Entretanto, nunca com uma atitude de imposição do próprio ponto de vista. É fundamental agirmos com respeito e abertura em face às diversidades culturais existentes. Com atitudes de
reconhecimento e valorização dos demais entenderemos verdadeiramente o anúncio de Deus através do profeta Isaías: Eu virei para reunir os povos de todas as línguas (Is 66, 18). Portanto, nossa missão não é dividir, disputar, julgar, condenar, mas unir, somar, aprender, construir vida nova como muitos missionários(as) já conseguiram e outros tantos ainda estão vivendo em seu ardoroso empenho pelas missões.

Lembremos de Santa Teresinha, padroeira das missões, que no Carmelo compreendeu que sua missão era fazer amado o Rei do céu, submeter-lhe o reino dos corações... Teresinha nos ensinou, por sua vida, que a contemplação é o alicerce da missão. Lembremos também do Bem-aventurado Scalabrini, pai e apóstolo dos migrantes, que sempre desejou ser missionário e visitou
incansavelmente seus diocesanos, seus missionários e os migrantes. São exemplos que nos ajudam viver a vontade do Pai Criador.

Pe. Paulo Rogério Caovila, cs
Mestrando em Missiologia junto ao ITESP

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