Ana Carolina Barbosa
Na tarde de hoje, 62 haitianos chegaram a Manaus. Com esses, o número de imigrantes desse país na capital já soma 850, segundo o padre Gelmino Costa.
Atualmente, 428 haitianos estão em Tabatinga (a 1.106 quilômetros de Manaus), fronteira do Brasil com a Colômbia, aguardando uma oportunidade de vir à capital amazonense. Trezentos deles já possuem o visto de refúgio, mas esperam doações em dinheiro para se deslocarem para Manaus. Cada passagem custa R$ 100 e a viagem tem a duração de quatro dias.
Na tarde de hoje, 62 haitianos chegaram a Manaus. Com esses, o número de imigrantes desse país na capital já soma 850, segundo o padre Gelmino Costa, um dos responsáveis pela Paróquia de São Geraldo, no bairro de mesmo nome, Zona Centro-Sul, para onde os recém-chegados foram encaminhados.
De lá, eles serão distribuídos para os nove abrigos alugados onde estão outros 238 haitianos, tendo em vista que a maioria já se estabeleceu na capital amazonense, principalmente na área da construção civil. O padre destacou que era aguardada para hoje a chegada de apenas 22 pessoas, mas quase o triplo decidiu vir à capital. Amanhã, outros 15 devem chegar.
O padre explicou que os nove abrigos alugados são pagos pela Comunidade Católica e a ajuda vinda do Governo Estadual se restringe a colchões e comida em pouca quantidade. Os imóveis utilizados como abrigos estão localizados nos bairros Presidente Vargas (Matinha, Zona Sul), Dom Pedro (Zona Centro-Oeste), Monte das Oliveiras (Zona Norte), Conjunto Beija Flor, Flores (Zona Centro-Sul), Petrópolis (Zona Sul), Centro, Japiim (Zona Sul) e São Geraldo (Centro-Sul). O aluguel de cada um custa cerca de R$ 800 ao mês.
No caso da assistência médica, o padre explica que eles estão procurando os postos de saúde, principalmente as oito grávidas das 40 mulheres haitianas que estão na cidade.
Gelmino Costa informou que os envolvidos na prestação de assistência aos haitianos na capital estão tentando agendar uma reunião com o governador Omar Aziz, para a próxima semana, para solicitar ajuda, tanto na doação de alimentos, quanto no custeio dos aluguéis, já que a tendência é que outros imigrantes cheguem a Manaus na próxima semana. Os haitianos começaram a migrar para a capital amazonense em meados de fevereiro de 2010, cerca de um mês após o terremoto que devastou o país.
ACRÍTICA - Manaus, 03 de Junho de 2011
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