Ir Zelide Ceccagno,mscs*
A Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas no mundo, foi melhor e mais amplamente conhecida depois das pesquisas e da divulgação de escritos à respeito da Co-Fundadora da Congregação, Madre Assunta Marchetti. Conhecer nossa história é conhecer o coração de cada membro e onde a vocação de cada irmã se fundamenta. Na alma de cada irmã existe o canto que nos convidou a uma Santa Vocação, o qual se reflete no grande coro/orquestra que criamos através dos trabalhos feitos com amor e compaixão no mundo migratório. Nosso canto é o canto de Jesus Cristo frente ao órfão, ao pobre, ao migrante e ao refugiado.
Cada final de dia, quando o véu da noite desce e nos imergimos na profundeza do amor de Deus, elevando a Ele nossa prece de ação de graças, nossa prece é de amor, e nosso descanso é seguro, porque temos certeza da prece daqueles que conhecem, imploram, amam Madre Assunta, e rezam pela sua Congregação. Sabemos, então, que por causa de Madre Assunta, somos amadas abundantemente, também nós.
A história colocou Madre Assunta Marchetti entre nossas primeiras irmãs em 1895. E com ela, nasceu cresceu e se afirmou o lado terno e feminino do Carisma. A visão do fenômeno migratório por parte de Scalabrini deu origem à resposta dos primeiros homens e mulheres religiosos, consagrados a Deus para o serviço das migrações. A dimensão feminina deste serviço teve em Madre Assunta o seu humilde início. Ela contribuiu profundamente no crescimento e revigoramento de um Instituto forte, fundado sobre a rocha, Cristo Jesus e que persiste ativo na história. Seu testemunho e união com Deus estão refletidos na memória, nos atos e virtudes heróicas daquela irmã MSCS que está em caminho para ser reconhecida, também oficialmente, como Santa, pois suas virtudes são realmente heróicas!
Desde o último século os dois Institutos, feminino e masculino à serviço dos migrantes, prestam na história, uma orientação elegante e clássica de serviços profissionais e especializados, direcionados ao mais necessitados dentre os migrantes. Para dar continuidade a esta obra somos chamadas a encarnar o ‘Deus Conosco’ em nossas lideranças. Madre Assunta imitou o Senhor e se deixava guiar pelo seu Espírito. Ela se manteve fiel ao Carisma, acima de tudo como guardiã do mesmo, desde o início da Congregação, e soube vencer muitas dificuldades e descriminações da sociedade. Ela também, através da graça, venceu os sofrimentos e foi a mulher forte diante das circunstâncias imprevistas que surgiram nos primeiros tempos de vida missionária no Brasil. Graças a ela, o carisma scalabriniano, na dimensão feminina, continua sendo uma benção para a Igreja.
Madre Assunta foi caracterizada, também, como a ‘humilde serva’. Isto a fez adquirir certo status materno no seio da Congregação, na Igreja e no mundo das migrações. Esta também é uma das características de muitos outros santos.
A globalização, o avanço tecnológico, a educação, tudo o que domina o mundo de hoje, também abriu novas fronteiras para a migração, decorrente disto, foi e é a expansão da Congregação. Pelo batismo o cristão assume o direito dever de “ir e anunciar” (Mt 28). O desejo espiritual de união com Deus impele cada irmã scalabriniana, em sua caminhada, para o anúncio e imitação daquela mulher evangélica, chamada Assunta Marchetti, que em sua maneira de seguir Jesus Cristo, serviu , seja na função de primeira superiora geral, bem como a servidora simples e generosa dos órfãos e abandonados.
Neste dia em que celebramos sua entrada na Pátria da Trindade, supliquemos sua mediação para podermos ser mais forte na doação, marcando, como ela, o mundo da migração. Feliz e abençoada festa de Madre Assunta.
*A direção do CSEM agradece Ir Zelide Ceccagno da PNSF pela colaboração na elaboração desta Mensagem sobre a Co-fundadora Madre Assunta
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