Adital -
O Ministério da Mulher (Mimdes) alertou aos pais de família das zonas altoandinas a ficarem alertas ante a presença de delinquentes que se dedicam ao tráfico de crianças e jovens, para que não se deixem enganar com falsas promessas de trabalho ou estudos para os menores. A informação foi dada pela a assessora do Mimdes, Ana María Mendieta.
Ela falou que "o tráfico de pessoas não só deve ser abordado nas zonas de abuso laboral como nas minas ou madeireiras, também desde a escola para ensinar que não se deixem enganar por estas máfias que, na maioria dos casos, são internacionais". Mendieta comentou que o tráfico de menores tem duas vertentes que são a exploração sexual comercial infantil e a exploração laboral.
"O Mimdes registrou que ambas estão estreitamente vinculadas porque as crianças e jovens são enganadas pensando que vão trabalhar em restaurantes ou casas de família e que vão estudar, sendo estas ofertas atrativas para eles e para seus pais, mas na realidade não é assim".
Também disse que os menores são recrutados principalmente das áreas altoandinas, por apresentar maior índice de extrema pobreza, como são Cusco, Puno e Abancay.
Precisou que as duas atividades a que são submetidos os menores são a prostituição e a exploração do trabalho. "As meninas e as jovens são captadas para serem designadas aos acampamentos das minas e aos negócios anexos como lojas e bares, onde se abusa sexualmente delas", disse.
Segundo a assessora, no caso dos meninos de oito a dez anos, "eles são expostos aos rios, onde funcionam os lavadouros de ouro, para que possam separar as pedrinhas; enquanto que os jovens carregam o material realizando o trabalho pesado, pondo em risco sua saúde, seu crescimento", detalhou Mendieta.
"Contamos com a comissão do Plano Nacional de Ação pela Infância e Adolescência, que tem como principal meta erradicar o trabalho infantil, com isso estamos criando estratégias preventivas com os pais, jovens e crianças para que - por mais pobres que sejam - saibam que há um risco de exploração", concretizou.
A assessora do Mimdes disse que através do serviço assistência mulher em 2009 se registraram 25 casos de exploração sexual de meninas e jovens dos quais sete foram em Madre de Dios, o mesmo número em Loreto e o restante em Lima. Até o momento, neste ano, foram registrados sete casos sendo quatro deles em Madre de Dios.
A notícia é da Andina - Agência Peruana de Notícias
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