quinta-feira, 15 de abril de 2010

Deslocados, migrantes e refugiados receberão ajuda três meses após terremoto

Fonte: Adital

Passados três meses do terremoto que devastou grande parte do Haiti, em 12 de janeiro, a população deste país continua necessitando da solidariedade mundial.

Mulheres, homens e crianças estão alojados em acampamentos, outra parte está vivendo fora dos campos ou se deslocou para o país vizinho, República Dominicana, onde buscam melhores condições de sobrevivência e chances de refazer a vida.

Para assistir a esta parcela da população haitiana, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) solicitou a quantia de US$12,5 milhões em fundos suplementares. A intenção é apoiar uma parcela deslocada da população haitiana e migrantes que continuam carentes de atenção especial.

Em matéria divulgada pela ACNUR, a porta-voz da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para refugiados, Melissa Fleming, informou que os recursos serão aplicados no apoio à população que vive fora dos campos, a fim de evitar mais deslocamentos ou regressos prematuros ao Haiti, antes que o país esteja em condições adequadas e seguras para receber mais habitantes.

O trabalho de assistência à população haitiana também está sendo realizado no país vizinho, a República Dominicana. Em parceria com o governo, uma equipe de emergência está dando apoio aos haitianos e haitianas refugiados nesta nação. Os pacientes que receberam alta de hospitais na República Dominicana serão incentivados e receberão ajuda para voltar ao Haiti. Outros em estado mais vulnerável receberão suporte para permanecerem ainda algum tempo no país.

Segundo informações da ACNUR, em Santo Domingo, capital da República Dominicana, a agência da ONU para refugiados prestará apoio a entidades como igrejas, famílias de acolhimento e abrigos que estão cuidando de pacientes haitianos que receberam alta e de outros em situação de vulnerabilidade, em especial menores desacompanhados, órfãos, mulheres em risco e deficientes.

Os migrantes e refugiados sem documentos que moravam no Haiti quando ocorreu o terremoto e que atualmente vivem como deslocados internos ou os que se transladaram para a República Dominicana também receberão ajuda humanitária. Serão oferecidas orientações a fim de permitir que o cidadão decida por regressar voluntariamente ao seu país, migrar para outra nação ou se integrar aos acampamentos montados no Haiti.

Para este ano, está prevista a implantação de 85 projetos de impacto em favor dos haitianos e haitianas deslocados, que, por estarem fora da capital Porto Príncipe ou longe dos acampamentos não receberam ajuda humanitária adequada e suficiente. Quase 30% destes projetos serão destinados aos deslocados que vivem próximos à fronteira da República Dominicana. Os projetos serão conduzidos pela ACNUR e parceiros.

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