Fonte: IPC Digital
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) promoverá em julho uma série de eventos em quatro cidades do Japão, levando informações trabalhistas para a comunidade de cerca de 250 mil brasileiros que vivem no pais.
A informação foi divulgada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, após reunião com o vice-ministro sênior do Trabalho do Japão, Hiroyuki Nagahama, no Departamento de Trabalho dos EUA, em Washington. Os dois líderes se encontraram na capital norte-americana durante o encontro de ministros do G-20.
A iniciativa do MTE no Japão já havia sido informada pelo presidente do Conselho Nacional de Imigração (CNIg), Paulo Sergio de Almeida, durante sua visita ao Japão no final de março. Na época, ele já negociava o evento chamado de Semana do Trabalhador com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil. O projeto seria apresentado pelo MTE e pelo MRE ao governo japonês.
Lupi reiterou a Nagahama o interesse do Governo brasileiro em instalar um centro de informações trabalhistas na cidade de Hamamatsu, Shiuzoka, onde residem cerca de 20 mil brasileiros. O projeto chamado de Casa do Trabalhador está sendo desenvolvido há dois anos pelos técnicos do MTE, e seu desenho final vem sendo debatido com o MRE para ser oficialmente apresentado ao Governo japonês.
Outro tema tratado na reunião foi a criação de um canal de consulta bilateral entre os dois ministérios, de modo que os dois países possam avançar na coordenação do fluxo migratório Brasil-Japão-Brasil. Lupi convidou a delegação japonesa a visitar o Brasil para uma nova rodada de negociação, no segundo semestre deste ano.
O ministro brasileiro também agradeceu ao colega japonês a fixação do prazo de três anos para o retorno dos dekasseguis que, no auge da crise mundial, optaram por regressar ao Brasil com a ajuda de custo do governo japonês de 300 mil ienes por pessoa, mais 200 mil ienes por dependente. Cerca de 17 mil brasileiros lançaram mão do Kikoku Shien para retornar ao Brasil.
No entanto, segundo o governo japonês, o período de três anos pode ser prolongado ou reduzido conforme a situação econômica do país.
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