Fluxo tem chamado a atenção dos especialistas, que notaram um aumento substancial dos "imigrantes intercontinentais"
Fonte: Brazilian News Paper
Fenômeno foi notado pela OEA e é fruto das políticas duras contra os indocumentados em nações desenvolvidas.
Fonte: Brazilian News Paper
Fenômeno foi notado pela OEA e é fruto das políticas duras contra os indocumentados em nações desenvolvidas.
Os países da América Latina, que por muito tempo experimentaram o êxodo de seus cidadãos em direção às nações desenvolvidas, notadamente os Estados Unidos, agora estão recebendo imigrantes, em especial da África e da Ásia. O fenômeno está sendo estudado de perto pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e foi tema, inclusive, de um debate durante uma conferência da Comissão Especial de Assuntos Migratórios da entidade.
O “novo e crescente” fluxo migratório tem chamado a atenção dos especialistas, que notaram um aumento substancial do que qualificam de imigrantes intercontinentais, ou seja, pessoas que mudam de continente em busca de uma vida melhor. Não há números oficiais sobre a tendência, mas sabe-se que esta já é uma realidade na região. Os imigrantes mais comuns vêm da África – Etiópia, Nigéria e Somália, por exemplo – e Ásia – China, Bangladesh e Nepal, entre outros.
Além das políticas duras contra os indocumentados em países de Primeiro Mundo como EUA, França, Inglaterra e Espanha, os imigrantes encontram nas nações em desenvolvimento o apoio necessário para recomeçar uma nova vida. No Brasil, por exemplo, cerca de 60 mil estrangeiros que viviam irregularmente no país foram agraciados com uma anistia no ano passado. Também na Argentina, Colômbia e México os legisladores locais criaram leis beneficiando a legalização.
O lado negativo da história fica por conta do fortalecimento de gangues de tráfico humano nestes países - criminosos que se aproveitam da falta de um esquema de segurança mais rígido para estimular a imigração ilegal em troca de dinheiro. Para Araceli Azuara, uma das coordenadoras do estudo, os novos fluxos migratórios devem ser analisados a partir de uma perspectiva maior, levando-se em conta as normas do Direito Internacional, e com o objetivo de fomentar a cooperação mundial. “Muitos países não têm recursos para repatriar estes imigrantes ao local de origem e preferem ignorar o problema”, frisou Araceli.
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