sexta-feira, 17 de junho de 2011

1.820 imigrantes morreram este ano no Mediterrâneo, segundo o Vaticano

Nos primeiros cinco meses deste ano, 1.820 imigrantes morreram durante a tentativa de atravessar, em precárias embarcações, o mar Mediterrâneo rumo à Europa, segundo dados publicados nesta quarta-feira pelo Vaticano.

A reportagem é da agência Efe, 16-06-2011. A tradução é do Cepat.

Dessas 1.820 vítimas, 1.633 perderam a vida quando se dirigiam à Itália, precisou o Vaticano, que destacou que o balanço é provavelmente “ainda mais trágico” caso se tiver em conta os casos de embarcações que naufragaram, sobre as quais nunca se teve notícias.

Desde 1990, pelos menos 17.597 pessoas morreram “ao longo das fronteiras” da Europa, e nos últimos anos as mudanças geopolíticas que afetam os países do norte da África, em particular o conflito na Líbia, “empurram” milhares de pessoas a se arriscarem em “perigosas travessias” através do Mediterrâneo.

Em busca de segurança na Europa

O Vaticano localiza na Tunísia e na Líbia as duas principais procedências dos fluxos migratórios deste começo de 2011, e assinala que 187 pessoas morreram afogadas na rota tunisiana.

Outras 1.633 pereceram na rota líbia, a maioria delas era de subsaarianos.

“As condições dos que provêm da Líbia é de extrema vulnerabilidade. Ameaçados pelas partes em conflito, se veem obrigados a realizar uma travessia em velhas embarcações, sobrecarregadas, em busca de um refúgio seguro na Europa”, assinalou o Vaticano, que acrescentou que “diante desses dados não se pode permanecer em silêncio”. Também destacou que se trata de homens, mulheres e crianças que fogem da guerra, de graves violações dos direitos humanos e de perseguições “e, em vez de encontrar um lugar seguro, encontram a morte”.

O arcebispo Antonio María Veglio, presidente do Pontifício Conselho para os Migrantes, afirmou nesta quarta-feira em Roma, em um seminário sobre imigração e asilo, que a Itália e a União Europeia “devem fazer mais” a favor dos imigrantes.

Veglio disse que o controle dos fluxos migratórios é uma medida necessária, mas que deve estar baseado em critérios de solidariedade.

http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=44379

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