sábado, 4 de junho de 2011

País terá novo (a) presidente no próximo dia 5

Camila Queiroz
Jornalista da ADITAL
Adital
O segundo turno das eleições para presidência do Peru ocorrerá no próximo domingo, dia 5. Participam do pleito os candidatos Ollanta Humala, do bloco progressista Gana Perú, e Keiko Fujimori, do grupo conservador Força 2011. O vencedor (a) sucederá o atual presidente, Alan Garcia, e iniciará a gestão de cinco anos no dia 28 de julho.

Reflexo de uma disputa bastante acirrada, as pesquisas apontam empate técnico entre os candidatos. Devido à pequena margem de diferença entre eles, as empresas de pesquisa não darão o resultado boca de urna às 16 horas do domingo.

Posição reforçada pelo Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE, por sua sigla em espanhol). O órgão recomendou, hoje (3), que os peruanos não considerem válidos os resultados de boca de urna. A chefe do ONPE, Magdalena Chú, explicou que os dados não são uma representação válida dos resultados do segundo turno.

Chú esclareceu ainda que as cédulas para a votação já foram entregues aos escritórios regionais e amanhã (4) serão distribuídas em Lima. Dias antes, após afirmações do Gana Perú sobre uma possível fraude preparada pelo atual presidente Alan Garcia para favorecer Keiko, a chefe do ONPE afirmou ser "impossível” ocorrer uma fraude nas eleições presidenciais.

"Uma fraude no país é impossível, a legislação detalhou de tal maneira cada um dos passos do processo eleitoral que é impossível. Além disso, os organismos que integram o sistema eleitoral vêm demonstrando ao país, em cada um dos processos que executamos, que atuamos com a transparência, a limpeza e a legalidade que o país exige”, afirmou.

Magdalena Chú informou ainda que junto aos fiscais do Jurado Nacional de Eleições (JNE) estarão observadores eleitorais internacionais, testemunhas dos partidos políticos e meios de comunicação.

Por sua vez, o ministro peruano de Defesa, Jaime Thorne, assegurou, durante entrevista coletiva, ontem, que as Forças Armadas têm postura neutra nas eleições, com a tarefa apenas de resguardar os centros de votação e vigiar o material eleitoral.

O cenário para eleições tranquilas se completou com a decisão dos indígenas da região de Puno (sudeste), apoiadores de Humala, de interromper temporariamente os protestos contra a presença de mineradoras estrangeiras em seu território.

Encerramento das campanhas

Os candidatos encerraram suas campanhas eleitorais ontem (2), data limite permitida.

Gana Perú se mobilizou na Praça Dois de Maio, famosa por acolher manifestações sindicais e populares no centro da capital Lima. Humala enfatizou a necessidade de que os peruanos não esqueçam a "ditadura fujimorista”, ocorrida nos anos 90. Ele lembrou a esterilização em massa de mulheres pobres levada a cabo no período em que Alberto Fujimori, pai de Keiko, esteve no poder. Também se comprometeu a realizar melhor distribuição de renda no país.

Já a Força 2011 realizou, a menos de dois quilômetros da Praça Dois de Maio, reunião com seus apoiadores. O grupo está confiante com relação à capital, pois Keiko tem aparecido em primeiro lugar nas pesquisas realizadas com eleitores de Lima. Pesquisas estas que contradizem as centenas de manifestações contrárias à candidata. De estudantes a artistas, passando por vítimas de violações aos direitos humanos e coletivos de mulheres, os mais diversos grupos se reuniram, durante o período eleitoral, para dizer "Fujimori Nunca Mais”.

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Movimentos de direitos humanos repudiam a candidatura de Keiko

Manifestações reforçam oposição à candidatura de Keiko Fujimori

Na ocasião do encerramento de sua campanha, Keiko agradeceu o apoio de seu pai – que atualmente cumpre pena de 25 anos por corrupção e violação aos Direitos Humanos durante seu governo – e disse que, caso chegue à presidência, trabalhará pela "reconciliação da população”, apagando as "feridas” do passado e aprendendo com os erros de governos anteriores.

Com informações de TeleSur e Prensa Latina

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