Em 1951, quando foi assinada a Convenção de Genebra, que reconheceu a denominação “refugiado” e seus direitos, o mundo vivia as primeiras grandes mudanças estruturais e contabilizava as consequências de grandes conflitos. Hoje, sessenta anos depois, o número de refugiados cresceu proporcionalmente à população e reflete de maneira clara a crise dos tempos globais.
Por: IHU On-Line
Por ironia do destino, muitos dos países que assinaram uma convenção para recebê-los não os querem mais. A questão toma grandes proporções e se transforma num drama mundial, que é debatido nesta edição da IHU On-Line.
A reflexão-chave para compreendermos parte da temática é explicada pelo diretor do Refugee Studies Centre, Roger Zetter, professor da Universidade de Oxford. Ele acredita que “a contenção, as restrições, a dissuasão e o processamento extraterritorial são os instrumentos principais de políticas públicas usados por esses países que, em grau crescente, negam as necessidades e reivindicações de proteção dos refugiados”.
Engajados na luta de integração dessas minorias, o filósofo Wooldy Edson Louidor, o cientista político Juan Felipe Carrillo e Alfredo Infante, diretor americano do Serviço Jesuíta de Refugiados – SJR, falam sobre os desafios da ajuda solidária em espaços da América Latina que trabalham com essas pessoas sem lar e sem pátria.
Peter Balleis, diretor internacional do Serviço Jesuíta de Refugiados – SJR, descreve a situação dos refugiados nos diferentes países e continentes do mundo.
Para complementar, Andrés Ramirez, do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – ACNUR, explica as características do perfil do refúgio no Brasil, que, conforme diz, “tem a capacidade de integrar pessoas de países e culturas totalmente diferentes.
A relações-públicas Karin Kaid Wapechowki revela a situação das famílias que desembarcam no Rio Grande do Sul em busca de abrigo. “Eles vivem em deslocamento, com o tecido social desagregado”, afirma.
Por fim, o jornalista e doutor em Comunicação Jacques Wainberg faz uma análise sobre o poder da mídia na divulgação de conflitos e delega à imprensa a possibilidade de colaborar para a manutenção da paz.
Graduado em Direito, Paulo Welter narra a sua experiência de trabalhar com os refugiados em Angola.
Mais quatro entrevistas e dois textos completam a edição.
Paulo Margutti, professor de filosofia nas Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE -, Belo Horizonte, reflete sobre a religiosidade mística em Wittgenstein.
Sérgio Coutinho, professor de História, descreve a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB que emerge da última Assembleia Geral, realizada recentemente.
“O e-book é passageiro. O livro é eterno”, afirma Paulo Tedesco, escritor e professor da PUC-RS na entrevista concedida para a IHU On-Line.
“As políticas sociais somente terão sucesso quando se desnaturalizar a desigualdade”, afirma Ana Maria Colling, professora do Unilasalle.
“Um emaranhado pelo Rio Grande a fora”, de Ana Maria Rosa, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, e “Igreja Católica, redes de relacionamento virtuais e evangelização na contemporaneidade: caminho impossível?”, de Thamiris Magalhães de Sousa, mestranda em Ciências da Comunicação na Unisinos, são os títulos dos artigos desta edição.
A revista IHU On-Line estará disponível nesta página, na segunda-feira, a partir das 16h, em html, pdf e na “versão para folhear“.
A edição impressa da revista circulará na terça-feira, no câmpus da Unisinos, a partir das 8h.
A todas e todos, uma ótima leitura e excelente semana!
Fonte: Revista do Instituto Humanitas Unisinos
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