sábado, 28 de maio de 2011

SOLIDARIEDADE – DESAFIO DOS HAITIANOS EM MANAUS

Justin Jean Wilken, de 26 anos, e Mepricia Charles, de 36, são imigrantes haitianos na cidade de Manaus. Eles conseguiram emprego de garçom e auxiliar de cozinha, no restaurante Casa do Alemão, na estrada da Ponta Negra, São Jorge. Desde então, Justin e Mepricia não pensam em migrar para outro lugar. Os dois deixaram o Haiti há dois anos, antes do terremoto que destruiu a maior parte do país em 12 de Janeiro de 2010. Saíram do Haiti devido à ação de guerrilhas. Lá deixaram pais e irmãos. Conseguiram abrigo no Equador, mas enfrentaram muito preconceito e também não se adaptaram ao frio. Então, solicitaram auxílio à Pastoral e conseguiram chegar a Manaus.
Embora não estivessem no Haiti quando ocorreu o terremoto, eles se emocionam quando falam no assunto. Justin perdeu a irmã de 29 anos na tragédia e Mepricia perdeu a mãe em novembro do ano passado, por conta da cólera, doença que após o terremoto matou mais de 2 mil pessoas e deixou 11 mil doentes, segundo a Rádio Vaticano.
Justin e Mepricia conseguiram emprego por saberem falar português. Porém, vários haitianos, sem conhecimento mínimo da língua portuguesa, esbarram em enormes dificuldades para se empregarem.
Procurando ajudá-los a diminuir as dificuldades com a língua portuguesa, a Pastoral oferece aulas de português, ministradas por professores voluntários. Como a demanda é muito grande, também há curso ministrados por professores pagos pelo governo do Estado, em parceria com a Universidade Estadual do Amazonas. Além disso, são oferecidos cursos de computação, curso de profissionalização de pedreiros, na Igreja S. Geraldo, cursos de corte e costura, artesanato, formação e reflexão bíblica e psicossocial e outras ações, voltadas ao fortalecimento da auto-estima dos imigrantes, à sua inserção no mercado de trabalho, à conquista de direitos de cidadania.

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