sábado, 28 de maio de 2011

Manuel Zelaya e Porfirio Lobo assinam Acordo para Reconciliação Nacional

Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital
O ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya, e o atual mandatário hondurenho, Porfirio Lobo, se reuniram, ontem (22), na cidade de Cartagena, Colômbia, para assinar o "Acordo para a Reconciliação Nacional e Consolidação do Sistema Democrático na República de Honduras”. O documento, também chamado "Acordo de Cartagena”, pode ser um passo para o fim da crise política no país centro-americano e para o retorno dele à Organização de Estados Americanos (OEA).

Além de Zelaya e Lobo, o documento contou com a assinatura do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, de sua chanceler, María Angela Holguín e do chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro. O Acordo é fruto de uma mediação realizada pelos mandatários da Venezuela e da Colômbia desde o mês passado com o objetivo de solucionar a situação de Honduras e garantir o retorno do país aos organismos regionais e multilaterais.

Dentre os pontos acordados, destacam-se: o retorno de Manuel Zelaya e demais exilados políticos a Honduras com base no respeito da Constituição e das leis do país; a legalização da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) como partido político; o reconhecimento da criação da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos como entidade de promoção e proteção dos direitos humanos; e a formação de uma Comissão de Seguimento composta por chanceleres da Colômbia e da Venezuela.

A expectativa é que Zelaya desembarque no Aeroporto Internacional de Toncontín, localizado em Tegucigalpa, capital hondurenha, no próximo sábado (28).

Sobre o Acordo, o ex-mandatário de Honduras destacou que o documento reconhece o respeito aos direitos humanos. "É um avanço de suma importância, histórico, na restituição dos direitos democráticos para todos os hondurenhos”, comentou.

O documento marca um passo importante para a solução da crise política instalada no país desde o dia 28 de junho de 2009, quando Manuel Zelaya, então presidente de Honduras, foi destituído do poder. Com o documento, os representantes esperam que o país centro-americano retorne a organismos regionais, como OEA, de onde foi suspenso devido ao golpe de Estado.

Sica


Na noite de ontem (22), chefes de Estado de Honduras, El Salvador, Guatemala e Nicarágua, países integrantes do triângulo norte da América Central (CA-4), se reuniram em Manágua, Nicarágua, para analisar o Acordo assinado horas antes por Manuel Zelaya e Porfirio Lobo. Na reunião, os representantes decidiram respaldar o documento "que cria condições para a restituição de Honduras na Organização de Estados Americanos (OEA) e sua participação plena no Sistema de Integração Centro-Americana (Sica)”.

Os integrantes do CA-4 ainda concordaram em pedir aos países americanos que apóiem a reintegração de Honduras na OEA e demais organismos internacionais. Os chefes de Estado presentes na reunião declararam que o retorno de Honduras ao Sica constitui o desejo de fortalecimento da integração na América Central.

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, por sua vez, anunciou o restabelecimento das relações entre Nicarágua e Honduras. "Estamos reafirmando nossa vontade de paz de reconciliação, pelo que se tem derramado tanto sangue em nossa América e em particular na região centro-americana”, destacou.

O texto completo do Acordo de Cartagena está disponível em: http://voselsoberano.com/v1/index.php?option=com_content&view=article&id=11238%3Atexto-del-acuerdo-de-cartagena-de-indias&catid=1%3Anoticias-generales&Itemid=1

Com informações de Telesur, PL e Red Morazánica de Información

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