Granizo e frio marcaram o acampamento pela reconciliação de Sucumbíos instalado em Quito.
A nota é do blog da Igreja de San Miguel de Sucumbíos - Isamis, 03-06-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Dom Gonzalo López Marañón, bispo emérito da província equatoriana de Sucumbíos, completou 11 dias de jejum e de oração pela reconciliação e pela paz em Sucumbíos.
Mais magro – ele perdeu quatro quilos desde que começou seu jejum – mas estável: assim resumiram o médico e a Cruz Vermelha ao falarem sobre a saúde do bispo.
Desde o início da semana passado, foram ao acampamento grupos de Sucumbíos. Alguns passam a noite e acompanham o jejum; outros chegam para cumprimentar o bispo. Na manhã desta sexta-feira, foi o prefeito de Nueva Loja, Jofre Poma, que visitou e conversou demoradamente com o bispo. Para o prefeito, as tensões já diminuíram, mas pediu que "sejam depostas as atitudes que não favorecem a reconciliação". Nas palavras de Poma, o jejum deveria ser "um sinal que faça refletir toda a província".
O jejum se prolongará até que haja sinais claros de reconciliação entre a população. Como por exemplo a criação de espaços que propiciem o diálogo, espaços que possam ser de iniciativa dos cidadãos, da Assembleia Diocesana ou das autoridades.
Outro sinal é a adoção de medidas por parte da prefeitura para que sejam retiradas as acusações contra mais de 20 cidadãos e cidadãs por terrorismo organizado. Por último, o fim das procissões ou marchas brancas que são realizadas todos os dias pelo Movimento da Renovação Carismática.
Espera-se que as declarações dos dirigentes do movimento católico em nível nacional vão nesse sentido. Espera-se que o movimento abandone o slogan principal das marchas, que é a expulsão dos sacerdotes locais. Também se espera que sejam afastados aqueles políticos locais que estão aproveitando a tensão para criar mais caos e confusão e se posicionar politicamente.
Com o lema "Para curar feridas e reconciliar Sucumbíos", Dom López Marañón, de 77 anos, retirado do bispado da província amazônica desde outubro passado, se instalou em uma barraca no parque da capital equatoriana La Alameda, em frente à Capela de Belém.
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