segunda-feira, 13 de junho de 2011

Pobreza segue em queda na Nicarágua

Camila Queiroz
Jornalista da ADITAL
Adital
A pobreza segue caindo na Nicarágua, especialmente nas zonas rurais. É o que demonstra a Pesquisa de Domicílios 2010, realizada pela Fundação Internacional para o Desenvolvimento Econômico Global (Fideg). A pobreza extrema havia subido no país de 2001 a 2005, mas está em queda desde 2007. Segundo Paul Oquist, assessor da presidência, esse ritmo está se mantendo este ano.

A meta do governo de Daniel Ortega, entretanto, é reduzir a zero a pobreza extrema no país, de acordo com o assessor presidencial. "Uma pobreza extrema de 9% não é aceitável. Ainda que tenha baixado de 17%, não é aceitável. Isso quer dizer que, mesmo assim, há famílias nicaraguenses que não têm as calorias necessárias para manter a saúde”, disse Oquist, em entrevista à Rádio Primerísima.

A pobreza extrema reduziu de 9,7% a 9%, enquanto a pobreza geral passou para 44,5% da população. O relatório acrescenta que nas zonas rurais a pobreza geral reduziu de 67,8% em 2009 para 62,8% em 2010. No campo, foram cerca de 37.200 pessoas que saíram da pobreza extrema e 124.900 da pobreza geral.

Para o presidente da Fideg, Alejandro Martínez Cuenca, as cifras "não querem dizer que não houve gente que entrou, mas elas são muito alentadoras”, disse à Rádio. Ele destacou que na zona urbana 50 mil nicaraguenses saíram da pobreza extrema, enquanto que 14 mil saíram da pobreza geral.

Tais avanços na redução da pobreza dão à Nicarágua a possibilidade de atender aos Objetivos do Milênio, que falam de redução para metade. Segundo Oquist, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) declarou que Nicarágua, junto com Guiana e Jamaica, é um dos três países da América Latina e Caribe que vai alcançar os Objetivos antes de 2015.

O estudo foi realizado em 1700 domicílios e contou com o apoio dos Países Baixos e da Cooperação Suíça. Para fazê-lo, utilizou-se o consumo como medida de bem-estar, sendo possível, assim, medir a pobreza, tanto pelo método da Linha da Pobreza, como pelo método das necessidades básicas insatisfeitas, explicaram os responsáveis pelas amostras.

Com informações de Rádio Primerísima.

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