terça-feira, 3 de maio de 2011

Movimentos sociais pedem libertação de Joaquín Perez Becerra

Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital
"Liberdade imediata para Joaquín Pérez Becerra!” Com esse lema, organizações e movimentos sociais de várias partes do mundo dão continuidade à campanha de solidariedade ao jornalista e diretor da Agência de Notícias Nova Colômbia (Anncol). Pérez Becerra foi capturado na Venezuela no último dia 23 de abril a pedido do presidente colombiano Juan Santos. Na segunda-feira passada (25), o jornalista foi deportado à Colômbia, onde permanece como preso político.

Ao saberem do envio de Pérez Becerra à Colômbia, diversas organizações sociais divulgaram cartas e realizaram manifestações de repúdio. Nos documentos divulgados, os manifestantes criticaram a atitude do mandatário venezuelano, Hugo Chávez, de deter e enviar o jornalista para a Colômbia.

Na terça-feira (26), por exemplo, o Pólo Democrático Alternativo (Seção Suíça), divulgou um comunicado em que chamou a sociedade a pedir a liberdade de Pérez Becerra, alertando para a situação do jornalista na Colômbia, "país onde não há garantias para a integridade e a segurança dos lutadores revolucionários e menos para um juízo sério e imparcial”.

No documento, a organização convocou a população mundial a protestar contra a atitude de Hugo Chávez de entregar o jornalista ao governo da Colômbia sem o direito à defesa. "Chamamos a sociedade mundial, democrática e revolucionária a estar atenta e fazer seguimento a este caso até conseguir a liberdade do jornalista Joaquín Pérez Becerra e alertamos aos governos, partidos e organizações democráticas do mundo a denunciar as atividades dos organismos de inteligência policial e militar colombiana”, destacou.

A quinta-feira passada (28) também foi marcada por manifestações. Cerca de 30 pessoas se concentraram em frente à sede da Chancelaria da Venezuela e à Assembleia Nacional para rechaçar a deportação de Pérez Becerra. Na ocasião, manifestantes queimaram bonecos com os rostos de Nicolás Maduro, ministro do Poder Popular para as Relações Exteriores, e de Andrés Izarra, ministro do Poder Popular para a Comunicação e Informação.

O ato tinha o objetivo de entregar uma carta ao ministro para as Relações Exteriores sobre o caso de Pérez Becerra. O documento, entretanto, não foi recebido pelas autoridades venezuelanas.

Resposta de Chávez


As manifestações e os repúdios pela atitude de Hugo Chávez de deportar o jornalista e opositor ao Estado colombiano, Pérez Becerra, também não ficaram sem resposta por parte do Governo venezuelano. No último sábado (30), o mandatário da Venezuela rechaçou a atitude de grupos contrários a deportação do jornalista.

Chávez comentou sobre a queima dos bonecos realizada durante uma mobilização na quinta-feira e da responsabilidade de Pérez Becerra, quem, segundo ele, foi à Venezuela mesmo sabendo que possuía um "código vermelho” emitido pela Polícia Internacional.

"A responsabilidade não é minha. O primeiro responsável é esse cavalheiro que vem pra cá sabendo que Interpol está solicitando-o com código vermelho. Cada qual que assuma sua responsabilidade. Eu não tenho pêlos na língua nem vão me chantagear aqui”, afirmou.

Com informações de Prensa Presidencial de Venezuela e ABP Noticias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário