sexta-feira, 17 de julho de 2009

Começa Primeiro Congresso de Movimentos Sociais em Manágua

Desde o dia 15 até segunda-feira (20), o Primeiro Congresso dos Movimentos Sociais da América Central e do Caribe recebe, em Manágua, capital da Nicarágua, vários eventos que congregam representantes de organizações de diferentes países do continente. Os nicaraguenses recebem os grupos durante o 30º aniversário da Revolução Popular Sandinista.

Um dos principais objetivos é criar uma ação rápida de comunicação e solidariedade diante de eventos como os que se apresentam em Honduras, cujo presidente, Manuel Zelaya, foi deposto e expulso do país no último dia 28.

No Encontro Continental em Apoio à Luta de Resistência do Povo Hondurenho participam, de ontem até sábado, 450 representantes de movimentos sociais, sindicais e comunitários de esquerda da América Central e do Caribe, e se espera em seu encerramento um forte pronunciamento de apoio ao povo hondurenho e a seu presidente, Manuel Zelaya.
"Já que os gorilas [governo provisório de Roberto Micheletti] saíram do zoológico e querem se estabelecer na casa presidencial hondurenha, nós estamos em alerta, porque quem será golpeado, maltratado, assassinado e preso são os representantes dos movimentos sociais em Honduras", expressou José Antonio Zepeda, secretário geral da Associação Nacional de Educadores da Nicarágua (Anden).

O Congresso ainda inclui o debate sobre a soberania alimentar e reforma agrária na Nicarágua, no contexto da Aliança para os Povos da Nossa América (ALBA) na América Central.
Delegações de Cuba, Brasil, México, El Salvador, Venezuela, Uruguai, Nicarágua, entre outras, abordarão a crise mundial financeira, a solidariedade e, sobretudo, as tarefas apresentadas no novo contexto mundial.

O secretário geral da Associação de Trabalhadores do Campo (ATC), Edgardo García, avaliou que será importante compartilhar as experiências de organizações da Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Honduras e do Caribe que desenvolvem suas próprias lutas populares.
"Está claro que existe uma ofensiva da capital sobre a economia popular" em diversos países latino-americanos, e na Nicarágua se tem iniciado a construção de um banco de fomento e soberania alimentar, afirmou.
Outro evento, o Foro de São Paulo, será realizado nos dias 18 (sábado), 19 e 20 em comemoração ao aniversário de 30 anos da Revolução Popular Sandinista, que derrocou a ditadura de Anastasio Somoza.
Com informações da Prensa Latina e do 19 Digital - Adital

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