quarta-feira, 15 de julho de 2009

Golpe de Estado causa êxodo de pessoas hondurenhas a Chiapas

O êxodo de pessoas procedentes de Honduras até o México, por causa do golpe de Estado nesse país da América Central ocorrido em 28 de junho passado, começou. Como em 1982, quando refugiadas e refugiados da Guatemala pediram asilo no território mexicano, agora as hondurenhas e os hondurenhos fogem de seu país, ante a insegurança que vivem lá.

Entraram por Tapachula e depois de caminhados 250 quilômetros, chegaram ao povoamento costeiro de Arriaga para refugiarem-se na Casa do Migrante "Lugar da Misericórdia", um albergue que é administrado pela Igreja católica.

Carlos Bartolo Solís, responsável da Casa do Migrante "Lugar da Misericórdia", sustenta que nestes momentos as pessoas "que estamos recebendo estão se referindo que estão fugindo do Golpe de estado, acreditamos que nesta semana vai aparecer um monte de gente de Honduras para pedir apoio".

Os hondurenhos explicaram que saíram de seu país ante o temor de serem recrutados pela forças castrenses. Mario Mejía aponta que o problema é que estão recrutando à força, "vão tirar as pessoas das casas de , pelo nosso temor, decidimos sair, porque não se encontra trabalho, as fábricas estão fechadas e temos família lá e não temos como mantê-la".

Outro cidadão hondurenho que se atreveu a viajar centenas de quilômetros para chegar ao que considera terra segura é César Antonio Martínez, quem pede: "Pois que me deem a chance de talvez me dar asilo político aqui, e poder trabalhar, e minha família de se possível tirá-la de lá, passar um tempo aqui, enquanto se acalmam as coisas lá".

Por sua parte, Mario Castro Mejía, também proveniente desse país onde o presidente constitucional, Manuel Zelaya, foi deposto pelo golpe de Estado, sustenta que "se houvesse a oportunidade do asilo político, viríamos para cá e traríamos a família para não estar passando o que está lá."

A Casa do Migrante informou que nos próximos dias esperam a chegada de mais hondurenhos, sobretudo pelas restrições à população civil, aponta Carlos Bartolo Solís, responsável pela Casa do Migrante "Lugar da Misericórdia’ em Arriaga.

Até o momento, em Arriaga, há 3 migrantes hondurenhos e em Ixtepec, Oaxaca, há 15 famílias refugiadas na Casa do Migrante daquela localidade. Todas e todos tiveram que percorrer 700 quilômetros de distância e atravessar Honduras, Guatemala e El Salvador.

A notícia é de Cimac, por Candelaria Rodríguez
Adital

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