quarta-feira, 1 de julho de 2009

MADRE ASSUNTA: O SIM QUE MARCOU A HISTÓRIA

Irmãs Inês Menin, Santina Lorenzon e Marina Ghilardi, mscs*

O SIM que marcou a história. Madre Assunta, de família simples e humilde, começou sua nobre missão em sua própria família, assumindo responsabilidades no seio familiar e no silêncio de seu coração foi preparando seu ideal missionário com o espírito de doação e de fé que herdou de seus pais. Ao ler a historia de Madre Assunta, podemos imaginar sua infância, com uma beleza física, aberta, esperta e sempre atenta aos apelos de Deus. Menina simples, simpática e muito participativa em tudo. Foi preparando assim seu ideal missionário com confiança e esperança de concretizar seu sonho no momento certo.

O sim de Madre Assunta teve sua fonte no coração de Jesus. Este SIM foi tão generoso que a impulsionou a sair de sua pátria para uma grande e nova missão em terras estrangeiras, Brasil, sem conhecer a realidade e sem saber o que iria enfrentar. Assumiu, viveu e morreu no Brasil, doando sua vida aos órfãos filhos dos migrantes e das famílias fruto da migração.

A Serva dos Órfãos e Abandonados. Neste contexto de entrega total à vontade de Deus, Madre Assunta foi semente fecunda na vida da Congregação e seu dinamismo missionário marcara a história MSCS. Reconhecemos, neste dia festivo, esta mulher corajosa que foi capaz de dizer seu sim ao chamado do Senhor, de renunciar tudo pela causa do migrante e se fazer migrante com os migrantes. Deixar tudo por amor.

Mulher de Deus. Como Irmã missionária, foi sempre uma mulher de busca constante da vontade de Deus. Mulher de uma fortaleza incrível e de uma ternura invejável. Nunca lhe faltou coragem para encontrar saídas nos momentos sombrios da vida. Buscava ajuda em Deus e no diálogo com seu Bispo Scalabrini. A ele escrevia, aguardava retorno e refletia sobre suas orientações diante do Senhor Deus. Os contínuos contatos com o Senhor e a doação constante de sua vida aos mais necessitados faziam com que não desanimasse nas dificuldades.

Testemunho de Vida Religiosa Consagrada. Muito nos chama a atenção também perceber em seus escritos e por testemunhas oculares que destacam seus últimos anos, já encurvada pelas fadigas na doação total aos irmãos, mas ao mesmo tempo fazendo transparecer em seu semblante a alegria e a firmeza na fé por uma vida doada sem limites, a realização do dever cumprido, assumindo como prioridade de sua vida o “colocar-se nas mãos de Deus e fazer sua vontade”. Seu rosto envelhecido, mas sereno e tranqüilo, retrata uma vida dedicada sem limites aos irmãos, especialmente aos órfãos e doentes. Uma vida de um sim total. “Sem a caridade não podemos fazer nada de bom”, dizia ela.

Para Madre Assunta até as maiores dificuldades eram sinais de Deus. Tudo era ação de graças e ação da Graça a Deus. Sua vida foi uma ação de Graças.

Nós, hoje, vemos em Madre Assunta uma mãe carinhosa que nos indica o caminho mais seguro de fidelidade á consagração e à congregação. É um exemplo que perpassa e ilumina nosso caminhar. É uma estrela que não se apaga, que continua a brilhar, uma coluna forte na congregação que contagia e fortalece. Ela seguiu de perto o modelo de humildade de Maria, e Deus a agraciou com muitas virtudes. Hoje ela é, para nós Irmãs missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas, um farol luminoso.

Seguir seu exemplo de doação, coragem, fé e amor vale a pena, pois ela nos ensina como amar a Congregação com seu Carisma até as últimas consequências por causa do Reino.
Madre Assunta, intercede a Deus por nossas necessidades e pelas necessidades dos migrantes.

* Agradecemos às irmãs da comunidade misionera Naranjal/Py,
pela colaboração com o CSEM na preparação desta mensagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário