quarta-feira, 2 de março de 2011

Organizações sociais e eclesiais denunciam opressão à Igreja popular e comunitária de Sucumbíos

Adital -
Organizações sociais e eclesiais da província de Pichincha, no Equador, divulgaram, na última quinta-feira (17), uma nota destinada à Opinião Pública em que denunciam a opressão à Igreja Popular e Comunitária de Sucumbíos. Desde a saída de Monsenhor Gonzalo López, que esteve 40 anos à frente da Igreja local, mulheres, afrodescentes, indígenas, crianças e pobres, estão sendo discriminados.
Para o lugar do Monsenhor, o Vaticano indicou representantes dos "Arautos do Evangelho - Cavaleiros da Virgem", uma Associação Privada Internacional de Direito Pontifício, que representa o setor mais conservador da Igreja Católica e foi fundada por João Clá Días, nomeado bispo e agraciado, pelo Papa Bento XVI, com a medalha "Pro Ecclesia et Pontifice".


De acordo com a nota pública, os "Arautos do Evangelho - Cavaleiros da Virgem" tratam as minorias que buscam a Igreja por sua história de defesa dos mais necessitados como sujeitos sem direitos e qualificando-os como seres inferiores, sem cultura e "impuros".

Assim, as organizações sociais constituíram uma Assembleia da Igreja de São Miguel de Sucumbíos (ISAMIS), no dia sete de janeiro, com o intuito de exigir a saída de "Arautos do Evangelho" não apenas da província, mas do país. A Assembleia alerta que a organização representa um "avanço dos grupos ultra-conservadores que não só penetraram na Igreja, mas também nas estruturas de poder dos estados laicos e governos", baseando sua prática excludente em uma falsa interpretação do Evangelho.

Enquanto a organização "Arautos do Evangelho" está na localidade, a ISAMIS se compromete a ajudar as pessoas afetadas pelo conflito armado na Colômbia, já que a localidade fica na fronteira entre os dois países. E também os indígenas e camponeses que enfrentam conflitos com as companhias petrolíferas, já que Sucumbíos é uma das províncias onde há mais extração de petróleo. Assim, a ISAMI fixa compromisso de vigência e respeito aos direitos de todos.

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