BRASÍLIA, 29 de março (ACNUR) - A falta de moradia e o acesso ao mercado de trabalho são os principais desafios enfrentados atualmente pelos refugiados e solicitantes de refúgio que vivem no Brasil. Esta avaliação foi feita pelo próprios refugiados por meio do Diagnóstico Participativo, um processo de consultas conduzido anualmente pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) com a participação das populações sob seu mandato e das agências implementadoras dos projetos do ACNUR.
Neste ano, cerca de 200 refugiados e solicitantes de refúgio participaram do exerício, que aconteceu em diferentes pontos do país, como São Paulo, Porto Alegre, Manaus e Rio Branco - entre outras cidades. Por meio do Diagnóstico Participativo, os refugiados e solicitantes de refúgio apontam suas necessidades de proteção e soluções para seus problemas, além de boas práticas, ampliando a participação deles no planejamento das operações do ACNUR e dos seus parceiros.
Além de moradia e trabalho, temas como educação e documentação também foram discutidos. Os refugiados e solicitantes de refúgio também ressaltaram problemas de discriminação e saúde. Durante o exercício, os refugiados foram divididos em grupos com base em critérios de idade, gênero e origem.
Os resultados do Diagnóstico Participativo são usados pelo ACNUR e seus parceiros como insumos para o planejamento estratégico referente ao período 2012-2013. A reunião de planejamento estratégico reuniu a Associação Antônio Vieira (ASAV), a Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Manaus, o Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) e o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH).
Segundo o Comitê Nacional para Refugiados (CONARE), o Brasil tem hoje 4.500 refugiados. Desses, 64,5% provém da África, 22,4% de países da América e 10,6% da Ásia.
Leia a íntegra desta notícia em http://www.acnur.org/t3/portugues/
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